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Invasão da Ucrânia não abalou a economia russa

Economista Lenina Pomeranz, especialista em Rússia, falou na reunião semanal do Espaço Democrático

  [caption id="attachment_37967" align="aligncenter" width="560"] Lenina Pomeranz: "Os Estados Unidos vão apenas manter o apoio à Ucrânia, mesmo sabendo que já não existe nenhuma possibilidade real de vitória"[/caption]     Redação Scriptum   A invasão da Ucrânia pode ter sido um erro estratégico do presidente Vladimir Putin, mas o resultado global da operação, especialmente depois da série de sanções econômicas feitas pelo Ocidente, deixam claro que a Rússia não sofreu os abalos que se esperava, ao contrário. A análise foi feita nesta terça-feira (12), na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – pela doutora em economia Lenina Pomeranz. “A economia russa, com todas essas sanções, cresceu 2,1% no ano passado e este ano a estimativa é de que cresça mais 1,1%”, disse. Lenina conhece a Rússia como poucos. Viveu na então União Soviética entre dezembro de 1963 e dezembro de 1967, onde fez doutorado em Economia pelo Instituto Plekhanov, de Moscou. Ali teve aulas com dois famosos economistas poloneses, Michal Kalecki e Oskar Lange. Depois do fim do comunismo, esteve várias vezes na Rússia para obter informações para o livro que lançou em 2018, Do socialismo soviético ao capitalismo russo – a obra foi tema de palestra feita por ela no Espaço Democrático em outubro de 2018. Antes, em 1990, já havia organizado o livro Perestroika - desafios da transformação social na Rússia, que tratava das mudanças introduzidas por Mikhail Gorbachev. Lenina citou uma análise feita pelo professor Luis da Costa Fiori, especialista em Relações Internacionais, para enfatizar sua análise. