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Taxonomy - Manchete secundária
Plataformas devem promover ambiente seguro para jovens, diz instituto
Especialista defende que a responsabilidade por ambientes digitais seguros deve ser compartilhada pelas grandes empresas de tecnologia
[caption id="attachment_39646" align="aligncenter" width="560"] Conferência da idade do internauta é importante barreira da entrada de crianças e adolescentes nas redes sociais[/caption]
Texto Estação do Autor com Agência Brasil
Edição Scriptum
Jovens e crianças são as mais recentes vítimas da ação criminosa propagada nas redes sociais hoje. Cada vez mais frequentes, casos de violência e ódio envolvendo jovens usuários da internet deixam pais e responsáveis assombrados. O assunto está na reportagem de Daniella Almeida para a Agência Brasil, que traz a avaliação de um especialista em educação digital sobre o tema.
A responsabilidade por ambientes digitais seguros para crianças e adolescentes é compartilhada entre as famílias e as escolas e não deve estar dissociada da regulação das grandes empresas de tecnologia pelo Poder Público, defende o coordenador de educação digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm.
O especialista é a favor da responsabilização das plataformas virtuais que não protegem os adolescentes dentro de seus espaços. Nejm considera que é obrigação das chamadas big techs a adoção de procedimentos de segurança. Por outro lado, ressalta que a conferência da idade do internauta é importante barreira da entrada de crianças e adolescentes nas redes sociais, para não permitir que indivíduos muito jovens acessem serviços e conteúdos impróprios.
São muitas as formas de violência a que crianças e adolescentes estão sujeitos no mundo virtual. Entre elas está o cyberbullying, a prática de bullying por meio de tecnologias digitais, principalmente nas redes sociais.
A psicóloga e neuropsicóloga pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal, Juliana Gebrin, afirma que a melhor forma de tratar a questão é a prevenção, e que é preciso que os responsáveis e as escolas identifiquem sinais de que o problema está ocorrendo. A neuropsicóloga explica que o bullying interfere no desempenho escolar que começa a decair de forma abrupta assim como as relações sociais. Gebrin alerta para a tendência ao isolamento e a tentativa das vítimas de se protegerem do mundo em que vivem.
Seis em cada dez paulistas andam de bike semanalmente, mostra pesquisa
Mas especialistas acreditam que é necessário criar mais ciclovias, ciclofaixas e bicicletários para consolidar a bike como alternativa
[caption id="attachment_39632" align="aligncenter" width="560"]
Texto Estação do Autor com Um Só Planeta/Globo
Edição Scriptum
Com o trânsito cada vez mais congestionado e difícil nas cidades, as pessoas procuram meios de locomoção que aliem sustentabilidade, economia e até benefícios sociais. A bike, nesse contexto, deixa de ser apenas uma opção de lazer e assume um papel central na mobilidade urbana. De acordo com um estudo recente da consultoria Descarbonize Soluções, seis em cada dez paulistas andam de bicicleta pelo menos uma vez por semana. Destes, quase metade (46%) considera trocar os seus veículos a combustão por bicicletas elétricas.
Reportagem no site Um só Planeta (assinantes) mostra que embora as bicicletas tradicionais continuem a ser populares, as elétricas têm ganhado terreno rapidamente. De acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), o mercado de bicicletas elétricas cresceu 12% em 2023, com uma previsão de expansão de 34% até 2025, o que representa cerca de 300 mil unidades vendidas até o final deste ano.
Hoje, apesar do crescente número de ciclistas, ainda é necessário um maior investimento em infraestrutura. O estudo mostra que 60% dos paulistas acreditam que o estado tem uma estrutura razoável para ciclistas, embora muitos ainda sintam a necessidade de melhorias.
Entre 2023 e 2024 foram implantados mais de 4 mil quilômetros de ciclovias em capitais brasileiras. Para os especialistas, no entanto, criar mais ciclovias, ciclofaixas e bicicletários é essencial para consolidar a bicicleta como uma alternativa viável ao transporte motorizado.
