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Soluções sustentáveis para o futuro do transporte cresceram 700%, diz agência

Análise de patentes indica que inventores trabalham para que no futuro a forma da humanidade se locomover seja mais limpa e eficiente

[caption id="attachment_39295" align="aligncenter" width="560"] Carros autônomos: inventores estão trabalhando para que no futuro a forma da humanidade se locomover seja mais limpa e eficiente[/caption]   Texto Estação do Autor com ONU News Edição Scriptum   Um mundo com menos poluição e congestionamento no trânsito e viagens aéreas muito mais rápidas. Esses são aos destaques de um estudo da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), divulgado nesta semana. O relatório Tendências Tecnológicas da Ompi sobre o Futuro do Transporte indica que soluções sustentáveis para o setor cresceram 700% nas últimas duas décadas, passando de 15 mil invenções em 2003 para 120 mil em 2023. O levantamento se baseia nas informações mais recentes coletadas de registros de patentes e apresenta uma série de possibilidades como táxis aéreos, carros e navios autônomos, portos inteligentes, foguetes reutilizáveis e sistemas de gerenciamento de tráfego. Segundo a agência da ONU, a análise de patentes indica que os inventores estão trabalhando para que no futuro a forma da humanidade se locomover seja mais limpa e eficiente. Reportagem publicada no site ONU News mostra que essa é uma tendência impulsionada pelo reconhecimento de que o transporte é responsável por mais de um terço das emissões de CO2 no mundo. A questão tem incentivado o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis que reduzem o impacto ambiental dos meios de locomoção. Isso inclui a adoção de propulsão eletrificada, a mudança para fontes de energia renováveis e a promoção de opções de transporte público e compartilhado. A digitalização também está revolucionando o setor de transportes, com ênfase em tecnologias autônomas, que devem gerar de US$ 300 bilhões a US$ 400 bilhões em receitas até 2035. A expectativa é que avanços em inteligência artificial impulsionem veículos dirigidos por máquinas, afirma o estudo. A maior área de crescimento em patentes está relacionada com propulsão sustentável, que envolve baterias para veículos elétricos ou células de combustível de hidrogênio. Nesse campo, a competição é acirrada, com empresas disputando acesso a minerais essenciais para produzir baterias. O coautor do relatório, Christopher Harrison, afirmou que a escassez de minerais determinará se o mundo poderá adotar os carros elétricos de forma massiva. Patentes de transporte terrestre dominam os registros globais, com um volume 3,5 vezes maior do que aquelas ligadas à locomoção no ar, mar e espaço combinadas. No topo do ranking de inovações estão China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha, que representam os maiores inventores do mundo.

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A praia selvagem brasileira que virou ‘cemitério’ de lixo asiático

Praia do Segredo, em Natal, recebe embalagens de produtos produzidos na China, Indonésia, Singapura, Malásia e Coreia do Sul

[caption id="attachment_39271" align="aligncenter" width="560"] Itens mais comuns eram garrafas de bebidas não alcoólicas, produtos de limpeza e recipientes de óleo de motor.[/caption]     Texto Estação do Autor com BBC News Brasil Edição Scriptum   Em contraste com sua beleza selvagem, a praia do Segredo, em Natal (RN), teve suas areias transformadas em um "cemitério" de lixo asiático. Em dezembro, os jornalistas João Fellet e Felix Lima, em uma caminhada de poucos minutos, encontraram dezenas de embalagens de produtos fabricados em países como China, Indonésia, Singapura, Malásia e Coreia do Sul. Os itens mais comuns eram garrafas de bebidas não alcoólicas, produtos de limpeza e recipientes de óleo de motor. Reportagem publicada na BBC News mostra o tamanho do problema e sua possível solução. Em julho de 2024, um estudo feito pela empresa de celulose Verocel detectou uma grande quantidade de lixo estrangeiro em praias do município de Belmonte, no sul da Bahia. A análise revelou uma predominância de garrafas plásticas provenientes da Ásia. Para Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da USP e especialista em poluição marinha, a hipótese mais provável da chegada às praias brasileiras dessas embalagens de produtos fabricados em outros países é o descarte de lixo por navios. Turra pontua que esses resíduos geram uma série de impactos nas praias e na vida marinha. Desde 1972, resoluções internacionais proíbem o descarte de lixo não orgânico no oceano. Ainda assim, muitas embarcações não separam o lixo orgânico do lixo plástico, descartando os resíduos no mar. No Brasil, combater a poluição em praias e águas costeiras cabe a órgãos de governo. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) é responsável por definir diretrizes sobre taxas e tarifas em portos. A regulação do setor portuário está a cargo do Ministério de Portos e Aeroportos, que declara seguir "as melhores práticas globais" sobre gestão do lixo. Para a professora de Direito Marítimo Ingrid Zanella, da Universidade Federal de Pernambuco, o Ibama e a Marinha têm o dever de coordenar o combate à poluição marinha, articulando-se com órgãos municipais e estaduais competentes. Segundo Zanela, a questão é hoje tratada como prioridade por agências ambientais globais, mas que o Brasil ainda não dá ao tema a importância devida. Ela reconhece, no entanto, que é complexo combater o descarte ilegal no litoral brasileiro. “Temos uma costa enorme e dificuldade em identificar quais são os navios que estão descartando, mas precisamos buscar novas tecnologias para tentar rastrear esse lixo", conclui.

