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Taxonomy - Manchete secundária

Startup nigeriana é reconhecida por desenvolver abrigos sustentáveis para refugiados

Estruturas usam materiais reciclados disponíveis no mercado – como alumínio, lona e peças plásticas produzidas em impressoras 3D

[caption id="attachment_39760" align="aligncenter" width="560"] São abrigos modulares construídos com materiais reciclados e de fácil montagem.[/caption]       Texto Estação do Autor com site Ciclo Vivo Edição Scriptum   Guerras e conflitos, mudanças climáticas extremas e a fome continuam a expulsar milhões todos os dias de suas terras. A agência da ONU para os refugiados (ACNUR) estima que o número de pessoas forçadas a fugir de suas casas chegue aos 140 milhões em 2025, mantendo a tendência dos últimos 12 anos. Por causa disso, habitações de emergência bem projetadas são fundamentais para garantir condições seguras e dignas para esta população. A startup nigeriana AllSpace ganhou destaque internacional com uma solução inovadora e sustentável. São abrigos modulares construídos com materiais reciclados e de fácil montagem. A iniciativa recebeu reconhecimento do programa Creatives for Our Future, da Fundação Swarovski, e foi premiada pelo Young Climate Prize, da organização The World Around. Desenvolvidos pela arquiteta e fundadora da AllSpace, Blossom Eromsele, os abrigos têm design acessível, remetendo à arquitetura tradicional nigeriana. As estruturas utilizam materiais reciclados disponíveis no mercado, como alumínio, lona e peças plásticas produzidas em impressoras 3D. Em entrevista ao portal Dezeen, publicada no site CicloVivo, a arquiteta diz acreditar que a aceitação dos refugiados se deve a identificação com o formato arquitetônico que remete a uma extensão de suas casas. Com custo estimado de US$ 120 por unidade, cada abrigo pode ser montado em cerca de quatro horas, com ventilação cruzada eficiente e durabilidade de até dois anos. Os módulos são alimentados por energia solar e em formato hexagonal, sobre plataformas de barro. O isolamento térmico é feito com lona dupla e grama seca. O projeto foi desenvolvido com foco em soluções de baixo custo e alto impacto para emergências humanitárias. A proposta da fundadora da AllSpace se alinha a outras intervenções arquitetônicas para interferir em situação de crise, como o projeto do japonês Kengo Kuma para campos de refugiados afetados pelos terremotos da Turquia e Síria.

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Famílias começam a trocar empregadas domésticas por cuidadoras

Estudo do Dieese aponta que de um total de 5,9 milhões de ocupados em serviços domésticos, 21% (ou 1,24 milhão) eram cuidadores, no fim do ano passado; em 2014 eram 13,9%

[caption id="attachment_39748" align="aligncenter" width="560"] IBGE projeta que, até 2070, mais de 40% da população terá mais de 65 anos, um envelhecimento mais acelerado que o anteriormente esperado.[/caption]   Texto Estação do Autor com O Globo Edição Scriptum   O envelhecimento da população está provocando uma mudança no serviço doméstico no Brasil. Hoje são mais idosos precisando de assistência e menos familiares disponíveis para isso. Enquanto a proporção de pessoas ocupadas em serviços gerais nas residências, como o de limpeza, está diminuindo, uma parcela dos empregados domésticos quase dobrou nos últimos dez anos: a de cuidadores pessoais em domicílio, geralmente de velhos e pessoas com deficiência. Reportagem de Mayra Castro para O Globo (assinantes) mostra que o total de funcionários domésticos se manteve praticamente estável nos últimos dez anos. Estudo do Dieese com base na Pnad Contínua, do IBGE, aponta que, de um total de 5,9 milhões de ocupados em serviços domésticos, 21% (ou 1,24 milhão) eram cuidadores, no fim do ano passado. Em 2014, eram 13,9%. Especialistas acreditam que esse movimento é resultado do que chamam de crise do cuidado. O IBGE projeta que, até 2070, mais de 40% da população terá mais de 65 anos, um envelhecimento mais acelerado que o anteriormente esperado. Com o aumento da longevidade, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alerta que o número de pessoas com necessidade de assistência prolongada mais que triplicará nas Américas em três décadas. Com famílias cada vez menores há menos disponibilidade para o cuidado com os idosos em casa. Mulheres dedicam quase o dobro do tempo gasto pelos homens com o cuidado de velhos, crianças e pessoas com deficiência nos lares, diz pesquisa do IBGE. A maior participação feminina no mercado de trabalho diminui o tempo delas para essa tarefa em dupla jornada, aumentando a demanda por cuidadores profissionais nas famílias que podem pagar. Cristina Vieceli, economista responsável pelo Boletim do Trabalho Doméstico do Dieese, observa que outro agravante é a falta de políticas públicas para lidar com o problema. No fim de 2024, o governo federal publicou a Política Nacional de Cuidados, mas ainda não há regulamentação, com planos e metas estabelecidos.

