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Premonitórios

Como Raul Seixas enxergou o futuro ao compor “O dia em que a Terra parou”? Foi tão visionário quanto Ney Prado e George Orwell, escreve Luiz Alberto Machado

Luiz Alberto Machado, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum Dia 2 de outubro fui ao Blue Note, clube de jazz que traz os ares de Nova York para o Conjunto Nacional na capital paulista, para assistir ao show de Rafael Bittencourt – integrante do Angra, uma das mais conhecidas e longevas bandas de rock do Brasil –, em homenagem a Raul Seixas. Casa cheia, Bittencourt falou de sua admiração por Raul, da emoção de estar prestando homenagem a seu ídolo, e iniciou cantando músicas conhecidas apenas pelos seguidores mais fanáticos. Num determinado momento, Bittencourt falou que iria cantar uma música que também era pouco conhecida até a pandemia de Covid, quando explodiu. Cantou, então, O dia em que a terra parou, cuja primeira estrofe antecipa o significado da música: Essa noite Eu tive um sonho de sonhador Maluco que sou, eu sonhei Com o dia em que a Terra parou Com o dia em que a Terra parou Na sequência, a letra descreve o referido sonho: Foi assim No dia em que todas as pessoas do planeta inteiro Resolveram que ninguém ia sair de casa Como que se fosse combinado, em todo o planeta Naquele dia ninguém saiu de casa Ninguém O empregado não saiu pro seu trabalho Pois sabia que o patrão também não tava lá Dona de casa não saiu pra comprar pão Pois sabia que o padeiro também não tava lá E o guarda não saiu para prender Pois sabia que o ladrão também não tava lá E o ladrão não saiu para roubar Pois sabia que não ia ter onde gastar E nas igrejas nem um sino a badalar Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá E os fiéis não saíram pra rezar Pois sabiam que o padre também não tava lá E o aluno não saiu para estudar Pois sabia, o professor também não tava lá E o professor não saiu pra lecionar Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar O comandante não saiu para o quartel Pois sabia que o soldado também não tava lá E o soldado não saiu pra ir pra guerra Pois sabia que o inimigo também não tava lá E o paciente não saiu pra se tratar Pois sabia que o doutor também não tava lá E o doutor não saiu pra medicar Pois sabia que não tinha mais doença pra curar   Composta na época da ditadura, a música se aplicava perfeitamente ao contexto da pandemia em que a esmagadora maioria das pessoas foi obrigada a permanecer em suas casas em completo confinamento. Ao final da música, Bittencourt chamou atenção para o caráter extraordinariamente premonitório da letra da referida canção. Fiquei tão impressionado com o fato que, tão logo foi possível, fui pesquisar o significado da palavra, encontrando as seguintes definições: Premonitório. Adjetivo. Relativo a premonição; que contém premonição; que adverte com antecipação; que se deve considerar como aviso ou prevenção. O significado me remeteu imediatamente a muitos outros exemplos, dois dos quais mencionarei a seguir. O primeiro é o do jurista Ney Prado, secretário-geral da Comissão Afonso Arinos, conhecida como "comissão de notáveis", criada em 1986 para elaborar um anteprojeto de Constituição. Ele foi premonitório ao advertir para as consequências negativas das vinculações incluídas na Constituição de 1988, deixando isso registrado em dois livros: Os notáveis erros dos notáveis (Editora Forense,1987) e Razões das virtudes e vícios da Constituição de 1988: subsídios à Revisão Constitucional (Editora Inconfidentes, 1994). Muito criticado na época por ter sido um dos poucos a advertir para o fato de que a comemorada Constituição tinha mais vícios do que virtudes, Ney Prado merece ser reverenciado diante da situação atual da economia brasileira: graças às vinculações (18% da arrecadação federal está gasta obrigatoriamente em educação; 15% da receita tributária dos três níveis de governo está gasta em saúde) e do atrelamento do gasto obrigatório do governo ao salário mínimo, casos do benefícios previdenciários e assistenciais, chegamos a uma situação em que 91% dos gastos federais em 2025 são obrigatórios, restando apenas 9% para gastos discricionários, que incluem todo o investimento do setor público. O segundo é o do escritor inglês George Orwell, cujos dois livros de maior sucesso são fantásticos exemplos de premonição. Em A revolução dos bichos (Globo, 2003), Orwell consegue antecipar com precisão o que ocorreria no futuro com os países socialistas que prometiam fartura e igualdade generalizada, mas, na prática, produziram um nivelamento caracterizado por baixos padrões de bem-estar, além de uma série de privilégios para os detentores do poder, o que ficou imortalizado na frase "todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros". Em 1984 (Ed. Nacional, 1984), a distopia escrita no final da década de 1940, após o encerramento da Segunda Grande Guerra, Orwell foi profético ao prever as consequências de um mundo dominado por um ditador (Grande Irmão) que exercia pleno controle dos habitantes por conta de uma retórica que permitia ampla manipulação por meio da alteração do significado das palavras e de recursos tecnológicos, entre os quais a teletela, aparelhos instalados em todas as residências, que não apenas transmitiam, mas também captavam imagem e som, de tal forma que todas as pessoas se sentissem espionadas por todo o tempo. Será que estamos tão longe disso?   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Ganho salarial do ensino superior cai, mas ainda é alto

