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Taxonomy - Manchete secundária

Invasão holandesa, há 400 anos, teve guerrilha na BA, resistência de bispo e impacto global

Esquadra com 26 navios, 500 canhões e 3.400 homens ocupou a Baia de Todos os Santos e em menos de um dia Salvador capitulou

[caption id="attachment_38195" align="aligncenter" width="584"] Reprodução de pintura de Hassel Gerritsz sobre a invasão[/caption] Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição Scriptum Em maio de 1624, uma esquadra com 26 navios, 500 canhões e 3.400 holandeses ocuparam a Baía de Todos os Santos em Salvador, na Bahia. Apesar da resistência inicial, em menos de um dia, a capital da América portuguesa capitulou e foi tomada pelos invasores. Casas foram saqueadas, o governador Diogo de Mendonça Furtado foi preso e as tropas percorreram a cidade em busca de uma carga valiosa: o açúcar. A invasão holandesa, que completou 400 anos, acirrou a disputa entre potências da Europa em torno de interesses comerciais. Se tornou uma espécie de guerra santa e o primeiro evento histórico de escala global em solo brasileiro. Além de ser um polo produtor de açúcar, com engenhos na região do Recôncavo, Salvador era um importante centro político da colônia. A cidade tinha entre 10 mil e 12 mil habitantes, com reduzido poder militar. No dia da invasão, contava com pouco mais de 450 homens preparados para proteger a cidade. Reportagem de João Pedro Pitombo para a Folha de S.Paulo (assinantes) registra a tomada da Capitania da Bahia, em mais um capítulo da disputa entre a Espanha e os Países Baixos, que travaram a Guerra dos 80 anos. A Espanha retaliou impondo embargos aos holandeses, que tinham uma das mais sólidas frotas comerciais do mundo. Foi suspenso o comércio entre os Países Baixos e Portugal, que desde 1580 fazia parte da União Ibérica. Os holandeses foram então apartados do comércio do açúcar, um dos mais cobiçados e rentáveis na época. A solução encontrada foi eliminar intermediários e buscar o produto na fonte, daí a invasão e ocupação militar na América. Estrategicamente, a Holanda criou em 1621 a empresa Companhia das Índias Ocidentais e decidiu tomar Salvador, principal porto do Atlântico Sul. Para custear a operação, houve uma espécie de parceria público-privada, parte bancada pela empresa, parte pelas Províncias Unidas dos Países Baixos. A ocupação prosseguiu até 1º de maio de 1625, quando os invasores se renderam com a chegada de 52 navios e 12.563 homens espanhóis. Os holandeses voltariam ao Brasil em 1630, invadindo Pernambuco e mantendo uma ocupação que durou 24 anos, com marcas mais profundas na história política, social e cultural do Nordeste brasileiro.

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Pesquisadores acham, na Grécia, banheiro de Alexandre, o Grande, 2.300 anos depois de sua morte

Descoberta pode revelar um pouco mais sobre como era o dia a dia do rei da Macedônia; descoberta foi anunciada em programa de rede britânica

  [caption id="attachment_38189" align="aligncenter" width="560"] Arqueólogos encontraram cômodo que teria sido o lugar onde Alexandre, o Grande, tomava banho com seus companheiros[/caption]   Redação Scriptum com O Globo   Arqueólogos revelaram ter encontrado o banheiro de Alexandre, o Grande, no Parque Arqueológico do Palácio de Aigai, no Norte da Grécia, de acordo com reportagem publicada por O Globo nesta quinta-feira (9) (veja a íntegra da reportagem aqui). A descoberta foi divulgada no episódio final da série Tesouros do Mundo de Bettany Hughes, da rede de televisão britânica Channel 4. Localizado na antiga cidade de Aigai, a primeira capital do Reino da Macedônia, o palácio foi lar e palco da coroação do conquistador. O terreno, que voltou a receber visitas em janeiro deste ano, após uma reforma que custou aproximadamente R$ 108 milhões, ocupa uma área de 15.000 m² perto da cidade de Vergina e abriga o Museu dos Túmulos dos Reis Macedônios, incluindo o de Filipe II, pai de Alexandre. Durante o programa, a apresentadora e historiadora Bettany Hughes revelou que os arqueólogos descobriram a localização do banheiro do rei macedônio ao encontrarem restos de encanamento nas paredes. "Há um enorme ralo cortado na rocha e um banheiro comunal. Este teria sido o lugar onde Alexandre, o Grande, tomava banho com seus companheiros", explica Hughes. Embora a descoberta da localização do banheiro do palácio conte um pouco mais sobre como era a vida dos seus moradores, Hughes relembra que outros cômodos ainda precisam ser descobertos: "O quarto dele ainda não foi identificado, mas todos os cômodos do palácio estão lá".  

