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Taxonomy - Manchete secundária

Por que astronautas ficaram mais jovens durante missão espacial?

Rejuvenescimento é causado por alterações no DNA, identificado por meio de análises de sangue e amostras de pele

  [caption id="attachment_38311" align="aligncenter" width="560"] Mudanças foram registradas nos chamados telômeros, que são estruturas que envolvem os cromossomos humanos e sofrem alterações com o avanço da idade e estresse.[/caption]     Texto Estação do Autor com Estadão Edição Scriptum   Astronautas em órbita rejuvenescem. Estudo revela que tripulantes ficaram mais jovens durante uma missão espacial. Porém, o “efeito rejuvenescedor” é temporário e só é possível nas condições gravitacionais e de ambiente do espaço. Ou seja, ao retornar à Terra o rejuvenescimento se reverte. Reportagem de Aline Albuquerque para o Estadão (assinantes) mostra o efeito causado nas células humanas fora das condições terrestres a partir da pesquisa divulgada no relatório Space Omics and Medical Atlas (Soma) in orbits, da revista Nature. A publicação é o maior compilado de dados de todos os tempos para medicina aeroespacial e biologia espacial, com pesquisas de mais de 100 instituições, de mais de 25 países. O rejuvenescimento foi causado por alterações no DNA dos astronautas, identificado por meio de análises de sangue e amostras de pele. Essas mudanças foram registradas nos chamados telômeros, que são estruturas que envolvem os cromossomos humanos e, assim como todo o organismo, sofrem alterações com o avanço da idade e também pelo fator estresse. No período fora da Terra as estruturas se alongaram, o que representa, biologicamente, uma reversão temporária do envelhecimento. Os biólogos envolvidos no estudo consideram que essa foi uma resposta de defesa do corpo humano por conta dos níveis de radiação no espaço sideral, que acabam sendo maiores que na Terra – protegida pela atmosfera. De volta ao planeta, os telômeros retornaram ao estado natural registrado antes da viagem espacial. Mudanças bruscas nas estruturas celulares podem representar riscos à saúde, como a propensão para doenças cardíacas. Se o rejuvenescimento é considerado um benefício, também existem outros prejuízos à saúde durante missões espaciais, como perda óssea e sinais de estresse cerebral. Um dos principais objetivos do trabalho é identificar todos os impactos no corpo humano para avançar na exploração espacial criando, ao mesmo tempo, estratégias que reduzam esses efeitos no corpo humano.

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O que é design viciante e por que a União Europeia quer limitar seu uso

O debate sobre a proteção ao consumidor e o uso de redes sociais ganha cada vez mais espaço na Europa e pode servir de referência para as discussões sobre direitos digitais no mundo

  [caption id="attachment_38300" align="aligncenter" width="560"] Crianças e adolescentes são os mais vulneráveis ao vício[/caption]   Texto: Estação do Autor com DW Edição: Scriptum   Controlar o “design viciante de serviços on-line" é hoje matéria importante do Parlamento Europeu. Nesse sentido, foi elaborada uma resolução que pretende dar ao vício digital o mesmo tratamento dedicado às bebidas alcoólicas, drogas, tabaco ou jogos. A regulação para conter práticas que levam à dependência em redes sociais passa pelo monitoramento de mecanismos que prolongam o tempo em frente das telas, lembrando que crianças e adolescentes são os mais vulneráveis. Reportagem de Sofia Fernandes para o site DW revela detalhes do texto aprovado em dezembro por ampla maioria dos eurodeputados em plenário. A elaboração da resolução foi desenvolvida pela comissão de proteção ao consumidor do parlamento da União Europeia. Na categoria de "design viciante" estão a possibilidade de rolagem infinita do feed de notícias, notificações, flashes de conteúdos relevantes que são ocultados quando o feed é recarregado, reproduções automáticas de vídeos e sequências de conteúdos sugeridos. São recursos que jogam com a perda de autocontrole das pessoas, segundo estudos usados como referência no relatório. O debate sobre a proteção ao consumidor e o uso de redes sociais ganha cada vez mais espaço na Europa e pode servir de referência para as discussões sobre direitos digitais no mundo, inclusive no Brasil. Em 2020, a União Europeia aprovou a Lei dos Serviços Digitais e a Lei do Mercado Digital que dá garantia de direitos aos consumidores, e não somente da mediação e remoção de conteúdo. A ideia é criar um universo digital mais seguro que coíba a disseminação de desinformação e de conteúdos de ódio. Não faltam evidências no mundo do potencial danoso à saúde da exposição às telas e de como o vício digital é um problema crescente de saúde pública. Recentemente, na Comissão de Comunicação e Direito Digital do Senado brasileiro foi apresentado um estudo minimizando o efeito viciante de plataformas. Nele, está dito que a exposição à tela é "apenas um entre 15 fatores que influenciam a saúde mental de crianças e adolescentes nas redes sociais”. Já nos EUA esse diagnóstico é questionado. Relatório publicado em 2023 pelo U.S. Surgeon General, vinculado ao Departamento de Saúde americano, alertou que adolescentes que passam mais de três horas por dia nas redes sociais estão duas vezes mais propensos a terem problemas de saúde mental, incluindo sintomas de depressão e ansiedade.

