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Fome e reforma tributária são temas de discussão no Espaço Democrático
Reunião semanal dos colaboradores da fundação teve falas do gestor público Januario Montone e do economista Roberto Macedo
[caption id="attachment_37477" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de consultores do Espaço Democrático[/caption]
Redação Scriptum
O mais recente relatório do Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e no Caribe foi tema da reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – nesta terça-feira (14). O gestor público Januario Montone apresentou os dados da publicação, feita conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Programa Mundial de Alimentos (WFP) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Avaliando o relatório, Montone conclui que a América Latina e o Caribe terão dificuldade para atingir as metas do documento conhecido como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que engloba 17 tópicos, um dos quais especificamente sobre o combate à fome no mundo – ou as metas estabelecidas pela Assembleia Mundial da Saúde relacionadas à fome, insegurança alimentar e desnutrição. Segundo ele, “os números ainda superam os níveis e estimativas pré-pandemia e as desigualdades persistentes na região afetam a segurança alimentar dos mais vulneráveis”. Ele destacou que “a prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave afetou mais as mulheres do que os homens e sua incidência aumenta à medida que a urbanização diminui”.
O documento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) define como meta acabar com a fome até 2030 e garantir o acesso de todas as pessoas – em particular os pobres e aqueles em situação vulnerável, incluindo crianças – a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano. Além disso, define que até 2030 devem acabar todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade, além de atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas.
O levantamento mostra que 11,3% da população mundial está enquadrada no conceito de insegurança alimentar grave – mais de 892 milhões de pessoas, das quais 85,4 milhões estão na América Latina e Caribe, incluindo neste total 21 milhões no Brasil. São pessoas que provavelmente ficaram sem comida, passaram fome e, no caso mais extremo, ficaram dias sem comer, colocando sua saúde e bem-estar em sério risco.
Outros 18,2% integram o grupo que é vítima da insegurança alimentar moderada – 1,4 bilhão de pessoas, das quais 170 milhões na América Latina e Caribe, incluindo neste total mais de 49 milhões de brasileiros. São pessoas que enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e são forçadas a reduzir, às vezes por um ano, a qualidade ou quantidade de alimentos que consomem por falta de dinheiro ou outros recursos.
Os números referentes ao Brasil vêm crescendo ano a ano. O País está abaixo do percentual mundial e da América do Sul na insegurança alimentar grave, mas 25% acima do percentual mundial, em insegurança alimentar moderada, embora melhor que a América Latina e o Caribe.
Economia
O projeto de Reforma Tributária aprovado no último dia 8 pelo Senado também foi tema da reunião. O economista Roberto Macedo afirmou que apesar das críticas recebidas por muitos economistas, a proposta é muito melhor do que o sistema vigente hoje. “É um avanço”, apontou ele. “Participei de muitas palestras sobre o tema até formar opinião e nesse processo conclui que os advogados entendem muito mais do assunto que os economistas”.
Macedo destacou como pontos positivos do projeto aprovado a criação do IVA, que “já e adotado em mais de 170 países”, e principalmente o fato de os impostos sobre a venda de mercadorias passarem a ser cobrados no destino. “Isso acaba com a guerra fiscal entre os Estados”, enfatizou. Ele criticou, porém, o exagerado número de exceções – ao menos 42 produtos e serviços poderão ter redução de tributos ou tratamento favorecido. “O texto aprovado é aquele possível com o sistema político brasileiro; muitos grupos de interesse pressionaram e foram favorecidos”, disse.
Também participaram da reunião semanal do Espaço Democrático o sociólogo Tulio Kahn, o economista Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, e o jornalista Eduardo Mattos, da equipe de comunicação.
Super-tempestade solar: cientistas alertam para risco de ‘apocalipse’ na internet
Evento climático interferirá no campo magnético da Terra e pode atingir redes de comunicação, gerando um colapso sem precedentes
Texto: Estação do Autor com O Globo Edição: Scriptum Um evento climático perturbador ameaça o mundo moderno. Cientistas emitiram alertas sobre a chegada de uma super-tempestade solar que pode causar um “apocalipse" na internet por meses. O fenômeno é resultado de explosões solares que lançam massa coronal (EMC) para a Terra, interferindo no campo magnético do planeta. Reportagem publicada em O Globo (assinantes) explica o que é uma super-tempestade solar e o que seus efeitos podem causar nos dias de hoje. O pesquisador Peter Becker, participante do projeto com a Universidade George Manson e o Laboratório de Pesquisa Naval, nos Estados Unidos, trabalha no desenvolvimento de um sistema para alertar a população cerca de 18 horas antes que as partículas solares comecem a alterar o campo magnético terrestre. Segundo ele, em uma EMC, há grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura que são geradas na coroa solar. Quando o gás atinge o campo magnético terrestre, tempestades geomagnéticas podem ser causadas, prejudicando os meios de comunicação e as estações elétricas. Não é a primeira vez que o fenômeno acontece. Em 1859, uma poderosa tempestade solar geomagnética conhecida como Evento Carrington ocorreu durante o auge do ciclo solar. No entanto, agora é diferente. Hoje, com a dependência econômica da internet, Becker acredita que a super-tempestade pode provocar um período caótico, já que rede elétrica, satélites, GPS e equipamentos de comunicação podem ficar vulneráveis. O cientista lembra que a internet atingiu a maioridade durante uma época em que o Sol estava relativamente calmo. Peter Becker prevê que o atual ciclo solar aumente e atinja o pico em 2024. Para ele, há cerca de 10% de probabilidade de que, na próxima década, “algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet”.