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Oito em cada dez professores já pensaram em desistir da carreira

Quase 80% já pensaram em desistir da carreira e outros 67,6% se sentem inseguros, desanimados e frustrados sobre o futuro

[caption id="attachment_38181" align="aligncenter" width="568"] De acordo com a pesquisa, mais da metade dos entrevistados diz já ter passado por algum tipo de violência no local de trabalho.[/caption]     Texto Estação do Autor com Agência Brasil Edição Scriptum   Os baixos salários, a falta de reconhecimento profissional, a carga horária excessiva e o desinteresse dos alunos são os principais motivos para que cada vez mais professores pensem em desistir da carreira. Segundo revela a pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, divulgada pelo Instituto Semesp, oito em cada dez professores da educação básica já cogitaram abandonar as salas de aula. Reportagem de Mariana Tokarnya para a Agência Brasil traz mais informações sobre o estudo “Cursos de Licenciaturas: Cenários e Perspectivas”, do Semesp, que contribui para traçar o cenário do setor educacional no País. Realizada entre 18 e 31 de março de 2024, a pesquisa ouviu 444 docentes das redes pública e privada, do ensino infantil ao médio, de todas as regiões do País. Além dos 79,4% dos entrevistados que já pensaram em desistir da carreira, outros 67,6% se sentem inseguros, desanimados e frustrados quanto ao futuro profissional. Mais da metade dos entrevistados diz já ter passado por algum tipo de violência no local de trabalho. As questões mais presentes são agressão verbal (46,2%), intimidação (23,1%) e assédio moral (17,1%). São citados também racismo e injúria racial, violência de gênero e até ameaças de morte. Apesar disso, a pesquisa mostra que a maioria (53,6%) dos professores da educação básica está satisfeita com a carreira. Os professores apontam como motivos para continuar nas salas de aula, principalmente, o interesse em ensinar e compartilhar conhecimento (59,7%), a satisfação de ver o progresso dos alunos (35,4%) e a própria vocação (30,9%). Para Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, esses dados são importantes porque mostram o que motiva os professores, além de apresentar um perfil dos que pretendem ser educadores.

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Como Copenhague virou uma “cidade-esponja” contra cheias

Fenômeno que ficou conhecido como chuva do milênio, em julho de 2011, levou o poder público a repensar a capital da Dinamarca

[caption id="attachment_38172" align="aligncenter" width="560"] Ideia é criar espaço e infraestrutura para absorver, reter e liberar a água de forma a permitir que ela flua naturalmente.[/caption]    

Texto: Estação do Autor com DW

Edição: Scriptum

 

Quando, em 2 de julho de 2011, Copenhague foi atingida pelo que ficou conhecida como “a chuva do milênio", o poder público entendeu que era hora de repensar a cidade. A chuva foi tão intensa que inundou ruas e casas. E, sem ter para onde escoar, a água infectada permaneceu por dias tomando as ruas da cidade. Hoje, a capital da Dinamarca está entre os centros urbanos no mundo que mais previnem enchentes, transformando espaços públicos em locais de lazer, biodiversidade e, ao mesmo tempo, áreas de absorção de águas pluviais.

Tomando como referência projetos de cidades-esponja em outros países, Copenhague estuda a remodelação de cerca de 250 locais públicos. Reportagem de Aditi Rajagopal para o site DW destaca a Rotatória Sankt Kjelds Plads, uma das mais movimentadas da capital que, cercada por arbustos e árvores, faz parte de um experimento em grande escala. A ideia é criar espaço e infraestrutura para absorver, reter e liberar a água de forma a permitir que ela flua naturalmente.

Nos últimos séculos, o foco do desenvolvimento urbano em lugares como Copenhague foi a criação de "cidades-máquina", construídas rapidamente e eficientes para habitação, indústria e economia. Entretanto, essas cidades acabaram interferindo no ciclo da água, especialmente aquelas que modificaram leitos de rios ou foram erguidas sobre planícies aluviais. Com concreto e asfalto cobrindo áreas antes destinadas à grama e ao solo, a água das chuvas mais fortes ficou sem ter para onde ir. Isso resulta em enchentes. A cidade-esponja é hoje uma alternativa de reverter esse tipo de desenvolvimento.

Na China, por exemplo, há mais de 60 cidades incorporando estruturas como biovaletas e jardins de chuva para reter a água. Jan Rasmussen, chefe do "Cloudburst Master Plan" (plano diretor para tempestades) de Copenhague, detectou esse potencial para ser desenvolvido na Dinamarca. Porém, os benefícios de longo prazo têm desafios. A adesão dos moradores locais nem sempre é fácil quando as medidas envolvem o fechamento de parques por longos períodos para transformá-los em zonas de inundação ou financiar os planos de adaptação através de uma taxa extra nas contas de água. Copenhague está em posição financeira e política de investir nessa infraestrutura agora, em vez de lidar com possíveis danos no futuro.

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