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Lisótima

José Paulo Cavalcanti Filho escreve sobre as delícias de viver em Lisboa em comparação com as cidades brasileiras

  José Paulo Cavalcanti Filho, jurista, escritor e colaborador do Espaço Democrático Edição: Scriptum     Em cada cidade vivem duas cidades, uma por dentro da outra. A primeira, e mais evidente, é a dos Cartões Postais ‒ arquitetura, igrejas, museus, parques, ruas, mares, rios. Carlos Pena Filho, nosso Poeta do Azul, até disse isso em belo poema (Olinda) Olinda é só para os olhos Não se apalpa é só desejo Ninguém diz é lá que eu moro Diz somente é lá que eu vejo Só que, ao lado desta cidade feita para se ver, há também uma outra, que habita aquela primeira ‒ com gente, lugares especiais, um jeito próprio de ser, as conversas, restaurantes (não os frequentados por turistas), mercados públicos de bairro ‒ entre eles, nosso preferido é o de Campo de Ourique. A cidade é a mesma. Só que diferente. E mais calorosa é a segunda, por ser povoada por amigos. Saramago (em Palavras para uma cidade) até diz isso de maneira diferente: "Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória. Memória que é a de um espaço e de um tempo, memória do interior do qual vivemos, como uma ilha entre dois mares: um que dizemos passado, outro que dizemos futuro... O lugar estava ali, a pessoa apareceu, depois a pessoa partiu, o lugar continuou, o lugar tinha feito a pessoa, a pessoa havia transformado o lugar". Com frequência nos perguntam por que tanto gostamos de Lisboa. A Olissibona dos Romanos, até quando foi tomada pelos Mouros, passando a ser Aschbouna. Mas só até 1147 quando, após cerco de três meses, foram afinal vencidos. E o nome da cidade passou a ser o de hoje. Aquela mesma de que falava Camões, nos Lusíadas (Canto 57), "E tu nobre Lisboa, que no mundo/ Facilmente das outras és princesa". E Fernando Pessoa define (em Lisbon Revisited I) como "uma eterna verdade, vazia e perfeita". A que o compadre Marcos Vilaça, confrade querido nas Academias Pernambucana, Brasileira e Portuguesa de Letras, chama não de Lisboa, mas de Lisótima. As respostas óbvias são o pouco tempo de avião para chegar lá, pouco mais de 6 horas. Ou o fato de pertencer a um belo país. Ou o clima, com quatro estações bem definidas, permitindo à noite usar paletós ou suéteres. Ou por ser realidade bem distinta da do Recife, com horários para dormir e acordar que são outros. Só que é mais. Tentarei explicar em alguns exemplos. CULINÁRIA. É única. Dona Lectícia diz ser a da França, mais famosa. Com muito molho e misturas inesperadas. Só que, depois de poucos dias, já ninguém aguenta mais. Quer comida caseira. Como a de Portugal, em que tudo vem na proporção certa. Trata-se, para ela, da melhor do mundo. Depois da nossa do Nordeste brasileiro, claro. E é mesmo uma experiência inesquecível. Peixes, por conta da temperatura (fria) da água, são mais rijos e mais saborosos. Mesmo quando da mesma espécie, como por exemplo a garoupa. Carnes têm cortes que não são os mesmos. E variedades muitas. Num restaurante, certa vez, provei 18 tipos incluindo rã, cachorro, cavalo, macaco e zebra (a pior de todas, seca demais). Crustáceos que não temos ‒ percebes, búzios, lavagantes, amêijoas (melhor é à Bulhão Pato). Tem também lampreia, mas essa espécie de peixe ou você ama, ou você odeia (nosso caso). Siris enormes, santolas, sapateiras. E camarões: desde bem grandes, como o