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Triângulo Histórico de São Paulo narra memórias da cidade em modelagem 3D

Estudo da Faculdade de Arquitetura da USP selecionou 572 edifícios da região por meio de modelagem 3D

[caption id="attachment_39588" align="aligncenter" width="560"] Local enfrenta o desafio de preservar seu rico patrimônio cultural enquanto se adapta às demandas contemporâneas.[/caption]

 

Texto Estação do Autor com Jornal da USP

Edição Scriptum

 

Localizado no coração de São Paulo, o Triângulo Histórico é um espelho das transformações que moldaram a cidade, desde seu passado colonial até a metrópole verticalizada de hoje. Com edifícios de diferentes épocas, o local enfrenta o desafio de preservar seu rico patrimônio cultural enquanto se adapta às demandas contemporâneas.

Reportagem de Jean Silva para o Jornal da USP traz detalhes de estudo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design (FAU) da USP, publicado na revista Cities, que categorizou 572 edifícios da região por meio de modelagem 3D. O Triângulo Histórico de São Paulo é delimitado pelas Igrejas do Carmo, São Bento e São Francisco.

O artigo é resultado do projeto temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) Experiência Arquigrafia 4.0. Sediado na FAU, o projeto é um ambiente colaborativo com imagens digitais de edifícios e espaços urbanos do Brasil e da comunidade lusófona, contendo cerca de 10 mil imagens de arquiteturas e espaços urbanos. Entre 2020 e 2023, os pesquisadores realizaram análises de campo, levantamento de dados fotográficos e criação dos modelos digitais em 3D para a documentação. Na sequência, os edifícios foram selecionados em três gerações: tradicional, transitório e moderno.

“Essa diversidade de gerações de edifícios, com estilos que vão do eclético ao modernista, é um dos aspectos mais belos do centro histórico. Ela conta a história do desenvolvimento da cidade e cria uma identidade única, diferente de qualquer outra grande metrópole, como Nova York ou Paris”, diz Sayed Samimi, pesquisador visitante Fapesp da Universidade de Herat, Afeganistão, na FAU. Preservar essa pluralidade arquitetônica, segundo o pesquisador, é essencial para valorizar a história paulistana e garantir que o Triângulo Histórico continue sendo um espaço de memória e identidade cultural.

A tecnologia 3D foi desenvolvida em etapas. Primeiro, os edifícios foram digitalizados com base em suas características, em seguida, esses dados foram integrados no Sistema de Informação Geográfica (SIG), permitindo a construção de modelos tridimensionais com precisão georreferenciada. A animação final apresenta as transições entre gerações de edifícios, permitindo a visualização tanto da perda de estruturas históricas quanto do surgimento de novas construções.

A criação de um espaço urbano dinâmico, que equilibre desenvolvimento econômico e preservação cultural, é objetivo de iniciativas como esta, que colocam a história, desenvolvimento e a tecnologia em diálogo constante. No futuro, visitantes poderão explorar a área utilizando seus próprios dispositivos móveis e um QR Code disponível nas paredes do centro histórico, visualizando os prédios em realidade virtual, conclui Samimi.

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Políticas públicas podem aumentar as desigualdades socioeconômicas

José Luiz Portella falou sobre o tema na reunião semanal do Espaço Democrático

[caption id="attachment_39585" align="aligncenter" width="560"] José Luiz Portella: no Brasil, a desigualdade é fonte geradora de políticas compensatórias e destacou que “essas compensações acrescentam mais desigualdades às já existentes”[/caption]

Redação Scriptum

Os dados são do Ministério do Planejamento: o Brasil concede, anualmente, R$ 644 bilhões em isenções e subsídios, dos quais R$ 400 bilhões sem quaisquer contrapartidas, conforme atesta a Receita Federal. Além disto, ainda segundo a Receita, nos programas onde há contrapartidas, poucas são positivas, ou seja, os incentivos custam mais do que trazem de retorno. “Isto significa que poderíamos cortar pelo menos R$ 300 bilhões de isenções e subsídios por ano”, aponta o consultor e gerenciador de projetos José Luiz Portella, que fez palestra sobre o tema nesta segunda-feira (31), durante a reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD. “Cortando esse valor ou um pouco menos, R$ 200 bilhões, por exemplo, o governo já teria o suficiente para fazer o superávit fiscal que precisa”.

Ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo e professor-assistente do Curso de Projetos e Gestão na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, Portella é um estudioso do impacto das políticas públicas na construção de desigualdades, tema de seu segundo pós-doutorado. Ele lembrou que, no Brasil, a desigualdade é fonte geradora de políticas compensatórias e destacou que “essas compensações acrescentam mais desigualdades às já existentes”. Ele citou como exemplo a tarifa zero no transporte coletivo, adotada em algumas cidades brasileiras. “Em geral o sistema receberá muito mais gente que pode pagar o ônibus do que quem não pode pagar, o que significa que é melhor dar um voucher a quem precisa”.

Outro exemplo de políticas públicas falhas dado por ele veio do levantamento do jornal O Estado de S.Paulo, publicado em sua edição de segunda-feira (31). Revela que um dos principais programas sociais do Governo Federal, o Pé-de-Meia, tem mais beneficiários do que alunos matriculados na rede pública em pelo menos três cidades – nos Estados da Bahia, o Pará e Minas Gerais. Mais que isto, em pelo menos 15 cidades de cinco Estados o programa beneficia mais de 90% dos alunos do ensino, o que evidencia uma séria distorção.

