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Partido Social Democrático, 12 anos: chegando à adolescência
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, comemora o aniversário do partido, lembrando sua história e a importância que vem assumindo no cenário nacional ao longo dos últimos anos
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD
Edição Scriptum
[caption id="attachment_57164" align="alignleft" width="207"] Gilberto Kassab[/caption]
Nesta quarta-feira, 27 de setembro, nosso Partido Social Democrático celebra mais um aniversário e já são doze anos de trajetória. Uma organização que surgiu com o propósito de agregar os grandes quadros do centro democrático do Brasil é hoje força verdadeira da política brasileira.
Vejamos: temos a maior bancada do Senado Federal, uma das principais bancadas na Câmara dos Deputados, deputados estaduais nas Assembleias Legislativas por todo o Brasil, dois governadores de Estado e centenas de prefeitos e vice-prefeitos e milhares de vereadores em todas as regiões do país.
O senador Rodrigo Pacheco preside com toda a competência o Congresso Nacional. Com qualificação técnica e compromisso com o país, conduz debates para aquilo que o Brasil precisa.
Temos também três ministros que fazem muita diferença com sua atuação, na busca pelo desenvolvimento: Carlos Fávaro, na Agricultura, Alexandre Silveira, no Ministério de Minas e Energia, e André de Paula, no Ministério da Pesca.
Os líderes de nosso partido na Câmara dos Deputados e no Senado reúnem experiência e sensibilidade para conduzir as grandes discussões das bancadas, levando à frente incontáveis iniciativas: Antonio Brito, na Câmara, e Otto Alencar, no Senado.
Os governadores Ratinho Jr, do Paraná, e Fabio Mitidieri, em Sergipe, vêm imprimindo desenvolvimento inédito e inovação nos seus estados.
Outros nossos companheiros contribuem muito com o país e já foram governadores de Estado, como Omar Aziz, no Amazonas, Raimundo Colombo, em Santa Catarina, e Belivaldo Chagas, em Sergipe.
Entre centenas de gestores municipais do PSD, contamos também com prefeitos de importantes capitais brasileiras: Eduardo Paes, no Rio de Janeiro; Fuad Noman, em Belo Horizonte; Rafael Greca, em Curitiba; Topázio Neto, em Florianópolis; Eduardo Braide, em São Luiz.
Dezenas de colegas de partido, assim como eu, que tenho a honra de servir ao Governo de Estado de São Paulo, com o Tarcisio de Freitas, são secretários estaduais e municipais, que têm grandes desafios todos os dias na gestão pública nas esferas de governo estaduais e municipais.
Também somos formuladores e articuladores de proposições e políticas públicas nos espaços intrapartidários e no ambiente das entidades e associações envolvidas na discussão de melhorias para os grandes temas da sociedade brasileira, como a Saúde, a Educação, a Segurança Pública, o Desenvolvimento Sustentável e o Meio Ambiente, a Ciência e Inovação, o Empreendedorismo e o Social, entre inúmeros outros campos em que a boa política – propositiva e de diálogo – faz a diferença.
Em 2011, iniciamos este projeto coletivo com muitas ideias somadas, contando já na largada com lideranças que muito já fizeram pelo Brasil, destacando-se principalmente o Guilherme Afif Domingos e o Claudio Lembo, que contribuíram de maneira muita expressiva em nossos primeiros passos e continuam fundamentais.
Fazemos doze anos de organização partidária e nosso PSD chega à adolescência, se podemos fazer esta analogia, com a força da juventude, mas também com inequívoca maturidade.
É senso comum que a adolescência é fase de conflitos e questionamentos, de insegurança e dificuldades, mas creio que este jovem partido que me orgulho em compor, diferencia-se também pela responsabilidade e sensatez com que se insere no jogo político, qual seja o nível de governo ou o espaço de debate.
É um partido vivo e representativo da sociedade. Eu afirmo que esta é uma das poucas siglas do sistema partidário que tem uma integração plena com os movimentos da sociedade, promovendo articulação e inclusão dos diversos setores à discussão de políticas públicas.
Seja ainda com o PSD Movimentos, que representa também com muita efetividade as minorias e a diversidade, comandado por esse ícone do sindicalismo que é o Ricardo Patah.
Quero ressaltar o trabalho e a representatividade de nossos colegas negros, representados na figura do nosso líder na Câmara, o Antonio Brito.