tigre; até o melhor de todos, de uma praia juntinho do Porto, o espinho. FAIXA DE PEDESTRES. Você pode atravessar as ruas, nas faixas de pedestres (conhecidas como passadeiras), sem susto. Carros param, inclusive os apressadinhos, todos, até que você passe. Em respeito aos que andam a pé. Chance zero de isso não acontecer. FANTASMAS. Toda cidade tem os seus. Os do Recife moram no Solar de Santo Antônio dos Apipucos, onde viveu Gilberto Freire, lá onde servia seu famoso conhaque de pitanga. Sem consenso sobre ser mesmo bom ou não. Em Olinda, num casarão que pertencia ao santeiro Elias Sultanum, colado ao Mercado da Ribeira. Só para lembrar, construído por volta de 1.560, onde se vendia carne, farinha, peixes e escravos. Em Lisboa, o poeta Fernando Pessoa. Prova disso é que o encontrei passeando na rua Garret, perto da Livraria Bertrand. E decidi segui-lo, para ver onde iria. Depois de olhar para trás algumas vezes, dobrou a rua Ivens e desapareceu numa corrida em grande velocidade. Dona Lectícia diz que era só um sósia, e desapareceu foi com medo de ser assaltado. Respondi que ela não entende nada de fantasmas. FILAS. Nas ruas, há barracas onde se vende frutas o ano inteiro. Sardinhas, nos meses quentes. E castanhas portuguesas, quando faz frio. Só lamento é que não haja milho, cozido ou assado, por lá. Mas, quem quiser comprar algo, tem que entrar numa fila. E esperar. Que só será atendido quando chegar sua vez. Sem hipótese de acontecer o que se vê por aqui com todos passando, uns na frente dos outros, como se cada um fosse mais importante que cada outro. Com os carros, acontece o mesmo. Sobretudo quando há filas grandes, aqui com os espertinhos de sempre ‒ que podem ser vistos, em nossas ruas, aqueles que vêm por fora dela e entram em sua frente, furando a fila, no exercício de uma espécie de “ética da esperteza. E, lá, não. LOMBADAS. Não são como as do Recife, que parecem feitas só para quebrar os amortecedores dos carros. Quase sempre sem pinturas no chão ou placas nas calçadas, avisando. E deveria, se o objetivo fosse mesmo diminuir a velocidade dos veículos. Em troca, temos pequenas elevações e, a seguir, algo como um ou dois metros para, no fim, voltar a essa rua. Tudo bem suave. Quem quiser saber como é vá ao Shopping RioMar que, bem na entrada, vai ver uma dessas. MOTOS. Não há tantos acidentes de motos, por lá. Ou quase não há. Vedado ziguezaguear, entre faixas, sob pena de multa cara, 1.250 euros (quase 10 mil reais). Aqui, no Recife, elas cortam os carros por todos os lados ‒ à direita, à esquerda, às vezes até por cima e por baixo (infelizmente). Parando em sua frente, nos sinais, como se fosse algo natural ou tivessem direito a isso. Diferente do que se dá, em Lisboa, quando motos ou bicicletas são considerados transportes públicos. Em princípio, podem trafegar só nas faixas dos ônibus (hoje, há 42 quilômetros dessas faixas em Lisboa). Sem riscos de virem para cima dos carros. O motociclista perde um pouco de tempo, no trânsito; mas, em compensação, não perde braços, esperanças, pernas, sonhos, a própria vida. NOMES. Os dos bairros são especiais: Alcântara, Alfama, Bairro Alto, Benfica, Graças, Lapa, Madragoa, Mouraria, Olivais, Pastelo, São Vicente. Ou das ruas: beco da Bicha, beco da Serra, campos das Cebolas, largo da Graça, largo das Portas do Sol, largo do Chafariz, pátio das Damas, rua da Alegria (onde morava Duda Guennes), rua da Bela Vista, rua da Cozinha Econômica, rua da Mãe D'água, rua da Prata, rua da Rosa, rua da Voz do Operário, rua das Chagas, rua das Flores, rua do Ouro, rua do Paraíso, rua do Salvador, rua dos Sapateiros, travessa da Água da Flor, travessa da Esposa, travessa da Portuguesa, travessa do Fala Só. Como se fosse quase poesia. Sem "medo que hoje se chama de dr. Fulano de Tal", salve Bandeira. RADARES. Nas estradas (e nas cidades), em Pernambuco e no resto do Brasil, quando aparece um radar, o motorista reduz a velocidade; e, assim que o passa, então acelera. Lá, não. Dois exemplos. Um na estrada à beira mar que vai para Cascais. Há nelas muitas dezenas de sinais, até chegar ao destino. Sem razão aparente para existir e ligando nada a coisa nenhuma. Velocidade máxima, nesse caminho, é (na média) 60 quilômetros. Dando-se que, se alguém passar ali a mais que os tais 60 quilômetros, o próximo sinal estará fechado. O carro é obrigado a parar. E assim por diante. Conclusão, melhor é ir na velocidade indicada que acaba chegando antes. Multas para quem desobedecer são frequentes e triplicaram, desde a instalação do sistema. Quem tiver pressa, melhor pegar a Rodovia A5 pagando pedágio de 1,50 euro (menos que 10 reais). Outro exemplo é o dos radares inteligentes, que começaram a ser instalados no mês de setembro. Calculando a velocidade média entre dois radares. E, se passar da média permitida, você é multado. O que se espera é que as velocidades sejam mais baixas, ao longo de todo o percurso. SEGURANÇA. À noite, voltando de um restaurante mesmo nas madrugadas, você pode sentar num banco de praça para conversar. Sem riscos de ser assaltado. Trata-se de uma experiência única, sobretudo para quem mora nas grandes cidades brasileiras. A de se sentir em segurança, nas ruas. VINHOS. Não posso falar, que nunca bebi álcool na vida (fora meio gole de champagne, na passagem do ano, para dar sorte). Mas João Carlos Paes Mendonça, que faz (dizem) os melhores de Portugal, e também meus filhos, garantem ser muito bons. Devem ser mesmo. E, lá, bem mais baratos que os mesmos, se comprados aqui. Sem esquecer que vinhos estrangeiros pagam, lá, impostos de 70% sobre seu preço base. E ficam demasiado caros. EM RESUMO. Dá prazer viver em cidades como essa. Ou passar tempos, de quando em vez. Para, sobretudo, respirar civilização. Por isso vale dizer que ela é mesmo ótima. Sonho com o dia em que ainda escreverei um artigo assim sobre a cidade onde vivo. Para Vicente Yáñez Pinzón, o "lugar de mais luz da terra". A de Carlos Pena Filho (Guia prático da cidade do Recife), "Recife, cruel cidade/ Águia sangrenta, leão". De Manuel Bandeira (Evocação do Recife), "Recife das revoluções libertárias/ Recife sem história nem literatura/ Recife sem mais nada/ Recife de minha infância", aquela em que se fala "a língua errada do povo/ A língua certa do povo". A de Ledo Ivo (Recife), "Amar várias mulheres / Amar cidades só uma ‒ Recife.../ E assim mesmo diante do mar". O mar do Recife, a Cidade Submersa do poeta Edmir Domingues. "Encheu-se-me de água o quarto/ Os livros caíram no teto/ Grandes peixes taciturnos/ Espiam-me o sonho imenso". A cidade do Capibaribe, o Cão sem plumas de João Cabral, assim cantada por Austro Costa (em Capibaribe, meu rio). Capibaribe, meu rio, Que vida levamos nós! Tu corres: em rodopio... E há quarenta anos a fio: sempre juntos ‒ e tão sós!   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Alta dos juros nos Estados Unidos tem impacto no Brasil

