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SOS Voto: o número para denunciar mentiras sobre as eleições 2024

Com a ferramenta, TSE pretende combater com mais força a divulgação de fake news

  Texto Estação do Autor com TSE Edição Scriptum   Com as eleições municipais se aproximando, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adota mais uma medida para combater mentiras e desinformação que costumam invadir as redes sociais no período eleitoral. Trata-se do SOS Voto, ferramenta disponibilizada pelo TSE que permite às pessoas denunciarem gratuitamente, pelo número 1491, informações falsas sobre as Eleições 2024 na internet. Nota publicada no site do TSE explica como e em que situação usar o número 1491, que garante maior transparência nas eleições de 2024. O SOS Voto funciona de segunda a sexta, das 8h às 20h, e no sábado, das 9h às 17h, com capacidade para atender até mil ligações diárias. O atendimento é realizado por colaboradoras e colaboradores do TSE especialmente treinados para receber as denúncias. A iniciativa inédita, idealizada pela presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, promove maior agilidade no combate às mentiras durante as Eleições Municipais de 2024. A ferramenta oferece serviços de registro e orientação dos fatos denunciados. Recebe e encaminha as informações feitas por telefone. Além disso, orienta eleitores sobre como registrar suas denúncias diretamente pela internet, por meio do Siade. Se consideradas válidas, as denúncias serão enviadas à Polícia Federal, ao Ministério Público, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou à juíza ou ao juiz eleitoral responsável. De acordo com o Guia Básico de Enfrentamento à Desinformação do TSE, a desinformação compreende todas as declarações públicas baseadas em informações, premissas ou dados incorretos, independentemente da intenção de quem as produziu ou as encaminhou. Também inclui o uso de dados parcialmente verdadeiros, mas distorcidos por manipulações de conteúdo ou contexto, com o objetivo de gerar desaprovação ou debilitar a imagem das instituições eleitorais. Na internet, a desinformação pode ser transmitida por diversos meios, incluindo redes sociais, sites de notícias falsas, entre outros. Seus efeitos podem impactar negativamente o processo eleitoral.

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A doença reversível, confundida com Alzheimer e Parkinson, que acontece no fígado

Encefalopatia hepática vem chamando a atenção de especialistas que se preocupam com a falta de diagnóstico adequado

[caption id="attachment_38589" align="aligncenter" width="560"] Enfermidade afeta até 13% dos pacientes diagnosticados com demência[/caption]   Texto Estação do Autor Edição Scriptum   Letargia, confusão mental, tremores e dificuldade para dormir são sintomas sugestivos de que algo não vai bem no cérebro e um quadro de demência parece surgir. No entanto, para uma parcela considerável de pacientes, esses incômodos estão relacionados ao fígado. Embora seja pouco conhecida, a encefalopatia hepática vem chamando a atenção de especialistas que se preocupam com a falta de diagnóstico adequado. Reportagem de André Biernath para a BBC News aborda os sintomas e tratamentos para combater a encefalopatia hepática, que pode ser confundida com Alzheimer e Parkinson. Levantamento feito nos EUA apontou que a enfermidade afeta até 13% dos pacientes diagnosticados com demência. A boa notícia é que existem estratégias simples para controlar o quadro com pequenos ajustes de rotina e o auxílio de alguns medicamentos. Estudo publicado pelo The American Journal of Medicine revela que a encefalopatia hepática provavelmente é mais frequente do que se imaginava. Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth e do Centro Médico de Veteranos de Richmond, nos Estados Unidos, analisaram dados compilados entre 2009 e 2019 de 68.807 pacientes diagnosticados com demência. Os resultados de exames que avaliam a saúde do fígado (conhecidos pela sigla FIB-4) revelaram que 12,8% desses indivíduos tinham indicadores sugestivos de cirrose e, potencialmente, sofriam de encefalopatia hepática. "O FIB-4 é um método fácil de determinar o risco de uma doença hepática avançada. Pacientes com alterações nesse exame têm uma alta probabilidade de ter cirrose, quadro que não costuma apresentar muitos sintomas", afirma o médico Jasmohan Bajaj, um dos autores do estudo. Raymundo Paraná, hepatologista e professor da Universidade Federal da Bahia, explica que a encefalopatia hepática é uma intoxicação do cérebro por substâncias que deveriam ter sido metabolizadas pelo fígado. A doença é um quadro relativamente comum, mas há uma certa dificuldade em detectar os casos subclínicos, com sintomas mais leves e que se confundem com outras enfermidades, ressalta o especialista. A coordenadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas de São Paulo, Sonia Brucki, reforça que a encefalopatia hepática e a demência "clássica" apresentam algumas manifestações distintas. "O quadro hepático tem uma evolução mais rápida e é diferente da demência, em que as manifestações são crônicas, com alterações progressivas de funções cognitivas, que afetam memória, linguagem, atenção e capacidade de raciocínio", alerta.

