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São Paulo fecha estabelecimentos comerciais da Cracolândia

Operação das forças de segurança com a Vigilância Sanitária visa a combater a venda de drogas

[caption id="attachment_130189" align="aligncenter" width="560"] O vice-governador Felicio Ramuth: "Temos 1,2 mil internados em hospitais especializados e acolhidos nas 40 casas e comunidades terapêuticas"[/caption]    

Edição Scriptum com Estadão

 

O Governo de São Paulo colocou em curso uma operação de fechamento de estabelecimentos comerciais que tenham ligação comprovada com o tráfico no Centro de São Paulo. Segundo afirmou o vice-governador Felicio Ramuth (PSD), em entrevista para Gonçalo Júnior, do Estadão (leia a íntegra da reportagem aqui) a ação envolve Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e Vigilância Sanitária e é parte da estratégia para acabar com a Cracolândia, como se tornou conhecida a região da capital paulista que abriga dependentes químicos que consomem drogas em cenas abertas.

Ramuth coordena as ações na Cracolândia e também do espaço conhecido como Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, que completou dois anos de funcionamento em abril e se consolidou como a principal porta de entrada no tratamento de usuários de drogas no Centro paulistano.

Segundo o vice-governador, a maior parte dos usuários que consumiam drogas nas ruas está agora internada. “Temos 1,2 mil internados em hospitais especializados e acolhidos nas 40 casas e comunidades terapêuticas, são parte de um total de 22 mil que já foram atendidos pelo hub de cuidados”, informou.

Na entrevista para o Estadão, Ramuth disse que só será possível dizer que a Cracolândia acabou dentro de seis meses. “Não vamos decretar o fim precoce da Cracolândia. Não acabamos com as drogas. Acabamos com a cena deprimente de venda liberada e uso de droga com grande concentração de usuários. Está a ponto de acabar, se a gente conseguir manter isso”, disse.

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“Imbróglio” administrativo no futebol brasileiro é espelho do País

Reunião semanal da fundação discutiu a destituição do presidente da CBF e a eleição do novo dirigente

[caption id="attachment_39788" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático[/caption]     Redação Scriptum   Como um desconhecido médico de Roraima, presidente de uma federação cujo campeonato estadual reúne só oito equipes – e a melhor delas disputa apenas a quarta divisão do Campeonato Brasileiro – pôde reunir em torno de si apoios que o levaram à presidência da poderosa Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade privada que faturou R$ 1,5 bilhão no ano passado? A resposta de consenso a esta pergunta foi dada nesta segunda-feira (19) na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD: a CBF é um espelho da sociedade e das instituições brasileiras. O encontro discutiu a crise política que se desenvolveu nos últimos dias e terminou com a destituição de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da entidade pela Justiça. Para o seu lugar já está escolhido, mesmo antes de a eleição ser realizada, o infectologista Samir Xaud, que assumiu a presidência da Federação Roraimense de Futebol em janeiro, em substituição ao pai. Ele está escolhido por antecedência porque o estatuto da CBF define que uma chapa só pode ser inscrita com o apoio mínimo de oito federações e cinco clubes. Xaud reuniu apoios de 25 das 27 federações estaduais, além de dez clubes. Outros 32 clubes apoiaram o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, que não teve o número mínimo de federações para se inscrever. “Estamos no Brasil. Por que em uma confederação de futebol seria diferente?”, perguntou o cientista político Rubens Figueiredo, que conhece os meandros da CBF e fez uma exposição sobre o caso. “Se olharmos para a realidade do País, veremos toda a semelhança: idosos foram roubados em suas aposentadorias, a lava-jato foi anulada depois de identificar uma rede de corrupção, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania assediou a ministra da igualdade racial, uma presidente da República sofreu impeachment por ter dado pedaladas fiscais”, disse. Figueiredo lembrou a recente reportagem publicada pela revista Piauí, na qual foram listados vários problemas na gestão da CBF, entre as quais as mordomias oferecidas a convidados da confederação na Copa do Mundo Catar, e as relações obscuras com outras instituições. Ao abordar a escolha do novo presidente da CBF, apontou a inconsistência da representatividade de Xaud, que comanda a federação de um Estado que detém apenas 0,33% da população brasileira e que abriga clubes sem expressão e tradição no futebol brasileiro: “Apesar disso, está sendo apresentado como o executivo que vai modernizar o futebol brasileiro”. O economista Luiz Alberto Machado destacou que a corrupção, no futebol não é exclusividade do Brasil. “Estão ligados no Brasil e no mundo”, pontuou. Ele mostrou dados que revelam a importância do futebol dentro do segmento da economia criativa, que emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas no Brasil e responde por aproximadamente 3% do PIB. Segundo ele, estima-se que 0,72% do PIB brasileiro de US$ 2,17 trilhões´, de acordo com o Banco Mundial. “E esses 0,72% ainda não consideram a entrada das bets no futebol”, disse. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, coordenada pelo jornalista Sérgio Rondino, os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, os gestores públicos Mário Pardini Januario Montone, o professor pós-doc da USP José Luiz Portella, o médico sanitarista e ambientalista Eduardo Jorge, o advogado Roberto Ordine, a secretária do PSD Mulher nacional, Ivani Boscolo, o coordenador nacional de Relações Institucionais da fundação, Vilmar Rocha, o ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira Cesário Ramalho e o jornalista Eduardo Mattos.  

