Pesquisar

Taxonomy - Destaques da home

Manejo de resíduos pode virar negócio; biometano brasileiro tem grande potencial

País produz também o biogás, obtido a partir da degradação de matéria orgânica na ausência de oxigênio

[caption id="attachment_37947" align="aligncenter" width="739"] Atualmente, 38,9% de todos os resíduos produzidos no País, quase 28 milhões de toneladas, tem disposição final inadequada[/caption]       Texto: Estação do Autor com Revista Exame Edição: Scriptum   O que fazer com as toneladas de lixo depositadas no planeta? Segundo alerta feito pela ONU, durante Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Nairóbi, o volume de resíduos no mundo, que atingiu 2,3 bilhões de toneladas em 2023, continuará crescendo exponencialmente até atingir 3,8 bilhões de toneladas em 2050. Os países onde os métodos de tratamento ainda são poluentes, como aterros sanitários e incineração sem recuperação, enfrentarão crises ainda mais graves nos próximos anos. O Brasil ainda tem dificuldade para lidar com a destinação dos materiais a serem descartados. Atualmente, 38,9% de todos os resíduos produzidos no País, quase 28 milhões de toneladas, tem disposição final inadequada, informa a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). Reportagem de Paula Pacheco para Revista Exame (assinantes) mostra estudos sobre os resíduos e técnicas de manejo que podem, inclusive, transformar o problema em negócio rentável. O controle adequado dos resíduos, por exemplo, por meio de melhores métodos de tratamento, limitaria o seu custo líquido anual a US$ 270 bilhões (R$ 1,3 trilhão na cotação atual) até 2050. Mas é possível ir mais longe, avançando para uma verdadeira economia circular, melhores práticas industriais e uma gestão abrangente de resíduos, o que poderia gerar inclusive um lucro líquido de mais de U$ 100 bilhões por ano (R$ 495 bilhões na cotação atual), observa o relatório Transformar resíduos em recursos, do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA). O documento ‘Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil’, de 2023, da Abrema, calcula que 61,1% dos resíduos sólidos urbanos gerados no País são lixo doméstico ou produzidos por pequenos estabelecimentos. Aproximadamente 27,9 milhões de toneladas foram enviadas para os lixões e 5,3 milhões nem sequer foram coletados. Por outro lado, o Brasil produz tanto o biogás, obtido a partir da degradação de matéria orgânica na ausência de oxigênio, quanto o biometano. Esse gás pode ser gerado a partir de aterros, esgoto sanitário, resíduos animais e vegetais. É possível usá-lo como combustível para veículos, indústria, comércio, residências, na função termelétrica, ao ser injetado em gasodutos de distribuição de gás natural.

Card link Another link
IA gasta meio litro de água a cada 20 a 50 respostas

Uso global de água nos data centers do Google, Microsoft e Meta em 2022 foi equivalente ao total de dois países do tamanho da Dinamarca

[caption id="attachment_37943" align="aligncenter" width="560"] Estimativas indicam que a cada 20 a 50 interações com o ChatGPT consomem até meio litro de água.[/caption]     Texto: Estação do Autor com Poder 360 Edição: Scriptum   Quando, em fevereiro de 2020, o Google teve aprovado o projeto para a construção de um centro de processamento de dados em Santiago, Chile, não contava com um obstáculo: a oposição firme dos moradores locais. Com o argumento de que o data center poderia piorar a seca no país, já que usaria água dos residentes para resfriar seus servidores, eles conseguiram reverter a decisão. Reportagem publicada no Poder360 mostra os motivos que levaram um tribunal chileno a anular a aprovação prévia concedida ao projeto Cerrillos pelo SEA (Serviço de Avaliação Ambiental do Chile) e determinar que o Google revise sua proposta, considerando os possíveis impactos que sua operação poderia ter no país, especialmente em relação aos recursos hídricos. Nos últimos anos, o consumo de água pelas big techs aumentou significativamente devido à expansão da inteligência artificial. Segundo estudo da Universidade da Califórnia, o uso intensivo de energia pelas ferramentas de IA requer maior refrigeração dos servidores, o que demanda mais água. Estimativas indicam que a cada 20 a 50 interações com o ChatGPT consomem até meio litro de água. Isso ocorre porque a maioria dos chatbots opera na computação em nuvem, que depende de servidores localizados em data centers. Pesquisadores afirmam que o treinamento do GPT-3 nos data centers da Microsoft, nos EUA, podem consumir 700 mil litros de água limpa. Eles também indicam que a demanda global por inteligência artificial poderá resultar no uso de 4,2 a 6,6 bilhões de metros cúbicos de água em 2027. Dados recentes mostram que os centros de processamento próprios do Google retiraram diretamente 25 bilhões de litros e consumiram quase 20 bilhões de litros de água para resfriamento em 2022. A retirada global combinada de água nos data centers do Google, Microsoft e Meta foi estimada em 2,2 bilhões de metros cúbicos em 2022, o equivalente ao total anual de retirada de água de dois países como a Dinamarca. Nos EUA, essa remoção representou aproximadamente 0,33% do total anual de retirada de água do país, chegando a 1,5 bilhão de metros cúbicos.

