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Luiz Alberto Machado fala sobre os livros que leu neste início de 2024, entre os quais Economia + Criatividade = Economia Criativa, que terá edição atualizada e ampliada
Card link Another linkCientistas descobrem que há 5 tipos da doença de Alzheimer
Estudo conduzido por uma universidade de Amsterdã é mais um passo no longo caminho para a compreensão da doença
[caption id="attachment_37744" align="aligncenter" width="768"] Pesquisadores concluíram que cada subtipo tem um perfil de risco genético distinto, apresentando variações nos resultados clínicos, no tempo de sobrevivência e nos padrões de atrofia cerebral.[/caption]
Texto: Estação do Autor com DW
Edição: Scriptum
A descoberta de que existem cinco tipos de Alzheimer é mais um passo da ciência rumo à compreensão dessa doença degenerativa. Estudo recentemente publicado na revista Nature Aging indica que o tratamento deve ser alterado, já que alguns medicamentos podem ser eficazes contra um tipo da doença, mas não necessariamente contra outros.
Equipe internacional de pesquisadores liderada por Betty Tijms, da Universidade Livre de Amsterdã, analisou o líquido cefalorraquidiano de mais de 400 pacientes para decifrar as variantes biológicas do Alzheimer. Reportagem de Isabella Escobedo para o site DW revela detalhes da descoberta que traz a esperança de um diagnóstico mais precoce e a possibilidade de intervenções que retardem o início dos sintomas desse distúrbio cerebral.
A equipe liderada por Tijms realizou um extenso estudo das proteínas no líquido cefalorraquidiano de pacientes com Alzheimer e de indivíduos de controle, descobrindo diferenças marcantes entre os subtipos da doença. Os pesquisadores concluíram que cada subtipo tem um perfil de risco genético distinto, apresentando variações nos resultados clínicos, no tempo de sobrevivência e nos padrões de atrofia cerebral.
Os resultados da pesquisa mostram ainda que uma abordagem personalizada do acompanhamento do Alzheimer pode ser fundamental para o desenvolvimento de terapias mais eficazes, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. Isso traria uma melhora na eficácia dos tratamentos, criando novos mecanismos para o enfrentamento dessa complexa doença
Acnur diz que Brasil pode ser “campeão global” no acolhimento de refugiados
Das 114 milhões de pessoas deslocadas à força de seus países, em 2023, cerca de 710 mil vivem no País
Texto: Estação do Autor
Edição: Scriptum
Em 2023, o mundo atingiu um triste recorde. Foram 114 milhões de pessoas deslocadas à força de seus países. Dessas, 710 mil vivem no Brasil. Fiel à sua histórica política de asilo, o País pode vir a ser, segundo a Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), “campeão global” de acolhimento.
Reportagem publicada no site ONU News relata que, por meio do visto humanitário, o Brasil recebe venezuelanos, haitianos e afegãos, além de moradores de outros países em crise. A organização considera a legislação brasileira “generosa” e “avançada” por permitir uma ampla oferta de serviços e oportunidade de trabalho para refugiados e solicitantes de asilo.
Para Davide Torzilli, representante no País do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, o Brasil tem tido uma política de asilo, de proteção internacional muito aberta. Atualmente, chegam da Venezuela de 400 a 450 pessoas por dia, uma média. Segundo Davide, esse fluxo voltou a crescer depois de uma pausa na pandemia. As pessoas que chegam “tem um perfil mais vulnerável e estão colocando uma pressão importante na resposta humanitária no norte do País”, afirma.
Apesar dos avanços na política de acolhimento do estado brasileiro, o discurso de ódio é uma ameaça latente. Nesse sentido, o Acnur informa que pretende lançar em 2024 uma campanha anti-xenofobia para criar um ambiente de proteção e respeito aos refugiados. A ideia é destacar como eles podem ser “agentes da mudança e do desenvolvimento”, compartilhando seus conhecimentos e valores.
‘Metrô no céu’, maior teleférico do mundo, é transporte público essencial em La Paz
Sistema de transporte na capital da Bolívia é sustentável e contribui para reduzir o fluxo de trânsito e acidentes na cidade
[caption id="attachment_37723" align="aligncenter" width="560"] Rede de teleféricos que conecta a capital administrativa com a cidade vizinha de El Alto.[/caption]
Texto: Estação do Autor com BBC News
Edição: Scriptum
Em La Paz, capital da Bolívia, ir voando para o trabalho não é força de expressão. É literal. Situada a uma altitude de 3.640 metros acima do nível do mar, a cidade é uma das mais altas do mundo, com terreno acidentado, montanhas, vales profundos e ruas estreitas. Por conta da topografia, foi preciso inovar no serviço de transporte público local. Em 2014, o governo lançou a empresa estatal Mi Teleférico, uma rede de teleféricos que conecta a capital administrativa com a cidade vizinha de El Alto.
Na BBC News, reportagem de Priscila Carvalho mostra as vantagens e como funciona esse tipo de transporte conhecido em La Paz como “metrô no céu”.
A rapidez dos trajetos e conservação do teleférico com cabines limpas, climatizadas e bom funcionamento em praticamente todas as estações permite ganho de tempo no dia a dia dos usuários. Ao contrário de veículos terrestres que emitem gases poluentes, o teleférico se destaca por sua sustentabilidade. Tem painéis solares que fornecem energia limpa às cabines e não ao sistema eletromecânico. Além de sustentável, o teleférico contribui para reduzir o fluxo de trânsito e acidentes na cidade
Embora a ideia pareça referência positiva para a América Latina, o projeto não daria certo em grandes cidades e capitais. Sergio Ejzinberg, engenheiro e mestre em Transporte pela Escola Politécnica da USP, explica que os teleféricos tiveram sucesso em La Paz pela condição topográfica. Em cidades como São Paulo, no Brasil, Medellin, na Colômbia, e Buenos Aires, na Argentina, o sistema de trilhos é o mais indicado.