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Parlamento é protagonista de principais reformas microeconômicas
Em palestra na fundação Espaço Democrático, cientista político Rogério Schmitt mostra a produção parlamentar na área

Reunião semanal do Espaço Democrático
Parques buscam resgatar o contato entre infância e natureza
Conceito de parque naturalizado, criado pelo alemão Udo Lange na década de 1990, chega ao Brasil
Brincar é coisa séria. É saudável e fundamental para o desenvolvimento infantil. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), brincar é uma das maneiras mais importantes de as crianças adquirirem conhecimentos e habilidades básicas que irão usar pela vida toda. No entanto, as cidades oferecem cada vez menos espaços para que as crianças possam brincar livremente, e a possibilidade de fazê-lo em espaços que estimulem a criatividade se reduziu muito ao longo dos anos. Para mudar isso, começam a ser implementados no Brasil parques naturalizados que se utilizam da própria topografia onde são instalados, com os elementos naturais que lá estiverem, sejam troncos, pedras, areia e árvores ou plantas e terra batida. Em reportagem assinada por Meghie Rodrigues, do ECOA – UOL, Paula Mendonça, assessora pedagógica do programa Criança e Natureza do Instituto Alana, conta como trouxe a experiência desenvolvida na Alemanha para terras brasileiras (leia a íntegra). O pedagogo alemão Udo Lange instalou os primeiros parques naturalizados no início da década de 1990 em Freiburg, na Alemanha. A ideia de parque naturalizado, explica Lange, vai muito além da construção de praças e parquinhos infantis. O objetivo não é aplanar e concretar o terreno, mas entender a perspectiva das crianças sobre como utilizam aquele espaço e facilitar este uso de uma forma que seja segura, acessível e que ofereça a possibilidade de intervenção criativa e interação com outras crianças. Em 2017, em missão técnica com colegas de várias instituições e gestores públicos, Paula Mendonça viajou a Freiburg onde conheceu Lange e decidiu adaptar a experiência para as cidades brasileiras.
Card link Another linkA campanha eleitoral de 1937
Por Antônio Paim Determinada pela Constituição de 1934, três anos depois as eleições presidenciais estavam restauradas. Registraram-se candidatos Armando de Sales Oliveira (1887-1945), representando o elemento liberal; José Américo de Almeida (1887-1980), pela situação; e Plínio Salgado (1895-1975), chefe da Ação Integralista, extrema-direita abertamente fascista. A eleição deveria se realizar em 3 […]
[caption id="attachment_32496" align="aligncenter" width="710"] Getúlio Vargas deu um golpe de estado e implementou um regime que duraria até fins de 1945[/caption]
Por Antônio Paim
Determinada pela Constituição de 1934, três anos depois as eleições presidenciais estavam restauradas. Registraram-se candidatos Armando de Sales Oliveira (1887-1945), representando o elemento liberal; José Américo de Almeida (1887-1980), pela situação; e Plínio Salgado (1895-1975), chefe da Ação Integralista, extrema-direita abertamente fascista. A eleição deveria se realizar em 3 de janeiro de 1938.
A campanha consistia basicamente na realização de comícios nas principais cidades – e em geral eram muito concorridos.
Para Armando de Sales, serviram para torná-lo conhecido nacionalmente. Pelo dinamismo realizado à frente do governo de São Paulo, havia adquirido grande projeção e expressiva liderança nas regiões Sul e Sudeste.
Mas a 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas deu um golpe de estado e implementou um regime que seria a sua ditadura pessoal, o que duraria até fins de 1945. O novo regime foi denominado, como em Portugal, de Estado Novo.
O movimento militar
O movimento armado foi favorecido pelo calendário: Júlio Prestes elegeu-se em março, mas só tomaria posse em novembro
[caption id="attachment_32299" align="aligncenter" width="584"] O candidato paulista Júlio Prestes[/caption]
Por Antônio Paim
Tomo por base a descrição do historiador e escritor pernambucano José Maria Belo (História da República. São Paulo, Organização Simões, 1952. Capítulo XXII. Presidência Washington Luís, págs. 330/34).
A praxe da prática da presidência da República exercida pelos Estados indicava que, em 1930, seria a vez de Minas Gerais. O principal postulante ao cargo seria Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (1870-1946), presidente do Estado de Minas Gerais entre setembro de 1926 e setembro de 1930. Pela tradição da política “café com leite”, como era chamado o acordo entre os governadores de Minas Gerais e São Paulo para que os Estados se revezassem no poder, era a vez de Arthur Bernardes escolher. Cabia-lhe a indicação pelo simples fato de que Washington Luís, o presidente em final de mandato, representava São Paulo.
Mas Washington Luís dispôs-se a preterir o acordo, tentando inaugurar nova modalidade de alternância, equivalente nada mais, nada menos, que a “café com café”. Seu candidato seria o então presidente de São Paulo, Júlio Prestes (1882-1946).
Minas vetou a candidatura Prestes e formou-se, então, a denominada Aliança Liberal, que registrou a chapa de oposição liderada por Getúlio Vargas, que se transferira do Ministério da Fazenda para o governo do Rio Grande do Sul em decorrência do fim das reeleições de Borges de Medeiros, imposta pela reforma constitucional de 1926.
As lideranças mais experimentadas da época perceberam claramente que o comportamento de Washington Luís punha em risco a sobrevivência da “política dos governadores”. Tentou-se, então, a conciliação. Foi aberta ao presidente a possibilidade de indicar um tertius mediante a renúncia simultânea das duas candidaturas em confronto. Ainda assim, como aponta José Maria Bello, “autoritário, altivo e obstinado”, Washington Luís “não se inclinaria jamais a qualquer transigência, repelindo, ao que parece duramente, qualquer alvitre em semelhante sentido.”
As eleições aconteceriam muito tempo antes da posse. O pleito ocorria em março e a posse a 15 de novembro. Consumada em março a farsa da vitória de Júlio Prestes, começou, abertamente, a conspiração para contestar o resultado pelas armas. O início da revolução foi sucessivamente adiado, até eclodir em 3 de outubro.
O movimento ocorreu simultaneamente nas regiões Nordeste e Sul, além do Estado de Minas Gerais.
No Nordeste, começou pela Paraíba. O contingente ali formado, em seu deslocamento, encontraria resistência apenas na capital pernambucana. Ocupada Recife, deslocou-se sem dificuldade até a Bahia.