Economista Roberto Macedo analisa os dados da pesquisa IBRE-FGV: trabalhadores com 16 ou mais anos de estudo ganham em média 152% a mais que aqueles com 12 a 15 anos

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   A constatação é de um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), antecipado ao jornal Valor do dia 1º de outubro: quem tem ensino superior consegue melhores salários, embora eles tenham caído. Assim, textualmente, “no segundo trimestre de 2012, os trabalhadores com 16 ou mais anos de estudo (o equivalente ao superior completo ou além), ganhavam em média 152% a mais que os trabalhadores com 12 a 15 anos de estudo (médio completo ou superior incompleto), o grupo escolar imediatamente inferior.” Esse diferencial caiu para 126% no segundo trimestre de 2024, ou seja, 12 anos depois. Alguns fatores atuaram nesse processo. O primeiro foi que o número de graduados com ensino superior aumentou bastante nesse período. A reportagem cita que o número de matriculados em cursos de graduação subiu de 1,4 milhão, em 1980, para 9,4 milhões, em 2022. E diz que só entre 2000 e 2022 o aumento foi de 250%. No período analisado pelo IBRE-FGV esse aumento foi de 22%. Um segundo fator foi o aumento da informalidade, que para quem tem 16 anos ou mais aumentou de 14%, no final de 2015, para 19,3% no segundo trimestre de 2024. Em geral, as remunerações no mercado informal são menores. O estudo também conclui que o grupo daqueles com ensino superior completo ou mais tem a menor taxa de informalidade entre todos os níveis de escolaridade. E que houve um aumento no mercado de trabalho do número de graduados oriundos de faculdades de qualidade inferior. Agora, algumas observações minhas. Lembro-me de um estudo que mostrava que a remuneração ligada à educação cresce desde o ensino básico, a partir do primeiro ciclo do fundamental. A remuneração dos formados nos cursos superiores é muito diferente entre as várias profissões. Um estudo de 2023, do mesmo FGV-IBRE, envolveu 16 profissões, cujas remunerações mensais variaram de R$ 18.475, entre médicos especialistas, até R$ 7.005, entre analistas de sistemas. Sei também que filósofos estão entre os ainda mais mal remunerados, entre outras razões porque muitos trabalham como professores do ensino básico, e também porque os filósofos usualmente não têm espaço como profissionais liberais. As faculdades privadas usualmente não oferecem o curso de filosofia, e creio que é porque não atraem alunos pagantes. Mas certo mesmo é que continua valendo muito a pena fazer um curso superior.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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O ouvidor do Brasil: um gênio nas letras de um imortal

Luiz Alberto Machado escreve sobre o mais recente livro de Ruy Castro, no qual Tom Jobim é o personagem central