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Maior iceberg do mundo cai em ‘armadilha oceânica’ ao ser puxado por ‘rolo compressor’ da Antártica

Fenômeno conhecido como Coluna de Taylor deve afetar o bloco de 4 mil km2 e espessura de 399 metros por vários anos

[caption id="attachment_38585" align="aligncenter" width="560"] Fenômeno é conhecido como Coluna de Taylor, que deve afetar a movimentação do A23a por vários anos.[/caption]   Texto Estação do Autor com O Globo Edição Scriptum   Duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo e maior que a área metropolitana de Londres, o A23a, maior iceberg do mundo, que deveria seguir por uma das correntes oceânicas mais fortes do planeta, tem girado num mesmo lugar, na região Norte da Antártica. O imenso bloco de gelo foi "capturado" por uma "armadilha", descrita como "um enorme cilindro giratório de água". Segundo a BBC, trata-se de um fenômeno conhecido como Coluna de Taylor, que deve afetar a movimentação do A23a por vários anos. Em reportagem publicada no jornal O Globo (assinantes), Mark Brandon, da Open University, explica que ao contrário dos demais icebergs, considerados transitórios, se fragmentam e derretem, o A23a é aquele que se recusa a morrer. Com quase quatro mil quilômetros quadrados e uma espessura de 399 metros, o A23 se deslocava pelo Mar de Weddell, no Oceano Antártico, até cair na armadilha. Se desprendeu da Plataforma Filchner em agosto de 1986 e permaneceu estático por três décadas até que, em 2020, voltou a flutuar. No início de 2023, passou a se mover em direção às Ilhas Georgia do Sul sob a força da Corrente Circumpolar Antártica, "um rolo compressor que movimenta cem vezes mais água ao redor do globo do que todos os rios da Terra juntos", como definiu a BBC. O fenômeno que "prendeu" o enorme iceberg foi descrito pela primeira vez na década de 1920, pelo físico Geoffrey Ingram Taylor. Quando uma corrente encontra uma obstrução no fundo do mar pode, sob determinadas circunstâncias, se separar em dois fluxos distintos, gerando uma massa de água giratória de profundidade total entre eles, explicou a BBC, com base nos estudos do especialista.

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As consequências da violência para as vítimas e a sociedade

A única coisa que o poder público faz pelas vítimas, quando muito, é registrar um boletim de ocorrência, define o sociólogo Tulio Kahn

Tulio Kahn, sociólogo e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   Vez por outra gosto de revisitar pesquisas antigas para extrair novas informações. As pesquisas criminológicas são raras e custosas e às vezes apenas uma pequena parte dos dados é analisada. É o caso da pesquisa nacional de vitimização de 2014, organizada pelo Ministério da Justiça, que levantou mais de 1000 variáveis e ainda pode render muitos insights. Neste artigo, exploro a relação entre diferentes tipos de agressão e como esse evento afetou a rotina das vítimas. Existem diversos tipos de agressão – físicas, psicológicas, financeiras etc. – e diferentes formas pelas quais as vítimas podem ser afetadas. Das 78 mil pessoas entrevistadas pela pesquisa, cerca de 11 mil reportaram algum tipo de agressão alguma vez na vida, algo em torno de 14% da amostra. Cruzando as informações de tipo de agressão com tipo de consequências para as vítimas, vemos que as ofensas verbais como xingamentos e humilhações não despertam (proporcionalmente) medo nas vítimas, mas antes implicam em problemas emocionais, perda de tranquilidade e constrangimento diante dos demais. Implicam também em perda da autoestima e traumas psicológicos. As ameaças com facas ou armas de fogo e as ameaças de morte, por sua vez, geram bastante medo nas vítimas, mas menos problemas emocionais. Muitas destas agressões ocorrem em contexto de roubos e furtos e tendem a gerar prejuízos financeiros. Como esperado, as agressões físicas, como batidas, empurrões, chutes ou mais graves como esfaqueamento e tiros, implicam em problemas de saúde e limitações físicas, afastamento do trabalho ou emprego. A vitimização afeta diversas outras dimensões, como estilo de vida, a percepção de segurança na cidade ou a confiança nas polícias (cruzamentos feitos foram significativos, mas não serão reportados aqui). As consequências das agressões – como de resto de qualquer crime – são heterogêneas, dependendo do tipo de agressão sofrida. Estas consequências implicam em custos econômicos e não econômicos para elas e para a sociedade. E o sistema de justiça criminal tem poucos recursos para lidar com estas consequências. A título de reflexão, fizemos o cruzamento entre a vitimização por agressão e posição na PEA, tomando como categorias selecionadas o que Karl Marx definia como o “rebotalho da classe trabalhadora”: os trabalhadores informais, autônomos, desempregados e “não PEA” (provavelmente aqui os nem-nem, que nem trabalham nem estudam). Em quase todas as células, encontramos desvios da aleatoriedade que são positivos e frequentemente significativos, significando que a quantidade de vítimas é desproporcional nestas posições. Existe aqui, provavelmente, uma relação de mão dupla entre os fenômenos: é provável que uma posição precária na PEA aumente a probabilidade de vitimização, como se observa pelos desvios elevados nas células Não PEA X “esfaqueamento ou tiro” ou “ameaças de morte”. Mas é possível especular também que o fato de ter sofrido a agressão piore as condições de empregabilidade dos indivíduos, seja pelos traumas psicológicos, financeiros e outras consequências de longo curso da vitimização, como a desestruturação familiar e a violência intergeracional. O conhecimento destas consequências e da sua heterogeneidade é importante para pensar em políticas públicas para as vítimas, que vão desde o acompanhamento psicológico até o eventual apoio financeiro temporário às vítimas de violência. Estas consequências podem ser de longo prazo a depender da frequência e gravidade dos eventos e são especialmente danosas para os grupos de menor renda. A violência na sociedade brasileira atinge direta ou indiretamente boa parte da população e em especial os setores menos privilegiados. Ela é um obstáculo ao crescimento individual e nacional. E a única coisa que o poder público faz pelas vítimas, quando muito, é registrar um boletim de ocorrência, praticamente inexistindo outras formas de suporte. Para os autores da violência, menos ainda, exceto a aplicação da lei. E cada qual que arque com seus traumas e prejuízos, que não são poucos!     Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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