Card link Another link
A professora que doou US$ 1 bi para quitar mensalidades de alunos de medicina

Ruth Gottesman herdou a fortuna do marido e quer garantir a faculdade de alunos do distrito mais pobre de Nova York, o Bronx

[caption id="attachment_37939" align="aligncenter" width="698"] Professora norte-americana de 93 anos, ao longo de sua carreira, apoiou e desenvolveu diversas ações socioeducativas.[/caption]   Texto: Estação do Autor com BBC News/g1 Edição: Scriptum   Ao herdar uma fortuna de seu marido, Ruth Gottesman, professora emérita da Escola de Medicina Albert Einstein, decidiu doar US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 4,9 bilhões) para garantir o acesso de jovens de todas as classes sociais à universidade. O dinheiro será destinado a cobrir perpetuamente as mensalidades dos alunos da Albert Einstein, localizada no Bronx, distrito mais pobre de Nova York. Reportagem da BBC News publicada no g1 relata a trajetória da professora norte-americana de 93 anos que, ao longo de sua carreira, apoia e desenvolve ações socioeducativas. A doação bilionária vai proporcionar que os estudantes do último ano possam ter a matrícula do último trimestre reembolsada. A partir de agosto, todos os alunos, incluindo os já matriculados, terão o curso gratuito. Esta é uma das maiores doações já feitas a uma universidade nos EUA e a maior a uma faculdade de medicina. Ruth Gottesman é membro do Conselho da Albert Einstein e doutora em Educação pela Universidade de Columbia. Quando ingressou no Centro de Avaliação e Reabilitação Infantil da universidade, em 1968, os problemas de aprendizado muitas vezes não eram reconhecidos e diagnosticados. Ruth desenvolveu modalidades de detecção, avaliação e tratamento amplamente utilizadas que beneficiaram dezenas de milhares de crianças. A benfeitora é viúva de David "Sandy" Gottesman, um dos primeiros investidores na Berkshire Hathaway, o conglomerado multinacional de Warren Buffet. Durante anos ela entrevistou centenas de futuros alunos, conhecendo de perto a principal dificuldade que enfrentavam: as elevadas mensalidades universitárias, que se tornavam uma barreira praticamente intransponível para muitos. Gottesman espera que a doação possa abrir as portas da escola para muitos estudantes "cuja situação econômica é tal que nem sequer considerariam cursar a faculdade de medicina", revelou ao The New York Times.

Card link Another link
Casos de dengue podem bater recorde no Brasil este ano

Januario Montone, consultor na área de saúde, atribui resultado à falta de prevenção no ano anterior

[caption id="attachment_37926" align="aligncenter" width="560"] Este é o terceiro ano consecutivo de surtos de dengue no Brasil; Montone lembra que o número de casos de um ano é retrato de como foi a prevenção no ano anterior.[/caption]   Redação Scriptum   O Brasil pode bater em 2024 o recorde de casos de dengue registrado em 2015. O alerta foi feito nesta terça-feira (27) pelo gestor público e consultor na área de saúde Januario Montone. Em análise do cenário atual feita na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD –, Montone, que foi presidente da ANS e da Funasa, diretor da Anvisa e secretário municipal de Saúde de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab, apontou que nove anos atrás o Brasil teve a notificação de 1.709.141 casos, enquanto em 2024, em apenas nove semanas, já são 920.427 casos prováveis, com 184 mortes confirmadas e outras 609 em investigação. Historicamente, o pico do contágio acontece entre os meses de março e abril. Este ano, entre janeiro e fevereiro já temos mais casos. “Houve um crescimento atípico para janeiro”, diz Montone. “Se projetarmos esses números com base no perfil histórico de pico para os meses de março e abril poderemos chegar a quatro ou cinco milhões de casos”, afirmou. O especialista fez ainda uma outra projeção, usando como referência a menor taxa de letalidade dos últimos dez anos, de 0,049, registrada em 2016. De acordo com esses cálculos o Brasil poderia ter, se chegar aos quatro ou cinco milhões de casos, 2.200 mortes. Os números mais recentes mostrados por ele revelam que a situação é bastante crítica, hoje, no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, Acre, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, que têm os mais altos coeficientes de incidência de casos prováveis. Este é o terceiro ano consecutivo de surtos de dengue no Brasil. Em 2022 foram registrados 1.399.550 casos, com 1.056 mortes, e em 2023 foram 1.531.934 notificações, com 1.048 óbitos. Montone lembra que o número de casos de um ano é retrato de como foi a prevenção no ano anterior. “A dengue é endêmica no Brasil e se a prevenção de inverno de um ano não é bem feita, com o combate aos ovos do Aedes aegypti tanto pelo cidadão quanto pelo poder público, teremos muitos casos no ano seguinte”, diz. “O próximo inverno será a hora de cuidar para reduzir os casos do ano que vem, porque depois que o mosquito voa, tudo fica mais difícil”. Sobrevivente Montone define o Aedes aegypti como “um sobrevivente”, que se adaptou às condições do ambiente. “Hoje, por exemplo, já sabemos que os ovos podem evoluir também em água suja e não apenas em água limpa, como se acreditou durante muito tempo”, explica. “E o ciclo de vida dele tem diminuído: as larvas viram pupas, que se transformam em mosquitos entre cinco e dez dias”. O mosquito vive em média 45 dias e a fêmea, que é a vetora do vírus da dengue, pode colocar até 450 ovos. Pesquisadores especulam que a dengue pode ter sido introduzida no Brasil com o tráfico de escravizados. Há registros da presença do Aedes aegypti no Brasil já no século 17. Ele também é o vetor dos vírus da zika, chikungunya e febre amarela urbana, que foi erradicada aqui em 1942. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o sociólogo Tulio Kahn e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático.

Card link Another link

ˇ

Atenção!

Esta versão de navegador foi descontinuada e por isso não oferece suporte a todas as funcionalidades deste site.

Nós recomendamos a utilização dos navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox ou Microsoft Edge.

Agradecemos a sua compreensão!