Pesquisar

Taxonomy - Manchete secundária

Estudo sugere que Cristóvão Colombo era judeu e espanhol

Pesquisa baseada em mais de duas décadas de análises de DNA concluiu que o navegador escondeu origem para escapar à perseguição católica

  [caption id="attachment_38877" align="aligncenter" width="455"] Pesquisa sugere que Colombo se converteu ao catolicismo para evitar a expulsão ou conversão forçada na Espanha católica.[/caption]    Texto Estação do Autor com O Globo e agências internacionais Edição Scriptum   Como toda ciência, a História não traz verdades absolutas e vem sendo reescrita a cada nova descoberta. Reportagem publicada em O Globo (assinantes) aborda recente estudo genético conduzido por cientistas espanhóis sugerindo que Cristóvão Colombo, o célebre explorador que mudou o curso da história em 1492 pode ter sido espanhol e judeu. Durante séculos, a origem de Colombo gerou controvérsias entre historiadores e países. A teoria mais aceita é de que ele teria nascido em Gênova, na Itália. No entanto, novas evidências indicam que ele provavelmente era de Valência, Espanha; e, segundo a BBC, pode ter escondido suas raízes judaicas para escapar da perseguição religiosa católica na Espanha. A pesquisa, baseada em mais de duas décadas de análise de DNA, sugere que Colombo se converteu ao catolicismo para evitar o destino de milhares de judeus que, na época, enfrentavam a expulsão ou conversão forçada na Espanha católica. A conversão supostamente ocorreu no mesmo ano em que o navegador iniciou sua expedição às Américas, em 1492, financiada pela Coroa espanhola. Liderado pelo professor José Antonio Lorente, da Universidade de Granada, e pelo historiador Marcial Castro, o estudo fez comparações genéticas com figuras históricas e parentes de Colombo, como seu filho Hernando e seu irmão Diego. Os pesquisadores acreditam que Colombo teria vivido em um período de intensa perseguição aos judeus na Espanha, quando 300 mil judeus foram obrigados a se converter ao catolicismo ou abandonar o país. Em meio a esse cenário, negar suas raízes judaicas poderia ter sido essencial para garantir sua segurança e posição social.

Card link Another link
O dilema existencial de Barcelona por causa do turismo excessivo

Pesquisa mostrou que um terço dos espanhóis acredita que há turistas demais no país, com essa percepção atingindo 48% na Catalunha

  [caption id="attachment_38870" align="aligncenter" width="560"] Turismo excessivo teve impacto no custo de vida local, puxado principalmente pela elevação do preço da moradia[/caption]       Texto Estação do Autor com BBC News Brasil Edição Scriptum   Na Europa, o verão de 2024 está sendo considerado atípico não apenas pelas ondas de calor, mas também pelos protestos contra o excesso de turismo. Manifestações antiturismo aconteceram em Portugal, Itália e Grécia, e medidas tiveram que ser anunciadas para conter a invasão de visitantes. Na Espanha, segundo destino turístico mais procurado no mundo, e especialmente em Barcelona, a insatisfação dos residentes pela ocupação do espaço público por estrangeiros parece ter atingido o seu limite. Confira na reportagem de Aline Scarso para a BBC o que leva a cidade catalã a ter uma situação considerada particularmente grave por conta do turismo desenfreado. A superlotação de áreas turísticas, como o Passeio Joan Borbó, a Rambla Catalunha e as imediações da Sagrada Família, levou os moradores a evitarem essas regiões por conta de congestionamentos. Uma pesquisa online da YouGov, divulgada em setembro, mostrou que um terço dos espanhóis acredita que há turistas demais no país, com essa percepção atingindo 48% na Catalunha. Além disso, 28% dos espanhóis têm uma visão negativa dos visitantes estrangeiros, um número muito superior ao de outros países europeus como França (16%) e Alemanha (14%). A capital catalã vem batendo seus próprios recordes. Em 2023, recebeu 15,6 milhões de turistas, quase 10 vezes mais pessoas do que o tamanho da sua população. Segundo um relatório recente da prefeitura, o município recebeu, de janeiro a julho de 2024, cerca de 7 milhões de visitantes, 6% mais que em 2023. Este turismo massivo tem agravado os problemas urbanos. O custo de vida, puxado principalmente pela elevação do preço da moradia, é uma queixa recorrente. Os aluguéis subiram 68% nos últimos dez anos, obrigando moradores a deixarem suas casas. Em resposta, a prefeitura anunciou medidas como o controle de aluguéis e o plano de suspender até 2028 as 10.101 licenças de imóveis turísticos para aumentar a oferta de habitação para os locais. Em uma pesquisa divulgada pelo Escritório Municipal de Dados em fevereiro, 56% das pessoas afirmaram que o turismo é a atividade que mais traz valor econômico à cidade. Em contrapartida, 61% considera que a cidade já atingiu o seu limite para receber visitantes. Gerenciar e medir o sucesso de um destino para não morrer de êxito tem sido o lema do governo estadual, que afirma pretender descentralizar o turismo para outras regiões da Catalunha.