Luiz Alberto Machado, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   O ouvidor do Brasil é o título do mais recente livro escrito por Ruy Castro, eleito em 2022 para a cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras, tornando-se, portanto, um imortal. O subtítulo da obra é 99 vezes Tom Jobim. Sendo assim, não se trata de uma biografia, gênero que tem em Ruy Castro provavelmente seu maior expoente, mas o conjunto de 99 crônicas publicadas originalmente entre 2007 e 2023, na página 2 da Folha de S. Paulo, 90 das quais atualizadas, reescritas, dispostas em ordem mais temática do que cronológica e acrescidas de nove feitas exclusivamente para o livro. Todos os textos, de leitura fácil e agradável como costumam ser os de Ruy Castro, tratam de Tom Jobim, o homem e o artista, e do mundo que girou tendo-o como centro. Em alguns, a presença de Tom poderá parecer de passagem. Mas não é assim − tudo no livro só aconteceu ou está nele publicado porque um dia ele existiu. Dividido em quatro partes − O ouvidor do Brasil, com 25 crônicas; As boas histórias, 23 crônicas; Anos dourados, 27 crônicas; e Vou te contar, 24 crônicas − o livro dá ao leitor uma visão panorâmica de um gênio que foi seguramente um dos maiores responsáveis pela projeção do nome do Brasil no cenário da cultura mundial. Aliás, um dos aspectos que primeiro chama a atenção do leitor, seja ou não previamente admirador e conhecedor da obra de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, é justamente a paixão que ele tinha pelo país que ostentava em seu próprio nome. Nascido no Rio de Janeiro, em 25 de janeiro de 1927, e falecido em Nova York, em 8 de dezembro de 1994, Tom foi um cidadão do mundo, vivendo e se apresentando em diversos lugares, sem jamais perder a noção de qual era sua verdadeira casa, o Rio de Janeiro, onde alguns locais específicos mereciam especial adoração, entre os quais Ipanema e o Jardim Botânico. Apesar dessa paixão pelo Brasil, Tom Jobim reconhecia a complexidade dos problemas aqui existentes, a ponto de sua afirmação "o Brasil não é para principiantes" ser frequentemente utilizada − não raras vezes como epígrafe − em publicações referentes ao País. Com tamanho amor pelo Brasil, é natural que ficasse amargurado com tantos exemplos, presentes até os dias de hoje, de conterrâneos que vivem se queixando e criticando o País sempre que surge alguma oportunidade. Isso fica muito claro na crônica Em permanente estado de assembleia (pp. 19-20), assim concluída:

Tom não se queixava do Brasil. "É o único país do mundo com nome de árvore. E não tem mais essa árvore." Queixava-se do brasileiro , "que acorda todo dia para destruir o Brasil." E por ter tão pouca autoestima: "O Japão é um país paupérrimo, com vocação para a riqueza. Nós somos um país riquíssimo, com vocação para a pobreza." E ele se dizia tudo, menos saudosista: "De que adianta eu sentir saudade do Brasil se ninguém mais sente?".

Sem saber, sem querer e sem poder evitar, Tom era um homem em permanente estado de assembleia com o Brasil. Ainda na primeira parte, Ruy Castro destaca a estreita relação de Tom Jobim com a natureza, explícita na crônica Recado em prosa (pp. 27-28), na qual se lê: "O homem começou a derrubar as árvores assim que desceu delas". Poucas linhas abaixo, afirma: "Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica", nos 5% ou 7% que sobraram dela, acrescentava. O amor pela natureza e a preocupação com o descaso com sua preservação fazem de Tom Jobim um precursor daqueles que apenas décadas depois passaram a reconhecer a relevância de temas como ecologia, meio ambiente, aquecimento global e mudanças climáticas. Em diversas crônicas aparecem os nomes de músicas que se tornaram mundialmente famosas, como Garota de Ipanema, Wave, Chega de saudade, Teresa da praia, Dindi, Desafinado, Samba de uma nota só, Insensatez, Retrato em branco e preto, Sabiá, Águas de março, muitas delas produto de sua parceria com outros nomes que projetaram a Bossa Nova no final da década de 1950, tais como João Gilberto, Vinicius de Moraes e Newton Mendonça. Aparecem com destaque, também, nomes de famosos intérpretes das canções criadas por Tom, a começar por Frank Sinatra, Stan Getz e Astrud Gilberto nos Estados Unidos, passando por Elis Regina, Elizeth Cardoso, Dolores Duran, Sylvia Telles, Johnny Alf, Dick Farney, Baden Powell e tantos outros. A boemia carioca da época, em que o Brasil se afirmava no cenário internacional graças à música e ao futebol, superando o complexo de vira-lata, também é lembrada em diversos momentos, quer pelos artistas que se apresentavam nos bares e nas boates do Rio de Janeiro, quer, sobretudo, pela turma que se encontrava no apartamento de Nara Leão, na avenida Atlântica, em Copacabana, entre os quais Roberto Menescal, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Luiz Eça, Luiz Carlos Miele e Billy Blanco. Por todas essas razões, e muitas outras que não cabem num artigo desta natureza, sugiro vigorosamente a leitura de O ouvidor do Brasil, publicado pela Companhia das Letras, que inicia com a seguinte definição (p. 11):

Ouvidor. S. m. Do latim auditor, -oris; auditor, ouvinte. Aquele que ouve. Atento aos valores ambientais, urbanos, vegetais, animais, humanos e culturais, e de prontidão para defendê-los. Que ouve os sons do país, venham da floresta ou da cidade. Exemplo: Antonio Carlos Jobim.