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Cientista do Paraná recebe o Nobel da Agricultura

Mariangela Hungria foi a vencedora do World Food Prize 2025, conhecido como o Nobel da Agricultura

[caption id="attachment_130093" align="aligncenter" width="560"] Mariangela Hungria diz que seu trabalho é buscar "uma agricultura mais sustentável, usando os biológicos em substituição parcial ou total dos insumos químicos".[/caption]   Edição Scriptum com Agência Estadual de Notícias   A engenheira agrônoma e pesquisadora da Fundação Araucária, Mariangela Hungria, foi anunciada na terça-feira (12) como a vencedora do Prêmio Mundial da Alimentação de 2025, o World Food Prize. Conhecido como o Nobel da Agricultura, o prêmio é uma valorização aos estudos da microbiologista no desenvolvimento de dezenas de tratamentos biológicos de sementes e de solos, que ajudam a planta a obter nutrientes por meio de bactérias do solo. “Eu estou muito emocionada em receber esse prêmio, porque eu jamais imaginaria, fazendo um trabalho no Interior do Brasil, lutando com todas as dificuldades que a gente tem, achava muito improvável que isso acontecesse”, comentou a pesquisadora. Ela explica que seu trabalho é buscar “uma agricultura mais sustentável, usando os biológicos em substituição parcial ou total dos insumos químicos”. Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, o anúncio do prêmio Mundial de Alimentação é um importante reconhecimento à pesquisadora e uma conquista para o Paraná e para o Brasil. “Nós tivemos pouquíssimos brasileiros vencedores desse importante prêmio, que foi criado para premiar pessoas que realmente trabalham no efetivo aumento da produção de alimentos. Mariangela Hungria está de parabéns, o Paraná está de parabéns, o Brasil está de parabéns. Esperamos contar sempre com apoio dos recursos financeiros necessários para continuar desenvolvendo a ciência brasileira”, disse. Apoio à ciência Professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) nos cursos de pós-graduação em Microbiologia e Biotecnologia e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) do curso de Bioinformática, a cientista tem desenvolvido importantes estudos no Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Taxonline. Iniciativa da Fundação Araucária, o arranjo de pesquisa conta com vários projetos envolvendo as coleções biológicas, base para qualquer estudo em biodiversidade e aplicação biotecnológica. A Fundação Araucária é apoiada pela gestão do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que desde o início de seu primeiro mandato, em 2019, vem reforçando investimentos na pesquisa científica, como forma de estimular a inovação e o desenvolvimento do Estado. No final de 2024, por exemplo, o Governo do Estado anunciou investimento de R$ 30 milhões no Programa Institucional de Pesquisa Universal (Básica e Aplicada), por meio da Fundação Araucária, com o objetivo de apoiar financeiramente projetos de pesquisa que visem contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do Paraná, além de impulsionar a consolidação de redes e núcleos de pesquisa. Prêmio O anúncio do Prêmio Mundial de Alimentação foi feito no Estado de Iowa, Estados Unidos, na sede da Fundação World Food Prize, criada por Norman Bourlaug, pai da Revolução Verde e Prêmio Nobel da Paz em 1970. É para esse Estado que 100 estudantes do Paraná vão viajar no segundo semestre para um intercâmbio dentro do Ganhando o Mundo Agrícola, promovido pela gestão de Ratinho Junior para expansão do aprendizado na rede estadual. Mariangela receberá o prêmio em 23 de outubro deste ano. Em 2006, os agrônomos brasileiros Edson Lobato e Alysson Paulinelli dividiram o prêmio com o colega estadunidense A. Colin McClung, pelo trabalho no desenvolvimento da agricultura na região do cerrado.

