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O quê fazer com o 13º?

Economista Roberto Macedo, colaborador do Espaço Democrático, dá dicas de bom uso do 13º salário, que será pago a mais de 87 milhões de brasileiros

  Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum     O 13º salário fez 60 anos em 2022, pois veio com uma lei de 1962. Seu aniversário não é celebrado, mas isso acontece com a chegada anual dele a milhões de brasileiros. Em 2023, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) estimou que 87,7 milhões de brasileiros receberiam o 13º nesse ano, recebendo um total perto de R$ 291 bilhões – benefício médio de R$ 3.057,00. O DIEESE faz essa estimativa anualmente e é publicada no seu site, onde mais detalhes são apresentados. O que fazer com ele deve ser objeto de planejamento prévio para evitar decisões mal pensadas e executadas. Com isto em mente, apresento algumas dicas sobre sua utilização. Deve ser tratado diferentemente dos salários que recebemos mensalmente e já estão comprometidos com gastos usuais, como os de habitação, alimentação e cuidados pessoais, entre outros, mais o que também mensalmente deve seguir para poupança e investimentos. As despesas usuais devem ser cobertas pelos 12 demais salários e assim ele pode ser usado com maior flexibilidade. Reduzir ou eliminar dívidas deve ser o objetivo prioritário, começando pelas mais caras, como as abomináveis dos cartões de crédito, cheques especiais e crédito ao consumidor oferecido por lojas. Depois vem o crédito pessoal. De custo mais baixo, são as de crédito consignado e de financiamentos imobiliários. Uma regra geral é a de escolher para liquidação total ou parcial as dívidas com juros e outros encargos superiores a rendimentos que poderiam ser obtidos com aplicações financeiras do 13º. E veja se você pode negociar o valor das dívidas, pois com o dinheiro em mãos isso tem maior chance de sucesso. Outra regra é pagar dívidas cuja duração já supere a do que foi adquirido com elas. Também recomendo investimentos indispensáveis à saúde pessoal.  É uma boa oportunidade para fazer um check up, ver o que não está bem e buscar o tratamento adequado. Vale também lembrar que o início do ano seguinte àquele em que foi recebido o 13º é marcado por despesas típicas dessa época. Por exemplo, logo chega o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), e vale examinar as letras e números miúdos dos carnês recebidos.  Pondere se vale a pena pagar à vista, com desconto, ou em prestações. No caso do IPVA, sempre paguei à vista, pois vi vantajoso o desconto. E mais fácil de calcular a vantagem, pois são apenas três prestações. Gastos também maiores no início do ano ocorrem com a compra e livros e materiais escolares, da educação dos filhos e/ou da nossa própria. E uma parte do 13º, a maior possível, deve ser reservada à poupança e aos investimentos a que pode levar, o que pode contribuir para um feliz ano novo e também outros anos felizes à frente como resultado desses investimentos.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

Matéria-prima usada na indústria química é encontrada em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano

[caption id="attachment_37573" align="aligncenter" width="560"] O sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano[/caption]       Texto: Estação do Autor com Agência Brasil Edição: Scriptum A qualquer momento, uma cratera maior do que o estádio do Maracanã pode surgir num dos bairros de Maceió. Na última semana, a prefeitura decretou estado de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem. Não é de hoje que o medo ronda os moradores da capital alagoana. A história se repete. Em 2018 foram registrados afundamentos similares em cinco bairros da cidade, desalojando a população depois de um tremor de terra. Enquanto o sal comum, aquele utilizado na cozinha, é retirado do mar, o que produz matéria-prima versátil para a indústria química, o sal-gema, é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Reportagem de Léo Dias para a Agência Brasil mostra causas e consequências de uma situação crítica que pode gerar tremor de terra com potencial para abrir uma enorme cratera. A princípio, a exploração do sal-gema era focada na produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC, fazendo da Braskem a maior produtora do material das Américas. A extração envolvia a escavação de poços até a camada de sal, que pode estar há mais de mil metros de profundidade. Achado o produto, injetava-se água para dissolver o sal-gema, formando uma salmoura. Em seguida, usando um sistema de pressão, a solução era trazida até a superfície. Ao fim da extração, esses poços eram preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo. Em Maceió, o vazamento dessa solução deixou buracos na camada de sal. Desde o desastre de 2018 ocorreram novos tremores e surgiram rachaduras em casas e ruas, fazendo com que finalmente a petroquímica decretasse o fim da exploração das minas no ano seguinte. A Braskem declara que foi pago o valor de R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes atingidos pelo acidente. Porém, uma parcela dos atingidos busca reparação através de processos judiciais. O caso também é discutido em ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).