Roberto Macedo explica que a alta do juro americano faz crescer a demanda de dólares com destino àquele país, o que eleva a taxa cambial

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição: Scriptum   Na primeira semana de outubro a economia brasileira teve impactos externos importantes. O que ganhou maior destaque foi o aumento do dólar à taxa de 1,71% num único dia, o que o trouxe a cotação para R$ 5,15, no dia 3. Em 27 de julho estava em R$ 4,72. O movimento mais recente ocorreu porque nos EUA permanece a ameaça de aumento da sua taxa básica de juros, o que também já tem levado a um acréscimo dos juros dos títulos do Tesouro daquele país, atraindo investidores internos e também os que estão noutros países, inclusive no Brasil. Lá, o mercado de trabalho tem mostrado resiliência quanto ao impacto da política monetária, com o que se espera dela mais apertos via aumento da taxa básica de juros. Aqui, esse aumento dos juros nos EUA fez crescer a demanda de dólares com destino àquele país, o que levou à elevação da taxa cambial. Há também a perspectiva de aumento dos juros básicos em outros países, como na Europa Ocidental, o que também contribui para configurar um cenário externo desfavorável ao Brasil. Se a taxa de câmbio continuar tensionada, isso poderá ter efeitos inflacionários e essa perspectiva também levantou a hipótese de que o nosso Banco Central poderá antecipar o fim do seu ciclo de reduções da taxa básica de juros, a Selic. Ela vem sendo reduzida em 0,5% a cada reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária. Já há quem preveja que na próxima reunião poderá ser baixada queda à metade. Uma renovada desconfiança no quadro fiscal interno também teve impacto nesse processo, pois a promessa do arcabouço fiscal de um déficit primário zero em 2024 se enfraqueceu. Uma das dificuldades nesse caminho é que será um ano eleitoral e quem está no governo sofre a pressão de suas bases para aumentos de gastos. Esse déficit zero depende muito de um aumento da arrecadação federal, mas já estamos em outubro e medidas que auxiliem nessa direção não estão avançando. As bolsas de valores internacionais também têm sido afetadas por esse quadro de uma política monetária restritiva, o que aumenta a atratividade das aplicações em renda fixa ao levar a maiores juros e prejudica o desempenho das empresas e suas ações. Nesse contexto, a renda fixa se apresenta como um porto mais seguro que o da renda variável, inclusive porque as previsões de crescimento do PIB no próximo ano estão perto de 1,5%, ou seja, a metade do aumento esperado para este ano, cerca de 3%.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.  

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Sem rebobinar a fita

Rubens Figueiredo escreve sobre “Missão: alegria em tempos difíceis” , documentário que ele considera um olhar sensível e profundo sobre a amizade de dois líderes gigantescos: Desmond Tutu e Dalai Lama

