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Dois momentos e um profundo contraste

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As oscilações na popularidade de Lula em 2023

As taxas de aprovação e de reprovação do presidente parecem continuar refletindo a polarização herdada da campanha eleitoral de 2022, escreve Rogério Schmitt

Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático 

Edição Scriptum

O ano de 2023 ainda não acabou, pelo menos formalmente. Mas como já estamos na temporada dos balanços e retrospectivas, também me permito fazer a minha.

Apresentarei a seguir o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao longo do ano, nas pesquisas de opinião pública sobre a popularidade da sua gestão. Mais especificamente, olharei para a clássica pergunta na qual os entrevistados são estimulados a dizer, de forma binária, se aprovam ou se reprovam o desempenho do chefe de governo.

Coletei os dados de 31 pesquisas nacionais (presenciais, telefônicas ou on-line) de popularidade do governo, realizadas por nove institutos diferentes, entre o início de janeiro e meados de dezembro. E calculei médias aritméticas simples mensais para os índices de aprovação e de reprovação ao presidente.

O número de pesquisas realizadas em cada mês variou entre duas e quatro, com uma única exceção. Precisei agrupar os meses de julho e agosto, pois encontrei somente uma pesquisa disponível em cada um deles.

Os resultados consolidados aparecem no gráfico abaixo. Quais são as principais conclusões encontradas?

A primeira e mais clara evidência é que a aprovação ao presidente (a linha azul) se manteve sistematicamente superior à desaprovação (a linha laranja) ao longo de todo o ano de 2023. A taxa de aprovação a Lula oscilou entre um mínimo de 49,4% e um máximo de 58%, enquanto que a taxa de reprovação oscilou entre um mínimo de 32,5% e um máximo de 44%.

A segunda conclusão, bastante visível, é que o período de “lua de mel” do novo presidente com o eleitorado durou somente o primeiro trimestre do governo. Em fevereiro, por exemplo, a taxa de aprovação a Lula superou a taxa de reprovação em cerca de 25 pontos percentuais. De abril em diante, no entanto, as distâncias entre as duas linhas vão diminuindo. Na linguagem popular, a boca do jacaré foi se fechando. Em novembro, por exemplo, o saldo de popularidade do presidente foi de apenas pouco mais de cinco pontos percentuais.

Finalmente, uma terceira e última evidência para a qual gostaria de chamar a atenção nesta retrospectiva é a aparente autonomia dos números de popularidade de Lula em relação às conjunturas política ou econômica mais amplas. As taxas de aprovação e de reprovação do presidente parecem continuar refletindo a polarização herdada da campanha eleitoral de 2022 e não as boas e más notícias vindas da política ou da economia ao longo do ano.

A grande expectativa para 2024 é se os números de (im)popularidade do presidente Lula continuarão sendo reféns daquela polarização ou se irão se descolar dela, passando a refletir, como costuma ser o caso, os avanços e retrocessos em variáveis como inflação, crescimento e emprego. Quem viver, verá.

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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