Card link Another linkEscola pública do CE vence colégios dos EUA e Europa e leva prêmio de melhor do mundo
Projeto premiado, que bateu escolas de 34 países, foi de atendimento psicológico gratuito para alunos com profissionais voluntários
Texto: Estação do Autor com Folha / UOL Edição: Scriptum Largando na frente de instituições privadas dos EUA e do Reino Unido, uma escola pública na pequena cidade de Carnaubal, no Ceará, ganhou o prêmio de melhor do mundo na área de apoio à vida saudável. A Escola Municipal Joaquim Bastos Gonçalves recebeu R$ 246 mil pelo projeto de atendimento psicológico gratuito para alunos com profissionais voluntários. A iniciativa foi considerada a melhor entre 34 países participantes. A escola concorreu na categoria "promovendo vidas saudáveis" do concurso World’s Best Schools, realizado pela plataforma britânica de educação T4 Education. Reportagem de Luany Galdeano para Folha de S.Paulo destaca os motivos do reconhecimento internacional. Segundo estudo publicado em maio na revista científica Jama Pediatrics, sintomas de depressão entre jovens de até 19 anos cresceram 26% em todo o mundo durante a pandemia. Em Carnaubal não foi diferente. Guilherme Barroso, professor de educação física, percebeu esses sinais enquanto dava aulas. Os estudantes tinham dificuldades de interação, estavam mais ansiosos e enfrentavam distúrbios mais graves, como automutilação. Barroso passou a buscar, nas redes sociais e comunidades de terapeutas, psicólogos dispostos a atender os alunos voluntariamente. Foi preciso ainda fazer um trabalho de convencimento entre os terapeutas sobre o potencial da iniciativa. A partir de resultados positivos, o projeto conta hoje com 20 profissionais. Os atendimentos são feitos à distância, na casa do próprio aluno ou em uma sala no colégio para os que não têm internet ou estrutura onde moram. O dinheiro do prêmio será investido na construção de uma sala de acolhimento. Atualmente, escolas em todo o País procuram os professores da escola cearense para adotar a mesma iniciativa.
Card link Another linkIniciativa que leva internet para as escolas chega ao Brasil e outros 11 países
Fundo das Nações Unidas para a Infância pretende atingir ao menos parte das milhares de escolas brasileiras excluídas do ambiente digital
[caption id="attachment_37455" align="aligncenter" width="563"] Meta é conectar 25 mil escolas e 10 milhões de alunos nos próximos 18 meses.[/caption]
Texto: Estação do Autor com Onu News
Edição: Scriptum
O Brasil possui exatamente 138.744 escolas, das quais 108 mil estão conectadas à internet. Ou seja, 21,25% estão ainda excluídas do ambiente digital. A iniciativa global Giga, liderada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) chega ao País na tentativa de reverter a exclusão escolar digital.
Além do Brasil, as nações recentemente integradas ao Giga são África do Sul, Barbados, Belize, Benin, Botsuana República Dominicana, Guiné Conacri, Mongólia, Namíbia, Trinidad e Tobago e Zimbábue, totalizando 30 países contemplados pela iniciativa. Reportagem da ONU News apresenta detalhes do projeto cuja meta é conectar 25 mil escolas e 10 milhões de alunos nos próximos 18 meses.
A secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin, afirma que o objetivo não é apenas conectar escolas, mas também capacitar os governos com ferramentas para alcançar a conectividade escolar universal. Doreen ressalta ainda a importância de levar para cada país soluções que atendam às suas necessidades únicas, “garantindo que nenhuma criança seja deixada para trás na era digital".
No Quirguistão, por exemplo, o Ministério da Educação economizou quase US$ 250 mil por ano, o que representa 43% em seu orçamento. Em Ruanda, o projeto-piloto de conectividade escolar da Giga diminuiu os custos em 55% e aumentou a velocidade da Internet em 400%, comprovando a eficiência do projeto que apresenta soluções de código aberto tornando a conectividade escolar mais barata e acessível para muitas nações.