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LRF faz 25 anos em atmosfera de lassidão fiscal

Economista Felipe Salto falou sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal na reunião semanal do Espaço Democrático

[caption id="attachment_39756" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático também tratou do acordo fechado entre EUA e China para reduzir tarifas pelo período de 90 dias[/caption]       Redação Scriptum   A Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece normas e limites de gestão das contas públicas em todos os níveis de governo – federal, estadual e municipal –, completa exatos 25 anos de vigência neste mês de maio. Sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, fixou, entre outros mecanismos, o teto de gastos com pessoal e para a dívida pública. O propósito era permitir a gestão fiscal equilibrada e responsável. A LRF significou um grande avanço na gestão das contas públicas, apesar de ter sido seguidamente driblada por sucessivos governos. “Se tivesse sido seguida à risca, o Brasil teria uma vida fiscal de Primeiro Mundo, com a dívida mais controlada e as políticas públicas constantemente avaliadas”, afirma o economista Felipe Salto, ex-diretor executivo da Instituição Fiscal Independente, órgão criado no final de 2016 com o propósito de aumentar a transparência das contas públicas. “Mas ao longo do tempo este espírito da responsabilidade fiscal foi sendo distorcido e hoje podemos dizer que o governo pratica uma coisa que pode ser definida como lassidão fiscal”, define. Em exposição nesta segunda-feira (12) no Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD (ouça aqui o podcast), Salto destacou que a agenda da responsabilidade fiscal, hoje, é maior do que simplesmente discutir regras, pois as metas fiscais não são realistas. “Se quisermos ter um orçamento viável para executar qualquer programa de governo, precisamos pensar que atualmente o governo tem apenas 6% do orçamento para as despesas discricionárias, aquelas para fazer a máquina pública girar – e ainda assim o Congresso já garantiu quase um terço desses recursos com as emendas impositivas, cerca de R$ 50,4 bilhões”, enfatizou. “Essas despesas vão crescer e a máquina vai parar, o Brasil vai se transformar em país ingovernável”. Para o economista, um dos gargalos da LRF é o fato de até hoje o Conselho de Gestão Fiscal (CGF) não ter sido regulamentado. “Este é um tema fundamental, bastaria uma lei ordinária”, diz. “Hoje, a relação dos Estados e municípios com a União se dá por meio do pires na mão, das solicitações, dos pedidos de aumento de transferências, e o CGF seria um fórum federativo com a participação de todos, para debater e promover política tributária, fiscal, avaliação de políticas públicas e harmonização contábil, por exemplo”. Salto pontuou que hoje a União exerce um papel de controle e padronização dos dados e da situação fiscal federativa que não deveria ser exercido por ela, mas sim pelo CGF. Ele lembrou que a LRF foi muito moderna para a época em que foi criada. “Foi inspirada em países que já tinham legislações semelhantes para restringir a atuação do poder executivo, dar maior transparência e estabelecer metas”, disse. E acredita que estaríamos muito pior sem ela. “Houve uma melhoria das condições fiscais: de 2000 para cá tivemos um feito que não é desprezível, a redução do endividamento dos Estados e municípios – em 1999, por exemplo, a média da dívida consolidada dos Estados, era de mais de 200% da receita corrente líquida, e hoje é de menos da metade”. EUA x China em guerra tarifária       O acordo fechado entre os Estados Unidos e a China para reduzir as tarifas sobre os produtos do comércio bilateral pelo período de 90 dias foi tema de comentário do economista Lucas Ferraz, coordenador do núcleo de Estudos Globais da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Ele destacou inicialmente o acordo fechado pelo presidente Donald Trump alguns dias antes, com o Reino Unido. “O acordo anunciado cita, logo na primeira de suas cinco páginas, que não tem validade legal”, enfatizou. “E mais à frente detalha que essas medidas serão implementadas quando as condições domésticas dos dois países permitirem, ou seja, não há prazo”. Para ele, foi uma espécie de saída honrosa que Trump encontrou para o problema criado com a guerra tarifária. “Foi uma grande cortina de fumaça e não devemos esperar que isto tenha alguma medida concreta no futuro”. O economista chamou a atenção, porém, para um apontamento específico do texto do acordo, sobre o escopo da negociação de eventual cota de exportação de aço e alumínio para os americanos. “Esta cota será negociada desde que fique claro que a cadeia de suprimentos do Reino Unidos esteja compatível com os critérios de segurança nacional estabelecidos pelos EUA, ou seja, se houver algum traço de que a China está envolvida nesta cadeia de suprimentos, não haverá cotas”. Para Ferraz, este modelo, que pretende isolar a China, deve ser replicado em outros acordos, “com o Brasil, por exemplo”. Ferraz acredita que a negociação anunciada entre Estados Unidos e China, embora seja vendida como uma redução de tarifas, na verdade estabelece um aumento delas. “No primeiro governo Trump as tarifas para a China foram reajustadas de 3% para 20%, e não voltaram para os níveis anteriores quando Joe Biden assumiu”, lembrou. “Então, quando Trump assumiu o segundo mandato, essas tarifas já começaram no patamar anterior, reajustadas em 20%, e agora ganham mais 30%”. O mesmo ocorre em relação à China, que aplicou 20% sobre tarifas que já haviam subido 10% no primeiro governo de Trump. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, coordenada pelo jornalista Sérgio Rondino, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, os gestores públicos Mário Pardini, Januario Montone José Luiz Portella, o advogado Roberto Ordine e o jornalista Eduardo Mattos.

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