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Doulas do fim da vida: o trabalho de quem acompanha a morte

Profissionais pouco conhecidas no Brasil atendem pessoas em estado terminal, com doenças graves ou idade avançada

[caption id="attachment_39723" align="aligncenter" width="1024"] Idosos são atendidos pelas doulas do fim da vida[/caption] Texto Estação do Autor com DW Edição Scriptum A palavra doula, de origem grega, significa "mulher que serve" e refere-se a uma profissional que oferece suporte emocional, físico e informativo. É relacionada à gestante e à chegada de uma nova vida. Mas também existem profissionais que se dedicam a suavizar o momento da despedida. São as chamadas doulas do fim da vida ou doulas da morte. Reportagem de Simone Machado para o site DW mostra como trabalham essas profissionais que ainda são pouco conhecidas no Brasil. Elas atuam no momento da morte, com o mesmo cuidado e presença que as doulas do parto oferecem para as mães no período da gravidez, parto e pós-parto. As doulas do fim da vida acompanham pessoas em estágio terminal, muitas vezes com doenças graves ou em idade avançada, oferecendo suporte emocional, espiritual e prático. Embora muitas tenham formação em enfermagem ou na área da saúde, elas não têm essa função na vida do paciente e não substituem médicos, enfermeiros ou equipes de cuidados paliativos. Enquanto os cuidados paliativos oferecidos por membros da área da saúde se concentram nas necessidades físicas e médicas, o papel das doulas é complementar os cuidados com foco no acolhimento e bem-estar. A doula de fim da vida atua em três fases que envolvem a morte. Na fase pré-morte, quando o paciente desenvolve uma doença sem cura, ajuda paciente e familiares a lidarem com medo, dor e luto antecipado, além de ajudarem a humanizar o momento. Na segunda fase, que é a da morte propriamente dita, acompanham o processo ativo e irreversível do fim de vida, marcado por mudanças físicas, psíquicas, sociais e espirituais. Por fim, na fase pós-morte, ajuda a preparar o corpo, higienizando-o (se autorizado), organizando velório e sepultamento, além de oferecer apoio à família durante o luto. "A importância da doula é que o paciente recebe um cuidado mais qualificado, que o ajuda a entender a finitude e que aquele momento vai se aproximar. Quanto mais você prepara o paciente e a família, mais qualidade de vida esse paciente tem. Então, você acaba dando muito mais peso para a própria vida do que necessariamente para a doença ou a morte em si, diminuindo o sofrimento", diz Érika Lara, médica de família e paliativista, diretora de comunicação da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP).

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Analfabetismo funcional estanca no Brasil e atinge 29% da população

Pesquisadores acreditam que a queda registrada nos primeiros anos de aferição do indicador é reflexo da ampliação do acesso ao ensino fundamental e médio

[caption id="attachment_39715" align="aligncenter" width="1024"] Sala de aula do Ensino Médio: estagnação reflete a baixa qualidade[/caption] Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição Scriptum A incapacidade de uma pessoa para interpretar textos e realizar operações matemáticas, mesmo sabendo ler e escrever, é conhecida como analfabetismo funcional. No Brasil, a condição atinge 29% da população de 15 a 64 anos. Esse é o mesmo patamar de 2018 e um recuo em relação a 2009, quando era 27%. Os dados são do Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional), estudo coordenado pela Ação Educativa desde 2001. Até 2009, o indicador caiu continuamente, mas desde então segue praticamente inalterado. Reportagem de Isabela Palhares para Folha de S.Paulo (assinantes) traz mais informações sobre a pesquisa, que entrevistou 2.544 pessoas em todas as regiões do País. Conforme o indicador, o analfabetismo funcional pode ser dividido em dois níveis: absoluto e rudimentar. Os analfabetos absolutos são aqueles que não conseguem ler palavras ou um número de telefone. Já o rudimentar é quando as pessoas sabem ler e escrever, mas têm dificuldade para entender textos mais longos ou fazer contas com números maiores. Os dados constatam uma transformação no cenário educacional brasileiro. Para os pesquisadores, a queda do analfabetismo funcional nos primeiros anos do indicador é reflexo da ampliação do acesso ao ensino fundamental e médio e a ampliação de jovens que concluem a educação básica. No entanto, a estagnação nos últimos anos reflete a baixa qualidade da educação no País, pois os dados mostram uma proporção grande de pessoas que passaram pela escola e, mesmo assim, não tiveram garantido o direito de ser plenamente alfabetizadas. O estudo identificou que 17% da população que concluiu o ensino médio ainda está no nível do analfabetismo funcional. Até mesmo entre os que concluíram o ensino superior, 12% estão nessa condição. Pela primeira vez, o Inaf avaliou a inclusão do alfabetismo da população no contexto digital. De uma maneira geral, os números indicam que 25% dos brasileiros com idade entre 15 e 64 anos têm baixo desempenho em atividades digitais. Essa proporção aumenta conforme o menor grau de alfabetismo que possuem. O estudo mostra que 40% dos alfabetizados proficientes apresentaram médio ou baixo desempenho em tarefas digitais e 95% dos analfabetos tem um desempenho baixo. Segundo Ana Lima, coordenadora do estudo, a grande constatação é que, quanto mais frágil é o alfabetismo tradicional, mais vulnerável ficam as pessoas no ambiente digital. “Incluímos a avaliação do alfabetismo no contexto digital porque cada vez mais as pessoas estão sendo obrigadas a entrar para esse mundo e, se não dominam essas habilidades, acabam até mesmo por perder direitos básicos," conclui Lima.

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