Pesquisar

Taxonomy - Geral

Prevenção do Alzheimer está ao alcance de qualquer um

Caderno Democrático traz a íntegra da entrevista do neurologista Fabiano Moulin de Moraes sobre a doença que acomete dois milhões de brasileiros

Redação Scriptum   O tratamento do Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta progressivamente a memória e compromete a tomada de decisões básicas de vida, está à mão das pessoas e custa muito menos que as drogas de última geração, caríssimas e de resultado atual próximo do inexpressivo. “Chama-se prevenção e pode ser feita com atividade física e alimentação adequada”, aponta o neurologista e doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Fabiano Moulin de Moraes no mais recente Caderno Democrático produzido pela fundação para estudos e formação política do PSD, Alzheimer - Como entender e enfrentar melhor a doença dos idosos. O fascículo está disponível para download no site do Espaço Democrático. A edição traz a íntegra da entrevista dada por Moulin de Moraes ao programa Diálogos no Espaço Democrático em agosto último, disponível no canal de Youtube da fundação. O especialista destacou na entrevista a estimativa de que o Brasil tem, hoje, uma população de quase dois milhões de pessoas com Alzheimer. Com o rápido envelhecimento da população, identificado por meio dos primeiros números do Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – as pessoas com mais de 60 anos já são 31,2 milhões – a tendência é que, em poucos anos, entre quatro e cinco milhões serão afetados pela doença. “E o grande problema do Brasil é que o brasileiro envelhece muito mal”, afirmou. Segundo ele, a atividade física é boa para o Alzheimer e para uma série de outras doenças, as chamadas silenciosas. “Colesterol alto, hipertensão, diabetes... são doenças que tornam mais difícil a velhice e preveni-las, com atividade física e alimentação, previne também o Alzheimer”. Participaram da entrevista com Moulin de Moraes, conduzida pelo jornalista Sérgio Rondino, o gestor público e consultor na área de saúde Januario Montone, e os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo.

Card link Another link
Segurança no município: policiamento ostensivo é só uma frente de atuação

Coronel Salles, vereador do PSD em São Paulo, foi  o palestrante em reunião do Espaço Democrático

    Redação Scriptum   Segurança pública não se resume a colocar policiais nas ruas. Exige uma articulação integrada, com a participação intensa do município em intervenções de prevenção primária. Quem defende a ideia é o ex-comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Marcelo Vieira Salles, coronel da reserva que em fevereiro deste ano assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo pelo PSD. “Garantir iluminação pública, zeladoria, ordem e silêncio urbano é um meio de as prefeituras  contribuírem com a segurança nas cidades”, disse ele em palestra e entrevista na reunião dos consultores e colaboradores da fundação Espaço Democrático. Aos 56 anos, Salles é um profundo conhecedor das singularidades da segurança pública municipal. Além de comandante-geral da PM paulista, foi subprefeito da Sé – região que cuida da zeladoria do centro histórico de São Paulo – antes de chegar ao legislativo paulistano, onde já se dedica ao tema. Mestre e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco, bacharel em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e formado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), ele agregou ao currículo experiências executiva e legislativa. Foi como subprefeito da Sé que Salles percebeu o impacto que a organização urbana pode ter na segurança pública e, por consequência, na qualidade de vida das pessoas. Em 2022, ele coordenou uma operação conjunta com a PM e a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo para desocupar uma das importantes praças do centro de São Paulo, a Princesa Isabel, tomada por dependentes químicos. “Removemos as pessoas com respeito e dignidade; alguns dias depois, uma senhora, segurando a neta pela mão, me procurou para dizer que a menina tinha quatro anos e que pela primeira vez conseguiu ir à praça”. Segundo ele, este é um exemplo de como as prefeituras podem promover a segurança pública. Para o vereador, mais do que dar segurança à população, o poder público tem que dar a sensação de que a cidade é segura. “São Paulo tem menos homicídios por 100 mil habitantes do que algumas importantes cidades americanas, por exemplo Miami, Chicago e Nova York”, disse. “Mas a sensação de insegurança das pessoas, aqui, é maior que lá; este sentimento, em parte, se deve ao ambiente”. Ele lembrou uma de suas primeiras iniciativas como vereador para exemplificar como o ambiente urbano pode dar ao cidadão uma percepção melhor de segurança: instalou na Câmara Municipal de São Paulo a CPI dos furtos de fios e cabos, que além de causarem prejuízos financeiros para as concessionárias de serviços públicos, tumultuam a vida do paulistano, tirando semáforos de funcionamento e deixando as pessoas sem sinal de internet em suas casas, por exemplo. “Fizemos um trabalho integrado com o Ministério Público e o DEIC (Departamento de Investigações Criminais) para chegar ao elo final da cadeia, o receptador, e proibimos, por exemplo, a abertura de novos comércios de ferro-velho no centro expandido por um período”. Há poucos dias foi aprovado pelo legislativo paulistano, em primeiro turno, um projeto no qual Salles se empenhou bastante: o que aumenta as gratificações dos policiais civis e militares que participam do programa Atividade Delegada em São Paulo. Ele foi o relator do parecer conjunto das comissões de Administração Pública e de Finanças e Orçamento e liderou o processo que resultou na aprovação da proposta. O projeto também atualiza o valor pago por hora aos guardas civis metropolitanos que participam da operação. Realizado por meio de convênio firmado entre o município e o governo do Estado, o programa permite aos policiais trabalharem durante os dias de folga da escala de trabalho regular. A justificativa apresentada no projeto destaca a importância do programa para reforçar a segurança pública na cidade. Participaram da entrevista com o coronel Salles, durante a reunião semanal do Espaço Democrático, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, secretária nacional do PSD Mulher, Ivani Boscolo, o gestor público Januario Montone, o sociólogo Tulio Kahn e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação da fundação do PSD.    