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Debates se afastam cada vez mais da discussão de propostas de governo

Reunião semanal do Espaço Democrático analisou como os conflitos e as ofensas tomaram lugar das ideias

[caption id="attachment_38757" align="aligncenter" width="559"] Sérgio Rondino: "As propostas de governo atraem pouco a atenção dos espectadores, que acabam se interessando mais por conflitos e bate-bocas"[/caption]   Redação Scriptum   O bizarro episódio ocorrido no debate de candidatos à Prefeitura de São Paulo no último domingo (15), quando José Luiz Datena (PSDB) deixou o seu púlpito para golpear Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira, foi o pano de fundo para a o tema da reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – nesta terça-feira (17). “Para que estão servindo, principalmente, os debates eleitorais?”, perguntou o jornalista Sérgio Rondino, coordenador de comunicação da fundação, antes de apresentar uma série de eventos ocorridos em debates desde a redemocratização. “Infelizmente, para a formação política do eleitor brasileiro, os debates têm servido menos do que deveriam. Desde que começaram a ser exibidos pela TV - e apesar dos esforços das emissoras - as propostas de governo atraem pouco a atenção dos espectadores, que acabam se interessando mais por conflitos e bate-bocas. Já para os partidos e candidatos, debates acabam sendo muito úteis para produzir material de campanha na televisão e, agora, os cortes para as redes sociais”, disse o jornalista, que foi mediador de vários debates, um dos quais lembrado até hoje, quando Paulo Maluf e Marta Suplicy, candidatos à Prefeitura de São Paulo, se enfrentaram na Rede Bandeirantes em 2000 e, aos berros, um mandou o outro calar a boca. Para embasar as análises, além da discussão entre Maluf e Marta, Rondino exibiu mais quatro vídeos: o bate-boca entre Maluf e Leonel Brizola, então candidatos a presidente da República, em 1989; um trecho das falas de Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989, no debate do segundo turno da eleição presidencial e o depoimento do jornalista Armando Nogueira, à época diretor de jornalismo da TV Globo, sobre como subordinados seus manipularam a edição compacta apresentada no Jornal Nacional para favorecer Collor; e também uma discussão de 1998 entre Mario Covas e outra vez Maluf, candidatos ao governo de São Paulo, em debate na Rede Bandeirantes que também teve Sérgio Rondino como mediador. Rondino explicou como as redes de televisão buscam forçar os candidatos a discutir temas de gestão pública, que não despertam muito interesse do telespectador médio, que volta mais sua atenção para os conflitos e a troca de ofensas entre os candidatos, viés que começou a ser explorado na campanha paulistana por Pablo Marçal, no que foi seguido por quase todos os outros. Marçal cunha apelidos para os seus adversários e questiona não suas propostas de governo, mas episódios da vida privada de cada um.   [caption id="attachment_38758" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático[/caption]   O cientista político Rubens Figueiredo lembrou que, apesar da audiência da televisão aberta ter caído bastante com a popularização das redes sociais, ela ainda é a melhor ferramenta de campanha, basta ver a evolução das intenções de voto em Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, depois que o horário eleitoral começou. Ele acredita que os debates são restritos a um público mais escolarizado e àquele eleitor que já decidiu seu voto e lembra que o nível dos debatedores era muito melhor no passado. “A qualidade da classe política mudou muito, até os escândalos parecem diferentes: antes era um romance entre dois ministros de Collor ao som de Besame Mucho, hoje é uma avacalhação só”. O gestor público Januario Montone apontou o que considera um problema: o excesso de debates. “São muitos e em sequência, o que acaba desvalorizando o produto”, disse. “Na campanha presidencial dos Estados Unidos, por exemplo, são apenas três”. O cientista político Rogério Schmitt lembrou que o formato dos nossos debates foi copiado da campanha eleitoral americana, que tem apenas dois partidos e, portanto, dois candidatos debatendo, o que qualifica a conversa. “A legislação brasileira obriga que apenas candidatos de partidos que tenham uma bancada de no mínimo cinco deputados federais participem, mas o partido do Pablo Marçal, por exemplo, não tem e ele está lá”. Isto sugere que, conhecendo o perfil do candidato do PRTB, as emissoras talvez estejam estão mais preocupadas com a audiência que com a qualificação do debate. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, além dos cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, do jornalista Sérgio Rondino e do gestor público Januario Montone, os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, o sociólogo Tulio Kahn, o gestor público Júnior Dourado, o advogado e empresário Helio Michelini e o jornalista Eduardo Mattos.

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