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Revolta dos Malês completa 190 anos sob resgate do levante que abalou a Bahia

Em janeiro de 1835, muçulmanos iorubás vindos de onde hoje ficam a Nigéria e o Benin se rebelaram contra o regime escravocrata

[caption id="attachment_39250" align="aligncenter" width="560"] Rebelião aconteceu no período regencial e questionava o regime escravocrata.[/caption]     Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição Scriptum   Na madrugada de 25 de janeiro de 1835 escravos de origem nagô e libertos planejaram um levante contra a ordem escravista em Salvador, movimento que foi chamado de Revolta dos Malês. Uma delação alterou os planos dos revoltosos. Ao invadir o subsolo de um sobrado na antiga Ladeira da Praça, na capital baiana, os soldados enfrentaram cerca de 70 homens armados com lanças e vestidos com abadás brancos. Reportagem de João Pinheiro Pitombo para a Folha de S.Paulo (assinantes) relata aquele que é considerado o maior e mais importante levante urbano de escravizados no Brasil. A rebelião aconteceu no período regencial e questionava o regime escravocrata. Foi organizada por muçulmanos iorubás, vindos de regiões onde atualmente ficam a Nigéria e o Benin – na Bahia eram chamados de nagôs. O termo malê vem de imale, que significa muçulmano, em iorubá. Na época, Salvador tinha cerca de 65 mil habitantes, dos quais 42% eram negros escravizados. Os cativos tinham relativa autonomia e parte deles trabalhava nas ruas como ganhadores ou ganhadeiras (prestadores de serviço ou vendedores ambulantes) e os lucros eram partilhados com os seus senhores ao fim das empreitadas. Eles se reuniam em associações chamadas cantos de trabalho, onde desenvolviam laços que posteriormente se desdobraram em ações políticas. A Revolta dos Malês foi o auge de uma série de levantes negros nas décadas anteriores, sendo seu desfecho noticiado com preocupação no Brasil e no exterior, temendo revoltas que, como no Haiti, pudessem acabar com a escravidão. O xeque Ahmad Abdul Hameed, líder do Centro Cultural Islâmico da Bahia, explica que a religião islâmica não permite a escravidão, o que teria dado força para que os malês se insurgissem. Os malês deixaram marcas na Bahia, desde costumes e vocabulário até a culinária. Inspiraram o bloco afro Malê Debalê, que neste Carnaval desfila com o tema "190 anos depois, a revolta continua!". A Ladeira da Praça, onde o levante começou em 1835, foi renomeada em 2022 como Ladeira Revolta dos Malês. Luiza Mahin, mãe do abolicionista Luiz Gama e símbolo do feminismo negro, também é lembrada, apesar da ausência de registros que comprovem sua participação no movimento.

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Derretimento de gelo revela floresta milenar “enterrada” em montanhas

Pinheiros de casca branca estavam cobertos por gelo alpino nas Montanhas Rochosas, cordilheira localizada na América do Norte

[caption id="attachment_39234" align="aligncenter" width="560"] Foram encontradas mais de 30 árvores a aproximadamente 3.100 metros acima do nível do mar[/caption]       Texto Estação do Autor com CNN Edição Scriptum Cientistas da Universidade Estadual de Montana (MSU), nos Estados Unidos, descobriram uma floresta milenar de pinheiros de casca branca que estava “soterrada” por gelo alpino, nas Montanhas Rochosas, cordilheira localizada na América do Norte. Foram encontradas mais de 30 árvores a aproximadamente 3.100 metros acima do nível do mar, enquanto realizavam uma pesquisa arqueológica no Planalto Beartooth, em Wyoming. A descoberta foi descrita em artigo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. Segundo o estudo, a floresta prosperou por séculos até que o clima começou a esfriar, há cerca de 5.500 anos, devido ao declínio da radiação solar no verão. As temperaturas mais frias deslocaram a linha de árvores para baixo e transformaram a paisagem da alta montanha de floresta para a tundra alpina que existe hoje. No site da CNN, reportagem de Gabriela Maraccini mostra como o aquecimento global está causando mudanças drásticas no planeta. No artigo, David McWethy, professor do Departamento de Ciências da Terra na Faculdade de Letras e Ciências da MSU, explica que a atividade vulcânica subsequente no Hemisfério Norte fez com que as temperaturas da região caíssem. A floresta de pinheiros foi então rapidamente coberta pelo gelo. Com o aquecimento da região nos últimos anos, a mancha de gelo começou a derreter, permitindo que os primeiros traços da floresta milenar fossem descobertos. “Esta é uma evidência bastante dramática de mudança de ecossistema devido ao aquecimento da temperatura”, afirma McWethy. Os pesquisadores explicam que, diferentemente das geleiras, as manchas de gelo não fluem e acumulam gelo de forma lenta e quase contínua, “permitindo a preservação de materiais depositados, como pólen, carvão e macro fósseis dentro de suas camadas congeladas”. Para Greg Pederson, paleoclimatologista do Northern Rocky Mountain Science Center, do US Geological Survey, “o planalto parece ter sido o lugar perfeito para permitir que manchas de gelo se estabelecessem e persistissem por milhares de anos, registrando informações importantes sobre o clima passado, a atividade humana e as mudanças ambientais”.

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