ARTIGO Rubens Figueiredo, cientista político e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum Assistir filme ou série em casa. Eis algo que mudou muito ao longo do tempo. Na minha infância, a TV normal dava a seu jeito conta do recado. Mas a gente tinha dia e hora certa para ver aquilo que queríamos. Lembro que o magnífico Túnel do tempo, série na qual os cientistas americanos Doug Phillips e Tony Newman passeavam entre o passado e o futuro, era levado ao ar às terças-feiras, sempre às 15h. Para assistir ao próximo episódio era necessário conter a curiosidade e esperar sete dias. As séries eram muitas, quase todas vindas dos EUA. Tinham A feiticeira, Jeannie é um gênio (com Barbara Eden e Larry Hagman), Família do-re-mi (David Cassidy e Susan Dey), Kung Fu, Bonanza, O homem de seis milhões de dólares (Lee Majors), o genial e engraçadíssimo Agente 86 (Don Adams e Barbara Feldon), Jornada nas estrelas, Perdidos no espaço (com o insuperável Dr. Smith: “Nada tema, com Smith não há problema”) e por aí vai. Mas tudo com dia e hora marcada. Filmes? A TV informava na semana anterior as atrações da seguinte. A coisa melhorou um pouco com a chegada do videocassete. Passamos a ter a oportunidade de ir até a videolocadora e alugar os títulos de interesse. Hoje em dia, aquilo pareceria medieval. Normalmente, os interessados iam às lojas na sexta para alugar três filmes que seriam vistos no final de semana. Era mais barato. O difícil era que existiam poucas cópias dos filmes mais procurados – e era uma luta para conseguir o lançamento do mês (“lançamento” é modo de dizer, pois os grandes sucessos apareciam nas prateleiras semanas depois de explodirem nos cinemas...). As fitas deveriam ser rebobinadas e devolvidas para a mocinha do caixa. A entrada da Blockbuster, que foi a maior rede de locadoras do mundo, revolucionou o mercado. Primeiro, pela quantidade de filmes de sucesso disponíveis nas lojas enormes e estrategicamente situadas. Depois, a inovação suprema, uma espécie de Uber da época: as pessoas não precisavam mais entrar na loja para devolver os filmes alugados. Havia uma caixa de devolução dos vídeos, chamada, salvo engano, de quickdrop. O futuro chegara. Aquilo que era vida. Depois vieram os DVDs, que deram fim aos vídeos e às sessões de “rebobinações”. Mas o mecanismo de conseguir o DVD era idêntico: sair de casa, chovendo ou fazendo sol, ir à loja e depois devolvê-lo no mesmo local, ainda que no quickdrop. Outra saída era comprar DVDs para tê-los em casa. Algo caríssimo do ponto de vista custo-benefício, a menos que você fosse crítico de cinema e ganhasse dinheiro com isso. A TV a cabo melhorou muito a oferta de filmes, mas, se me lembro bem, no início as películas também tinham dia e hora marcados. A entrada do streaming representou uma revolução. A oferta de bons filmes e séries do mundo inteiro é generosíssima. O preço, quase ridículo. É claro que tem muita porcaria, mas faz parte do jogo. De que outra maneira teríamos como ver, por exemplo, séries coreanas que prendem a atenção com qualidade, como Uma advogada extraordinária, Pousando no amor e Designaded Survivor: Coreia? Ou a série israelense Fauda, já na quarta temporada? Ou a dramática minissérie colombiana Gol contra, a saga da seleção nacional em 1994, que levou ao assassinato do jovem quarto zagueiro André Escobar? Tudo isso a hora que você quiser, sem sair de casa ou rebobinar... Tudo isso para indicar um documentário: Missão: alegria em tempos difíceis (Netflix), um olhar sensível e profundo sobre a amizade de dois líderes gigantescos: Desmond Tutu e Dalai Lama. É uma – aliás, são duas – lições de vida. O sofrimento traz a dor, mas não necessariamente a tristeza. Tutu e o Dalai brincam e se provocam o tempo inteiro, ao mesmo tempo que emana de seus semblantes o profundo respeito que têm um pelo outro. No final, Tutu conta sua relação com o pai, num depoimento emocionante. Ver esse filme faz bem para a alma e, de alguma maneira, nos deixa mais humanos. Se estivesse na época da vídeolocadora, passaria meses indo à loja e rebobinando fita para ter oportunidade de vê-lo. Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.  

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O aniversário de 35 anos da Constituição Federal

Hoje lideranças do PSD, Guilherme Afif Domingos e Sérgio Brito participaram da Assembleia Nacional que elaborou a Constituição de 1988. Eles contam em vídeo como foram aqueles tempos

Redação Scriptum

Dos 559 congressistas que participaram da elaboração da Constituição promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988, dois são hoje lideranças importantes do PSD. Eles contam em vídeo como foram aqueles tempos em que as atenções do País estavam voltadas para a Assembleia que discutiu e aprovou a nova Constituição do Brasil: o paulista Guilherme Afif - secretário de Projetos Especiais no Governo de São Paulo  - e o baiano Sérgio Brito, deputado federal licenciado e secretário de Infraestrutura no Governo da Bahia.

Os 35 anos da Constituição Federal foram comemorados na quinta-feira (5) durante sessão solene no Congresso. A cerimônia contou com a presença de representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que destacaram o papel da Carta Magna como um marco na redemocratização do país, após mais de duas décadas de ditadura militar.

Durante a sessão solene de comemoração, o presidente da Mesa do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou a Constituição de 1988 como “a carta símbolo do amor dos brasileiros pelo seu país”. Para ele, “mais que um texto normativo, a Constituição é uma carta de promessas endereçadas à população brasileira. Podemos dizer que a sociedade vence a cada dia desses 35 anos de nossa Constituição, que é vivida e reafirmada como uma norma jurídica fundamental de uma democracia sólida e amadurecida”, disse.

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