Seja também com o PSD Mulher, tão bem coordenado pela Alda Marco Antonio, a Ivani Boscolo e a Adriana Flosi, fortalecendo a presença da mulher na política e nos espaços de poder. Como exemplo do esforço de valorização da mulher citamos a presença de seis senadoras na nossa bancada, com a competente atuação da Mara Gabrilli, Daniella Ribeiro, Eliziane Gama, Jussara Lima, Margareth Buzetti e Zenaide Maia. Temos também aguerridas deputadas federais: Delegada Katarina, Eliane Braz, Laura Carneiro, Luiza Canziani e Leandre Dal Ponte.
Também ressalto o PSD Jovem, no seu início organizado pelo deputado estadual Georgiano Neto e que hoje é tão bem liderado pelo deputado estadual Jorge Araújo, de Sergipe, trazendo a juventude à arena pública.
Destaco ainda entre os diversos movimentos que o partido fortalece e dá suporte à atuação a luta das pessoas com deficiência. Quero destacar a trajetória e o trabalho de lideranças como a senadora Mara Gabrilli, que luta todos os dias pelas pessoas com deficiência, em debates e com proposições no Congresso. Lembrando ainda outros nomes que se destacam na luta das pessoas com deficiência, como o deputado estadual por São Paulo Rafael Silva, deficiente visual, e o Tiago Ricardo Ferreira, prefeito de Campina do Monte Alegre (SP), único administrador do país que tem paralisia cerebral. Essas pessoas são exemplos muito óbvios para todos nós, mas também entregam muito em termos de iniciativas em prol de toda a sociedade.
Seguimos em frente, colegas do PSD, construindo por mais um ano este partido e contribuindo com a gestão pública e a democracia brasileiras!
E fica nosso convite a quem deseja fazer boa política: filie-se e venha fazer parte do PSD! Procure as lideranças do PSD no seu município ou no seu estado e acompanhe também as redes sociais e o site do PSD.
Expectativa de vida cresce e planejamento financeiro para a velhice é indispensável
Economista Roberto Macedo, consultor do Espaço Democrático fala sobre as implicações financeiras do envelhecimento
Card link Another linkO quanto somos capazes
Matamos um leão por dia para existir, mas transformações estão por vir, escreve a senadora pelo PSD Mara Gabrilli
Mara Gabrilli, senadora pelo PSD de São Paulo e tetraplégica desde os 26 anos Edição Scriptum Somos 18,6 milhões de brasileiros com deficiência. Driblamos a falta de acessibilidade nas cidades, convivemos diariamente com o capacitismo, uma forma cruel de discriminação que finalmente passou a ter nome, e seguimos, em grande parte, ainda defasados no acesso à educação e ao trabalho. Este é o retrato da deficiência no Brasil, escancarado recentemente pela Pnad 2022 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que pela primeira vez coletou dados sobre pessoas com deficiência. De acordo com a pesquisa, apenas uma em cada quatro pessoas com deficiência com 25 anos ou mais concluiu o ensino básico obrigatório. E o mais triste, não necessariamente inédito: o analfabetismo atinge 19,5% das pessoas com deficiência com mais de 15 anos. Na população geral, esse índice é de 4,1%. O rendimento do trabalho, por sua vez, segue o efeito cascata da exclusão: 30% menor que a média do Brasil, com a mulher mais prejudicada — o salário dos homens é R$ 604 a mais, em média. Até mesmo com nível superior completo, nossa participação no geral continua desigual, com 51,2% de graduados empregados, diante de 80% dos sem deficiência. Aqui derrubamos o falso argumento de empresas que dizem não contratar pessoas com deficiência por falta de perfil qualificado. Nesta quinta-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, tal quadro pode parecer desanimador, mas a evolução passada por esse segmento, que mata um leão por dia para simplesmente existir, inspira transformações que estão por vir. A esperança atende pelo nome de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI, lei 15.146/2015), cuja relatoria e texto final foram trabalhados por mim quando ainda era deputada federal e com a participação em peso da sociedade civil. Meu otimismo tem lógica se pensarmos que a taxa de analfabetismo é muito maior em pessoas mais velhas, que viveram uma época em que o acesso à escola não existia. Apesar de uma legislação de 1989 já considerar a recusa de matrícula um crime, havia uma ressalva, muito utilizada, de que era crime apenas a recusa sem justa causa. Assim, com a alegação de não estarem preparadas, a rejeição frequentemente era praticada pela rede pública e privada. Hoje, por meio da LBI, tolher o direito à educação é crime punível com reclusão de 2 a 5 anos, além de multa. Para além da LBI, temos mais provas para não deixarmos o otimismo sucumbir à realidade desses números. Começa pelo paradesporto brasileiro, que nunca foi tão potente — vide as