Card link Another link
Desextinção: empresa promete recriar o mamute, abrindo discussões éticas e ambientais

Cientistas alertam para riscos de desequilíbrios e apontam que a iniciativa é mais de demonstração de poderio tecnológico que de conservação

[caption id="attachment_38858" align="aligncenter" width="560"] Especialistas acreditam que a primeira criatura que poderá emergir de um projeto do gênero não será exatamente um mamute.[/caption]       Texto Estação do Autor com O Globo Edição Scriptum   Mamutes poderão caminhar novamente pela Terra depois de dez mil anos. Segundo a revista Cell, a mais prestigiosa da área de biologia, cientistas fizeram em julho a reconstrução de cromossomos de um mamute morto na Sibéria há 52 mil anos. E uma empresa americana de biotecnologia, a Colossal Biosciences, promete que os primeiros filhotes do animal extinto voltarão ao mundo em 2028. O avanço da genômica pretende ressuscitar espécies mortas e trazer de volta animais extintos ou produzir criaturas parecidas com eles. Reportagem de Ana Lucia Azevedo para O Globo (assinantes) relata as discussões éticas e ambientais a partir da desextinção. Um dos questionamentos é se os mesmos métodos poderiam ser usados em humanos. Por outro lado, o mundo em que essas criaturas viviam também já não existe mais. São muitos os cientistas que alertam para riscos de desequilíbrios e que a desextinção é mais uma demonstração de poderio tecnológico do que uma iniciativa de conservação. Especialistas acreditam que a primeira criatura que poderá emergir de um projeto do gênero não será exatamente um mamute. Será um híbrido, com muito de elefante e pouco de mamute, criado a partir da combinação de técnicas de biologia sintética, bioinformática e clonagem. Em seres humanos, o mais perto que se chegou foi sequenciar o genoma de hominídeos extintos. O primeiro foi do Homem de Neandertal, em 2010, sequenciado por uma equipe liderada pelo sueco ganhador do Prêmio Nobel de Medicina Svante Paabo. O mesmo Paabo sequenciou depois, em 2019, o genoma do Denisovan, outro humano extinto, que habitou a Ásia, entre 30 mil e 50 mil anos atrás. Mamute-lanudo, dodo e o tigre-da-Tasmânia são outras espécies extintas que a Colossal Biosciences está tentando recriar usando técnicas de edição genética. O projeto para a recriação do mamute passa por inserir genes no genoma de elefantes asiáticos, porém, o código genético completo desse animal ainda é pouco compreendido. Outras espécies, como o dodo e o tilacino, podem ser recriadas primeiro, já que suas amostras genéticas têm melhores condições. O DNA degradado é um grande obstáculo na recriação de espécies extintas. Entre avanços e desafios, os cientistas, em sua maioria, concordam que muito melhor do que trazer de volta espécies perdidas é não deixar que as atuais se extingam.

Card link Another link
Brasileira recebe prêmio global da ONU de assistência a refugiados

Freira e advogada, Rosita Milesi ajuda refugiados e imigrantes a ter acesso à documentação legal, alimentação, assistência médica e acesso ao mercado de trabalho no Brasil

  [caption id="attachment_38854" align="aligncenter" width="1170"] A Irmã Rosita Milesi ajuda milhares de refugiados e imigrantes a ter acesso à documentação legal, abrigo, alimentação, assistência médica, treinamento de idiomas e acesso ao mercado de trabalho no Brasil.[/caption]     Texto Estação do Autor com ONU News Edição Scriptum   Os quase 40 anos defendendo os direitos e a dignidade de pessoas em movimento renderam à brasileira Rosita Milesi o “Prêmio Nansen para Refugiados”, concedido pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur. Ao lado dela, outras quatro mulheres foram premiadas por atuações que envolvem acesso à educação, independência financeira, saúde mental, ajuda humanitária e cidadania. Reportagem de Marina Calderon para a ONU News mostra a trajetória da Irmã Rosita Milesi, freira, advogada, assistente social e ativista que tem seu trabalho reconhecido pela ONU por ajudar milhares de refugiados e imigrantes a ter acesso à documentação legal, abrigo, alimentação, assistência médica, treinamento de idiomas e acesso ao mercado de trabalho no Brasil. Como advogada, Rosita também tem sido fundamental na formulação de políticas públicas. Seu trabalho na lei de refugiados do Brasil, de 1997, por exemplo, ajudou a ampliar os direitos deste grupo. A medida garantiu um marco legal com mais proteção, inclusão e capacitação para as pessoas forçadas a fugir, em linha com os padrões internacionais definidos na Declaração de Refugiados de Cartagena, de 1984. "Com muita frequência as mulheres enfrentam riscos elevados de discriminação e violência, especialmente quando forçadas a fugir", diz o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. Ele ressalta que as cinco vencedoras mostram como as mulheres estão “desempenhando um papel crítico na resposta humanitária e na busca de soluções”. Grandi elogiou a dedicação delas em impulsionar a ação em suas próprias comunidades, construindo apoio de base e até mesmo “moldando políticas nacionais”. Além de Rosita Milesi, foram premiadas a ativista Maimouna Ba, de Burquina Fasso, Jin Davod, uma empreendedora social síria, Nada Fadol, refugiada sudanesa, e Deepti Gurung, defensora de direitos do Nepal. A cerimônia oficial de entrega do prêmio será realizada em Genebra no dia 14 de outubro.

Card link Another link

ˇ

Atenção!

Esta versão de navegador foi descontinuada e por isso não oferece suporte a todas as funcionalidades deste site.

Nós recomendamos a utilização dos navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox ou Microsoft Edge.

Agradecemos a sua compreensão!