Portella defendeu como uma boa solução a política de Imposto de Renda Negativo. “É uma ideia liberal, foi muito defendida pelo economista Milton Friedman em Capitalimo e liberdade, livro de 1962, e também por outro economista, Friedrich Hayek, com uma outra abordagem: se as pessoas têm um rendimento mínimo, um valor suficiente para uma sobrevivência digna, é possível eliminar pelo menos 80% das políticas compensatórias”.

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‘Lixo fashion’: roupas são descartadas no deserto; ONG entrega peças de graça

Deserto do Atacama, no Chile, recebe clandestinamente, todos os anos, quase 40 mil toneladas de roupas

[caption id="attachment_39578" align="aligncenter" width="560"] Tecido predominante dessas peças é o poliéster, que leva cerca de 200 anos para se decompor[/caption]

 Texto Estação do Autor com g1/globo

Edição Scriptum

No Chile, o deserto do Atacama é hoje um retrato do impacto ambiental do consumo no mundo. Todos os anos são descartadas ali cerca de 39 mil toneladas de roupas de forma clandestina. Essas milhões de peças, muitas delas em bom estado, estão sendo recolhidas em uma ação de parceria entre a Fashion Revolution Brasil e a Desierto Vestido, organização chilena. As roupas são coletadas, higienizadas e, depois, disponibilizadas no site da ong, no qual podem ser escolhidas gratuitamente, pagando-se apenas o frete.

A proposta, segundo as organizações, é chamar a atenção do público para o problema e realizar aquilo que a indústria que descarta as peças se recusa a fazer: entregar de graça aquilo que não considera lucrativo, ao invés de transformar em lixo.

Reportagem de Poliana Casemiro para o g1 mostra que mais de 59 mil toneladas de roupas não vendidas, devolvidas ou com defeitos chegam anualmente ao porto de Iquique, localizado em uma zona de importação livre de impostos no norte do Chile. Parte desse material encontra novos destinos, sendo revendida em Santiago ou contrabandeada para outros países da América Latina. Aquelas que não são vendidas ou reaproveitadas terminam ilegalmente no deserto. Muitas delas, ainda com etiqueta.

A especialista em ESG ("Environmental, Social and Governance”) Marta Camila Carneiro, professora da FGV, afirma que o setor precisa repensar seu modelo de negócio para reduzir o impacto ambiental. Ela defende que, diante do cenário de mudanças climáticas, é urgente cobrar do poder público ações para responsabilizar as empresas pelo impacto gerado e transferir a elas os custos.

Todo esse lixo não vai desaparecer. Isso porque o tecido predominante dessas peças é o poliéster, que leva cerca de 200 anos para se decompor. O poliéster, material mais utilizado na confecção de roupas, representa mais da metade da produção global de fibras e sua fabricação consome grande quantidade de energia. Além disso, segundo a ONU, a moda é a segunda maior consumidora de água no planeta. Para produzir uma calça jeans, são necessários cerca de 11 mil litros de água. A peça leva 400 anos para se decompor.

Para Fernanda Simon, diretora executiva da Fashion Revolution, o consumidor também é vítima do modelo atual de produção, porém pode ser um agente de mudança, pressionando por transformações no sistema e repensando sua própria forma de consumo.

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Secretário de Fazenda de Maceió visita o Espaço Democrático

João Felipe Borges falou sobre os avanços de sua gestão na capital de Alagoas ao diretor superintendente da fundação, João Francisco Aprá

[caption id="attachment_39544" align="aligncenter" width="560"] O secretário de Fazenda de Maceió, João Felipe Alves Borges, foi recebido pelo diretor superintendente da fundação, João Francisco Aprá.[/caption]     Redação Scriptum   O secretário de Fazenda de Maceió, capital de Alagoas, João Felipe Alves Borges, visitou na sexta-feira (21) a sede do Espaço Democrático, fundação do PSD para estudos e formação política, em São Paulo. Ele foi recebido pelo diretor superintendente da fundação, João Francisco Aprá, e falou sobre os avanços que conquistou durante sua gestão à frente da pasta, iniciada há cerca de quatro anos. O secretário destacou entre as conquistas da cidade o aumento do montante de investimentos públicos desde 2021. O bom desempenho de Maceió pode ser conferido na CAPAG (Capacidade de Pagamento), classificação feita pelo Tesouro Nacional a partir da análise de indicadores econômico-financeiros. A avaliação reflete o grau de solvência e a saúde fiscal dos entes subnacionais, Estados e municípios, que querem contratar empréstimos com garantia da União. “A cidade fazia pouquíssimos investimentos. O rating (avaliação) da CAPAG vai do A até o D. O nosso era C. A qualidade da informação contábil vai do A até o D. A nossa era D. Hoje temos duas notas A, na CAPAG e na qualidade da informação. Ou seja, nos tornamos A+ na CAPG. Temos maturidade fiscal e transparência na informação contábil. Em quatro anos, tivemos R$ 2 bilhões de investimentos. Isso representa o que foi feito de investimentos nos últimos vinte anos, corrigidos pela inflação.” Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), na cidade de Campos, no Rio de Janeiro, João Felipe tem pós-graduações em Gestão Pública (UniRio) e em Controladoria e Auditoria (na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro). Atualmente, é mestrando do curso de Gestão e Políticas Públicas da FGV-SP.

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