Card link Another linkCientistas revelam o mundo oculto sob o gelo da Antártida: rios correm para cima
Abaixo do gelo com um quilômetro de espessura há uma paisagem de montanhas e vales íngremes, atravessada por rios sinuosos
[caption id="attachment_39629" align="aligncenter" width="560"] Esses rios obedecem não apenas à gravidade, mas também à pressão de esmagamento do gelo sobre a superfície[/caption]
Texto Estação do Autor com National Geographic Brasil
Edição Scriptum
Embaixo da camada de gelo da Antártida existe um universo surpreendente. Ainda que essa camada gelada do continente se eleve mais de 4 mil metros acima do nível do mar perto de seu centro, as encostas dessa cúpula são imperceptíveis ao olho humano. Abaixo desse gelo de um quilômetro de espessura há uma paisagem de montanhas e vales íngremes, atravessada por rios sinuosos. Esses rios ocultos podem desempenhar um papel decisivo na forma como a camada de gelo responde a um calor sem precedentes.
Reportagem de Douglas Fox para National Geographic Brasil revela detalhes do estudo publicado na revista científica Nature Communications. Foram 20 anos de trabalho para mapear o continente oculto sob as camadas de gelo da Antártida.
A previsão dos cientistas é que, à medida que o manto de gelo derreter e afinar nas próximas décadas, esses rios ocultos crescerão, saltarão suas margens e mudarão para novos caminhos de fluxo, o que pode desestabilizar as grandes geleiras costeiras que controlam a taxa de elevação do nível do mar.
Christine Dow, hidróloga glacial da Universidade de Waterloo, no Canadá, cuja equipe foi coautora do novo estudo, alerta que as mudanças são drásticas e que esses rios em evolução podem fazer com que as geleiras derretam e deslizem mais rapidamente para o oceano. “Estamos subestimando a velocidade com que as coisas vão mudar e a quantidade de perda de gelo que ocorrerá nos próximos 80 anos”, explica ela.
Nas últimas décadas, aviões cruzaram a Antártida usando radares de penetração no gelo e medições precisas da gravidade e dos campos magnéticos. As pesquisas encontraram cadeias de montanhas com quilômetros de altura, vales amplos e cânions profundos. O radar também revelou os reflexos planos e brilhantes de várias centenas de lagos subglaciais abaixo. Esses lagos são alimentados pela água que derrete lentamente da base da camada de gelo.
Os cientistas também perceberam que os rios subglaciais frequentemente fluem para dentro ou para fora dos lagos. Esses rios obedecem não apenas à gravidade, mas também à pressão de esmagamento do gelo sobre a superfície, segundo Anna-Mireilla Hayden, estudante de doutorado em hidrologia glacial que faz parte da equipe. “A água pode, de fato, fluir para cima”, de locais onde o gelo é espesso e a pressão é alta para outros onde o gelo é mais fino e a pressão é mais baixa”, diz.
De acordo com Jamin Greenbaum, geofísico glacial do Scripps Institution of Oceanography, em San Diego, EUA, “provavelmente, estamos subestimando enormemente a quantidade de água lá embaixo”.
Card link Another link20 notícias de Portugal
Os tuk-tuks turísticos foram banidos no cento de Lisboa; esta é uma das histórias que José Paulo Cavalcanti Filho conta sobre a capital portuguesa
José Paulo Cavalcanti Filho, jurista e escritor, membro da Academia Brasileira de Letras
Edição Scriptum
Lisboa. Algumas notícias colhidas por aqui.
- Salário mínimo da função pública em Portugal é, hoje, de 875 euros. Mais de 6 mil reais. Os brasileiros, ao saber disso, vão chorar.
- Desde 1 deste mês os tuk-tuks dos turistas estão banidos das 337 ruas que compõem o Centro Turístico de Lisboa. Confusão grande.
- Nas Assembleias Municipais (nossas Câmaras de Vereadores), mulheres são apenas 31,2%, sem se conseguir aumentar esse número. No Brasil não é muito diferente.
- A empresa Pinker, que opera uma espécie de Uber próprio, definiu que só terá motoristas e passageiros mulheres. Ocorre que o Instituto de Mobilidade dos Transportes (IMT) recusou licença, necessária para começar a operar, por considerar que o privilégio fere a regra constitucional da igualdade dos sexos. E agora?