Card link Another link
Homicídios motivados pela ação do tráfico são superestimados no Brasil

Sociólogo Tulio Kahn analisou 45 estudos diferentes feitos em todos os Estados para chegar à conclusão

[caption id="attachment_37183" align="aligncenter" width="1600"] Tulio Kahn: "Não é possível dizer que as estimativas de 30% são corretas, mas uma coisa é certa: 80% não é”[/caption] Redação Scriptum O sociólogo Tulio Kahn apresentou nesta terça-feira (19), durante a reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – um levantamento sobre as motivações dos homicídios no Brasil. Kahn, que tem mestrado e doutorado em Ciência Política pela USP e foi consultor da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, atuando na Coordenadoria de Análise e Planejamento entre 2003 a 2011, mapeou nada menos do que 45 estudos em diferentes Estados do Brasil para compilar os resultados e outros 27 para fazer a classificação dos eventos. A conclusão a que chegou é a de que embora muitos estudos apontem o tráfico de drogas como responsável por até 80% dos homicídios, o número é exagerado, mesmo em Estados onde o tráfico tem forte presença, casos de São Paulo e Rio de Janeiro. “Os dados não são confiáveis e o Brasil não tem nenhum estudo mais aprofundado sobre o tema, nem mesmo metodologias e classificações padronizadas para que seja possível fazer uma estimativa fundamentada”, disse ele. O sociólogo citou como exemplo eventos nos quais um crime é cometido e a vítima tinha drogas em seu poder. “Não significa que tenha sido um homicídio motivado pelo tráfico, mas muitas vezes é considerado assim pela polícia”. Segundo Kahn, as pesquisas que parecem mais apropriadas são as acadêmicas, que apontam o tráfico como responsável por alguma coisa entre 20% e 30% dos homicídios no Brasil. “Diante da falta de informação confiável, não é possível dizer que as estimativas de 30% são corretas, mas uma coisa é certa: 80% não é”. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático e da exposição de Tulio Kahn sobre o tema os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o gestor público Januario Montone, e o jornalista Eduardo Mattos.  

Card link Another link
Constituição completa 35 anos com seus pilares preservados

Vilmar Rocha, coordenador de Relações Institucionais do Espaço Democrático, falou sobre como a Carta chega no dia 5 de outubro

[caption id="attachment_37141" align="aligncenter" width="560"] Vilmar Rocha considera pouco provável que haja a iniciativa de elaboração de uma nova constituição nos próximos cinco ou dez anos.[/caption]       Redação Scriptum   Mais de três décadas depois e mesmo tendo recebido nada menos que 135 emendas, a Constituição brasileira mantém intactos os pilares que a tornaram a mais longeva dos períodos democráticos vividos pelo País. A avaliação é do coordenador de Relações Institucionais do Espaço Democrático, Vilmar Rocha, que fez uma exposição sobre os 35 anos da Carta, que serão completados no próximo dia 5 de outubro, durante a reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – nesta terça-feira (12). Ex-deputado federal por quase 20 anos, advogado e professor de Direito da Universidade Federal de Goiás, Vilmar considera que o que cerne da Constituição está mantido. “O coração dela está preservado: é a democracia, o estado de direito, os direitos civis, políticos e sociais”, disse ele. “Essa estrutura está ali e as emendas que foram aprovadas referem-se a políticas públicas, iniciativa de grupos específicos que disputam quem tem mais acesso ao orçamento, quem pega mais recursos e quem se beneficia mais”. Vilmar destacou as condições nas quais a Constituição foi elaborada. “Nós estávamos no final de um processo de transição política iniciado em 1979, com a anistia, e que continuou com a eleição dos governadores de Estado, em 1982, e a eleição indireta de Tancredo Neves para a presidência da República, em 1985”, disse. “E a grande causa era a democracia, o estabelecimento do estado de direito e a desigualdade social”. O Brasil, lembrou, na época era um país de 146 milhões de habitantes, 50 milhões menos que a população atual, e as demandas sociais eram muito grandes. “Hoje a desigualdade ainda é grande, mas decorrente da renda; com a Constituição nasceu o SUS e foi universalizado o acesso à educação, por exemplo”. Segundo ele, embora o texto tenha nascido de um processo muito complexo, com a criação de comissões e subcomissões para discutir centenas de temas que depois foram sistematizados, “tudo se deu de forma extremamente democrática, sem nenhum tipo de controle institucional”. Vilmar apontou que o texto final previa uma revisão de todo o conteúdo cinco anos depois. “Seria uma revisão geral, não específica, como a que se faz por meio de emendas, e que ia requerer aprovação por maioria absoluta e não por 3/5, como se exige nas emendas constitucionais”. Esta revisão, porém, não foi feita. Vilmar considera pouco provável que haja a iniciativa de elaboração de uma nova constituição, ou mesmo uma revisão da atual, no horizonte dos próximos cinco ou dez anos. “A disputa pelas políticas públicas vai continuar, então o que se pode prever é que haverá mais propostas de emenda à Constituição”, diz. A exposição de Vilmar Rocha foi feita por conferência eletrônica desde Goiás. Participaram, com perguntas e comentários, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Tulio Kahn, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o gestor público Januario Montone e o jornalista Eduardo Mattos.

Card link Another link

ˇ

Atenção!

Esta versão de navegador foi descontinuada e por isso não oferece suporte a todas as funcionalidades deste site.

Nós recomendamos a utilização dos navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox ou Microsoft Edge.

Agradecemos a sua compreensão!