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Pobreza alimentar infantil grave afeta mais de um quarto das crianças no mundo

Parte das 181 milhões de crianças com menos de cinco anos nessas condições está no Brasil

[caption id="attachment_38292" align="aligncenter" width="560"] Continente africano tem 1,3 bilhão de habitantes e abriga 13 dos 20 países mais afetados.[/caption]   Texto Estação do Autor com ONU News Edição Scriptum   Ao redor do mundo, pelo menos 181 milhões de crianças menores de cinco anos vivem em situação de pobreza alimentar severa. Isso equivale a 27% dos menores de idade em nível global. O impressionante número é resultado do estudo Pobreza alimentar infantil: privação nutricional na primeira infância, que inclui países de língua portuguesa. O percentual de crianças nessa condição, no Brasil, é de 8%. Reportagem publicada no site ONU News apresenta o mapeamento da pobreza alimentar infantil no mundo. A África é uma das regiões mais atingidas pelo problema devido aos conflitos, às mudanças climáticas e à alta dos preços da comida. O continente africano tem 1,3 bilhão de habitantes e abriga 13 dos 20 países mais afetados. O total de crianças vivendo em situação de pobreza alimentar infantil grave é mais alto no sul da Ásia, onde estão concentradas 64 milhões. A seguir, estão África Ocidental e Central, com 31 milhões, África Oriental e Austral, com 28 milhões, Ásia Oriental e Pacífico, com 17 milhões, Oriente Médio e Norte da África, com 10 milhões. América Latina e Caribe concentram 5 milhões de crianças nesta condição. O estudo destaca algum progresso marcado pela queda da porcentagem de crianças vivendo em pobreza alimentar severa nas regiões da África Ocidental e Central, ao passar de 42% para 32% na última década. O que justifica esse avanço são as culturas diversificadas e incentivos para profissionais de saúde. O Unicef enfatiza que crianças vivendo com dietas “extremamente pobres” são mais propensas a sofrer de desnutrição aguda, condição que coloca a vida em risco. A recomendação é que consumam diariamente alimentos de cinco dos oito grupos principais. As categorias são as do leite materno, dos grãos, raízes, tubérculos e bananas; a de leguminosas, nozes e sementes; a dos lacticínios; a da carne, aves e peixes; a dos ovos; a das frutas e vegetais ricos em vitamina A e ainda a de outras frutas e vegetais. Para a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, crianças que consomem apenas dois grupos alimentares por dia, como por exemplo, arroz e um pouco de leite, têm até 50% mais probabilidade de sofrer formas severas de desnutrição.

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Cientista explica por que é preciso frear desmatamento no Cerrado para não faltar água

Bioma é considerado a “caixa d’água” do Brasil por abrigar nascentes de oito das principais bacias hidrográficas do território nacional

  [caption id="attachment_38286" align="aligncenter" width="560"] Para o geógrafo Yuri Salmona, no futuro podemos enfrentar racionamentos frequentes.[/caption]     Texto: Estação do Autor com O Globo/Um Só Planeta Edição: Scriptum   O Cerrado é fundamental para a segurança hídrica do País, mas a perda crescente de vegetação nativa prejudica a capacidade do solo de armazenar água. O geógrafo Yuri Salmona, doutor em Ciências Florestais pela Universidade de Brasília (UnB), dedica-se a pesquisar o bioma e encontrar maneiras de preservar seus recursos hídricos. Por cinco anos, Salmona e um time de cientistas analisaram a vazão de mais de 80 rios do bioma no Centro-Oeste, considerado a "caixa d'água" do Brasil por abrigar nascentes de oito das principais bacias hidrográficas do território nacional. Os resultados do trabalho foram publicados em um artigo que revela o impacto da produção de commodities agrícolas e das mudanças climáticas, indicando um futuro difícil. Na semana em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente(5), em entrevista para William Helal Filho publicada em O Globo (assinantes), Salmona, que também é diretor executivo do Instituto Cerrados, detalhou o seu estudo dos rios e deixou claro por que é urgente preservar o Cerrado para não faltar água no Brasil. Segundo o cientista, o Cerrado é a peça central no provimento de água do País. Ocupa cerca de 25% do território e distribui água para oito bacias hidrográficas. Mais de três mil nascentes da região abastecem o bioma amazônico. Segundo a WWF Brasil, 90% da população consome energia produzida por hidrelétricas cujas águas nascem na região. Por outro lado, o Cerrado também é protagonista na produção de commodities: 80% das áreas irrigáveis do Brasil. O trabalho revela um quadro preocupante, já que o País depende da água do Cerrado. Para Salmona, no futuro podemos enfrentar racionamentos frequentes. A situação também vai gerar conflitos como os que já ocorrem no Oeste da Bahia, onde comunidades estão acionando a Justiça contra fazendas de commodities por uso indiscriminado da água. Se o bioma não for preservado, até hidrelétricas podem vir a disputar com o agro, já que 50,5% da água consumida no Brasil vai para a irrigação, especialmente de commodities agrícolas. Para frear o desmatamento no Cerrado, o cientista sugere que o poder público realize um trabalho articulado. Em sua opinião, é necessário que Estados e União garantam critérios e processos para supressão de vegetação nativa que garantam a perpetuidade de serviços ambientais, como a água. Sobre a reações que possam surgir do setor agropecuário com suspensões de autorizações de desmatamento, o cientista defende que o custo político é inferior ao custo de não se fazer nada. “Conter o desmatamento do Cerrado seria o maior gesto de soberania do governo. O futuro do Brasil depende de proteger suas fontes de água” conclui o cientista.

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