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Taxonomy - Manchete secundária

Avanço de monoculturas coloca Pampa em risco

Mais da metade dos 176,5 mil quilômetros quadrados que o bioma ocupa já foram descaracterizados, segundo o Inpe

[caption id="attachment_37627" align="aligncenter" width="560"] Dados do Inpe mostram que 58,6% dos 176,5 mil kms quadrados que o bioma ocupa em terra brasileira já foram descaracterizados,[/caption]   Redação Scriptum com Agência Senado     As extensas áreas de campos nativos a perder de vista já não são tão visíveis no Rio Grande do Sul, único Estado onde se registra a presença do Pampa. A vegetação herbácea de não mais do que um metro de altura é a principal representação fisionômica desse rico bioma, que assim como o Cerrado, está sucumbindo ao rápido avanço da monocultura de grãos, como soja, e espécies arbóreas, como eucaliptos. Reportagem de Paula Pimenta para a Agência Senado traz dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que demonstram que 58,6% dos 176,5 mil quilômetros quadrados que o bioma ocupa em terra brasileira já foram descaracterizados, convertidos para outra destinação. Segundo menor bioma em extensão — maior apenas que o Pantanal —, o Pampa acumula também a segunda posição na maior perda de vegetação nativa entre os ecossistemas, atrás apenas da Mata Atlântica, que já não tem mais 71% da sua originalidade. E é olhando criteriosamente para baixo que se desvenda uma biodiversidade ímpar, por muitos inimaginável, recém-calculada por pesquisadores em um universo aproximado de 12,5 mil espécies que congregam fauna, flora e fungos. Toda essa riqueza, que pode ser celebrada anualmente, em 17 de dezembro, Dia do Pampa, carece de ações protetivas do Estado, já que o bioma é apontado, por especialistas, como um dos menos protegidos.

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Humanidade vive ameaça sem precedentes, com pontos irreversíveis, por crise do clima

Não está descartado o colapso das calotas de gelo da Groenlândia e da Antártida Ocidental, a corrente do Giro do Atlântico Norte e partes do permafrost

[caption id="attachment_37594" align="aligncenter" width="575"] Não está descartado o colapso das calotas de gelo da Groenlândia e da Antártida Ocidental[/caption]       Texto: Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição: Scriptum   A conta chegou. E não foi por falta de aviso. Não é de hoje que a crise climática representa uma grave ameaça à humanidade. Em Dubai, num ano que quebra recordes de temperatura e pode ser o mais quente da história, todos os olhos estão voltados para a COP28, cúpula da ONU para mudança do clima. A humanidade enfrenta um risco "sem precedentes" de atingir pontos de inflexão que podem desencadear um efeito dominó de catástrofes planetárias irreversíveis. O alerta está no "Relatório de Pontos de Inflexão Globais", documento recém-divulgado na conferência. Reportagem de Daniel Lawler para Folha de S.Paulo (assinantes) mostra um cenário assustador do planeta sendo fustigado por desastres ambientais com danos irreversíveis. O relatório identifica 26 pontos de não retorno. Vários elementos impactam e desestabilizam os sistemas em risco, como o desmatamento. Porém, para os cientistas, a crise climática é determinante. O colapso de alguns sistemas já pode ser sentido, como no caso dos recifes de coral de águas quentes. Não está descartado o colapso de outros quatro sistemas: as calotas de gelo da Groenlândia e da Antártida Ocidental, a corrente do Giro do Atlântico Norte e partes do permafrost, que são as camadas de terra congeladas. Os recentes incêndios florestais na Amazônia e nas florestas boreais do Canadá são um indicativo de que esses sistemas também estão em risco mais imediato do que se pensava. Apesar da gravidade, o estudo detalha uma série ações que poderiam minimizar o problema, como o desenvolvimento de veículos elétricos, energias renováveis e a adoção de dietas vegetarianas. Por outro lado, um dos autores do relatório, Manjana Milkoreit, da Universidade de Oslo, apontou que "nosso sistema de governança global não é adequado para lidar com as ameaças que estão por vir e para implementar as soluções urgentemente necessárias".

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Boa notícia da economia americana repercutiu bem no Brasil

A inflação americana caiu e o mercado brasileiro reagiu bem; Roberto Macedo explica por qual razão

  Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição: Scriptum   Uma boa notícia da economia americana repercutiu bem no mercado financeiro brasileiro: a inflação para o consumidor, em 12 meses, caiu de 3,7% para 3,2% entre os meses de setembro e outubro, mais que o esperado. Aqui, a taxa do IPCA em 12 meses também já havia arrefecido, passando de 5,19% em setembro de 2023 para 4,82% em outubro. Com essa notícia dos EUA, o mercado financeiro reagiu bem também aqui. O Ibovespa subiu 2,28% no mesmo dia e chegou a 123.166 pontos, seu maior valor desde 3 de agosto de 2021. O dólar caiu 0,93% e fechou em R$ 4,86, o menor valor desde 18 de setembro. Os juros dos títulos do tesouro americano também reagiram com a notícia de menor inflação. A taxa dos títulos de dois anos veio de 5,02% ao ano no dia anterior para 4,80% naquele 14 de novembro. A taxa do título de dez anos se reduziu de 4,63% para 4,44% ao ano no mesmo período. No Brasil, as taxas de juros dos títulos do nosso Tesouro também caíram. Segundo o noticiário, a taxa de janeiro de 2025 caiu para 10,55%, ante 10,72% do ajuste anterior; a taxa de janeiro de 2026 foi de 10,49% para 10,28%, sempre ao ano. Os mercados financeiros internacionais são interligados e isso tem sido destacado pelo presidente do nosso Banco Central. A interligação funciona assim: se a inflação nos EUA continuasse alta e combatida por aumentos da taxa básica americana, o Brasil não poderia reduzir muito a sua em face do risco de que investidores locais realocassem recursos para os EUA, o que aumentaria a demanda de dólares e a taxa de câmbio. Mas é cedo para celebrar resultados de um dia diante de problemas tão complexos. A meta de inflação do Fed, o banco central dos EUA, é de 2% ao ano e ainda falta muito para chegar lá. E, como no Brasil, lá o governo federal também enfrenta um sério problema fiscal que como aqui interfere na política monetária. Desde o seu início o governo Joe Biden vem adotando uma política de forte expansão fiscal. Mas vale lembrar que ele opera com o dólar, moeda que atrai uma confiança enorme dos investidores. Aqui a meta é de 3,25%, com um teto de tolerância de 4,75%. Como se percebe dos dados acima, aqui a inflação é maior, o teto da meta idem, o mesmo acontecendo com os juros da dívida. É porque nossas condições, que determinam esses resultados, são piores. De qualquer forma, uma notícia boa é sempre melhor que uma notícia ruim, a menos que ela iluda as pessoas com a crença de que problemas tão complexos já foram resolvidos. Isso não pode acontecer e essa é a minha visão. Vou continuar acompanhando a inflação lá e principalmente aqui, pois é a que mais nos afeta. E aprendendo com esses movimentos dos mercados financeiros, com o de lá influenciando o daqui, mas sem que o contrário ocorra. Mas já há mercados internacionais em que a influência do Brasil é grande, como no caso das commodities agrícolas.     Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Comportamento pessoal e investimento

Economista Roberto Macedo sugere que as pessoas reflitam sobre suas decisões de consumo e aponta: sem poupança não é possível investir

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