- Manchete doDiário de Notíciasprecisa ser explicada: “Carteiristas duplicam no Porto e em Lisboa”. É que ditos “carteiristas” são nossos bem conhecidos assaltantes de celulares e batedores de carteiras, nas ruas.
- O Hospital D. Estefânia foi condenado pelo Tribunal Administrativo de Lisboa a pagar 1,4 milhão de euros (10 milhões de reais) por negligência em parto, pela qual a criança acabou com “paralisia cerebral profunda”. Movida essa ação em 2011, só agora teve sentença. Também na terrinha o Judiciário é lento.
- Dois terços das vagas para médicos de família não foram preenchidos no último concurso. E quatro enfermeiros pedem, por dia, licença para emigrar. Um mercado de trabalho aberto, para brasileiros.
- Cada trabalhador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em Portugal, tem em média 30 dias de falta, por ano.
- Fátima Fernandes (52 anos) doou seu rim à filha, Carla Fernandes, no hospital Curry Cabral (em Lisboa). Ficou famosa declaração da filha, ao jornal Público, “Foi a segunda vez que minha mãe me deu a vida”.
- Nos Boletins de Saúde Infantil, sai o amarelo, uma novidade faz pouco introduzida para atender movimentos que são contra a discriminação de sexo; voltando, como regra, as cores tradicionais ‒ azul e rosa.
- Novidade aqui é o “Trisraw”, bicicleta com três rodas e um sofá na frente. Ciclistas voluntários põem nele doentes, físicos e mentais, e saem a passear pela cidade nos fins de semana. Velhos também. Importante por ser, Portugal, o país da comunidade europeia com maior número de idosos, dois deles para um jovem. As fotos, com alegria visível no rosto dos conduzidos, são comoventes.
- Experiência que faz muito sucesso, na França, acaba de ser implantada com força em Portugal. Velhos agora podem vender suas casas e continuar a morar nelas. Com o instituto do usufruto. O valor de venda é menor que o real, mas em troca o cidadão tem grana à disposição. Para usar ou doar a um filho. E viver bem, onde sempre viveu, sem ter que mudar. Se morrer logo, é lucro para o investidor. Ao contrário, se sobreviver muito, grande vantagem para ele.
- O partido Chega propôs reduzir o número de Deputados (Portugal não tem Senado), na Assembleia da República, para o mínimo constitucional de 100. Curioso é que, apesar desse número, a Assembleia tem hoje 230 deputados. Como pode? Apesar de perguntar a muitos professores e jornalistas, aqui, ninguém até agora conseguiu explicar a razão.
- Empresas de cigarro estão lançando maços sem tabaco, à base de ervas. Com a vantagem de poder ter aromas; o que é vedado, nos cigarros normais, pela Comunidade Europeia.
- Carreiras universitárias que, em Portugal, oferecem maiores remunerações, são saúde, informática (era mesmo de prever) e, surpreendentemente, matemática.
- Em Portugal 26% das classes, nas escolas, tem menos de 10 alunos. E, 40%, menos de 15. Algo tem que mudar, claro. Mas não há coragem para fazer isso.
- Clamor em Portugal. O Tribunal de Relação de Lisboa, por maioria, “causou espanto” ao libertar Luis Vallejo (60 anos), condenado por abusar de duas clientes na freguesia de Algueirão. Sem sequer considerar que uma delas gravou diálogo que teve, com esse médico, na ocasião do abuso.
- O Tribunal de Lisboa invalidou prova na apreensão de 251 quilos de cocaína por emigrante da República Dominicana. Fundamento foi terem sido tiradas fotos, dos emigrantes, sem suas autorizações ou de autoridade judicial. O JornalPúblico não informa se a cocaína foi devolvida aos traficantes.
- Na reação aos imigrantes, cada vez maior em toda a Europa, o constitucionalista Jorge Miranda defende que Portugal só deixe entrar imigrantes que falem português.
- Empresários portugueses, ante as repetidas ameaças de Trump, reagem adaptando conhecido provérbio “Esperamos que sejam mais vozes que nozes”. OBS: Uma breve explicação, em complemento. O provérbio português certo é “São mais as vozes que as nozes”. Lembrando que, como se diz na terrinha, “com varas batem-se as nogueiras, faz-se grande estardalhaço e às vezes as nozes que caem são poucas”.