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Império financeiro do Hamas arrecada até US$ 1 bilhão por ano

Organização tem três fontes de poder: sua força física dentro de Gaza, o alcance de suas ideias e seus rendimentos

    Redação Scriptum com The Economist e O Estado de S.Paulo   Desde os ataques do Hamas em 7 de outubro, Israel matou mais de 12 mil palestinos em Gaza buscando aniquilar o grupo. Mas o objetivo declarado de Israel de destruir definitivamente o Hamas requer que sua base financeira também seja desmantelada. Muito pouco fica em Gaza. Em vez disso, os recursos são depositados no exterior, em países amigáveis. Equipado com lavadoras de dinheiro, empresas mineradoras e muito mais, estima-se que o império financeiro do Hamas renda ao grupo mais de US$ 1 bilhão anualmente, conforme revela reportagem da The Economist, publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo (para assinantes, leia aqui). Forjadas meticulosamente para contornar sanções do Ocidente, as finanças do Hamas podem estar fora do alcance de Israel e seus aliados. Os rendimentos do Hamas pagam por todo tipo de coisa, de salários de professores a mísseis. Cerca de US$ 360 milhões (R$ 1,7 bilhão) por ano vêm de impostos sobre importação de itens trazidos a Gaza da Cisjordânia ou do Egito. Esta é a fonte de dinheiro mais fácil de Israel estrangular. Depois de se retirar da Faixa de Gaza, em 2005, os israelenses limitaram estritamente o movimento de mercadorias e pessoas através da fronteira. Agora, impedem a entrada até dos itens mais básicos, como combustíveis e alimentos. Uma torrente muito maior de rendimentos, porém, vem do exterior. Segundo as autoridades israelenses, esse montante fica em torno de US$ 750 milhões (R$ 3,6 bilhões) ao ano, tornando-o a maior fonte de financiamento do atual estoque de armas e combustíveis do Hamas. Parte do dinheiro vem de governos amigos, o maior deles é o Irã. Os EUA afirmam que os aiatolás fornecem US$ 100 milhões anualmente para grupos palestinos islamistas, principalmente em ajuda militar. A missão dos financiadores do Hamas é movimentar o dinheiro sem serem mordidos pelas sanções dos EUA. Somente no mês passado, as autoridades americanas impuseram três rodadas de restrições sobre indivíduos e empresas por financiar o Hamas. Esquivar-se de sanções americanas requer alguma engenhosidade. Milhões de dólares fluem para o Hamas através de mercados cripto.

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‘Deu branco’: por que a memória de curto prazo falha e como melhorá-la

Priorizar o sono e os exercícios estão entre os “truques” para manter nossa memória em forma

    Texto: Estação do Autor com The New York Times/O Globo Edição: Scriptum   Você lembra o que estava fazendo no dia 11 de setembro de 2001, quando atentados terroristas derrubaram as torres do WTC em Nova York, mas não consegue lembrar do nome de alguém que acabou de conhecer. Especialistas explicam que esse tipo de esquecimento não é motivo para preocupação. Para Sharon Sha, professora de neurologia da Universidade de Stanford, esquecer informações que acabamos de aprender ou pensamentos que registramos recentemente é considerado normal. O que ocorre é que o cérebro não as salvou como memórias de longo prazo. Reportagem de Caroline Hopkins para The New York Times, publicada no jornal O Globo, indica truques e táticas que podem ajudar a salvar memórias em nosso cérebro que, segundo especialistas, funciona como um computador. Ou seja, as informações precisam ser salvas em nossa memória. O cérebro retém informações em um estado temporário chamado "memória de trabalho" e mesmo passando por um processo cerebral chamado "codificação", elas não serão salvas permanentemente na memória de longo prazo. Apesar de desconfortáveis, os lapsos são movimentos cerebrais essenciais, de acordo com Lynne Reder, professora emérita de psicologia na Universidade Carnegie Mellon. Se nossa mente codificasse tudo o que vimos, ouvimos, cheiramos ou sentimos, não teríamos memória de trabalho para atividades como andar, falar ou ouvir. A professora de neurologia de Stanford complementa que, às vezes, lembrar informações pode ser mais fácil. Ao sentir uma emoção forte, como medo ou trauma, por exemplo, é mais provável que recordemos disso mais tarde. Entretanto, existem outras formas indicadas por especialistas que podem nos ajudar a salvar memórias propositalmente para longo prazo. Repetir e recitar informações, especialmente de novas maneiras, pode ajudar no armazenamento da memória, segundo Ronald Davis, professor de neurociência da Universidade da Flórida. Quando ouvimos, vemos, recitamos em voz alta ou escrevemos uma palavra, temos várias chances de codificar essa palavra usando diferentes vias no cérebro. Lembrar nomes ligados a características ou qualidades e priorizar sono e os exercícios estão entre os “truques” para manter nossa memória em forma.

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