Paraolimpíadas do Rio, que teve recorde de público, apesar de a grande mídia duvidar da nossa capacidade de gerar audiência. Fato é que a representatividade das pessoas com deficiência cresce a cada dia, com diversidade de corpos expostos até em reality shows, como na recente edição de No Limite. Lembro também dos inúmeros influenciadores digitais, com as mais variadas deficiências, inspirando milhares de seguidores e apontando caminhos para se construir uma sociedade mais diversa, plural, inclusiva. E tudo isso acontecendo com as próprias plataformas digitais ofertando recursos que, até então, não existiam. Tudo isso porque passaram a cumprir a LBI e entender que uma rede mais inclusiva é melhor para todo mundo. Se temos feito tudo isso diante de muralhas que nos impuseram por séculos, o quanto ainda não podemos alcançar? Esta senadora chegou à Organização das Nações Unidas como a primeira perita brasileira em um comitê focado nos direitos das pessoas com deficiência. Chegou também a uma disputa presidencial, em uma chapa inédita com duas mulheres em uma das eleições mais acirradas de toda a história da nossa democracia. E isso só foi possível porque o Brasil acreditou em uma mulher sem movimento de braços e pernas. E é assim, carregando uma somatória de discriminações, mas levando a diversidade como maior potência de uma nação, que nós vamos mudar estatísticas e continuar escancarando o quanto somos capazes. Basta ter oportunidade, acessibilidade e equidade. Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
Card link Another linkComparando a popularidade dos governos Lula e Bolsonaro
O governo Lula tem apresentado taxas médias de avaliação positiva sistematicamente melhores do que as do governo anterior, escreve Rogério Schmitt
Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático
Edição: Scriptum
O objetivo deste artigo é comparar a variação dos índices de popularidade, nas pesquisas de opinião pública, dos governos Lula e Bolsonaro nos seus respectivos nove primeiros meses (ou seja, entre janeiro e setembro). Como veremos, estamos diante de duas dinâmicas muito distintas do ponto de vista político.
A minha régua comparativa, como já fiz em artigos anteriores sobre este tema, serão as médias mensais de popularidade, considerando as diferentes pesquisas publicadas em cada período. No governo Bolsonaro, cinco institutos conduziram 22 pesquisas diferentes entre janeiro e setembro de 2019. Agora, no governo Lula, vieram a público as mesmas 22 pesquisas, promovidas desta vez por dez institutos distintos, entre janeiro e setembro de 2023.
O primeiro gráfico resume os números da avaliação positiva (“ótimo” + ”bom”) dos dois governos. Já o segundo gráfico contém os números da avaliação negativa (“ruim” + “péssimo”) das duas gestões.
Como podemos constatar logo abaixo, o governo Lula tem apresentado taxas médias de avaliação positiva sistematicamente melhores do que as do governo Bolsonaro (exceto nos meses de janeiro e fevereiro). De março em diante, o “saldo” médio de avaliação positiva em favor do governo Lula tem sido de quase oito pontos percentuais. No segundo semestre, este saldo médio tem até superado os dez pontos.
Em outras palavras, se a gestão Bolsonaro largou de um patamar de popularidade um pouco melhor do que a gestão Lula, ela, no entanto, não logrou sustentar tal vantagem por muito tempo. Ao longo desses nove primeiros meses, a avaliação positiva do governo Bolsonaro manteve um viés de baixa, enquanto a do governo Lula obedeceu a um viés de alta.
Uma dinâmica similar, porém de sentido oposto, é observada na variação das taxas de avaliação negativa. Em janeiro, no momento imediatamente posterior à posse, o governo Lula tinha o dobro da impopularidade do governo Bolsonaro. Mas essa vantagem já cai consideravelmente entre fevereiro e abril. A partir de maio, a gestão Bolsonaro se torna sistematicamente mais impopular. Na média dos últimos cinco meses, a avaliação negativa do governo Bolsonaro supera a do governo Lula em cerca de oito pontos percentuais.
Na prática, portanto, os números de impopularidade das gestões Bolsonaro e Lula, em seus nove primeiros meses, seguiram, respectivamente, um viés de alta e um viés de baixa.
A comparação que procurei fazer nesse artigo não entra no mérito das possíveis causas de dinâmicas tão heterogêneas da opinião pública em períodos de tempo equivalentes. Trata-se somente de um exercício descritivo. Seja como for, estes números produzem também distintas consequências políticas esperadas. Mantidos constantes todos os demais fatores, governos melhor avaliados tendem, por exemplo, a atrair mais apoio político no Congresso do que governos cuja popularidade esteja em declínio.
Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.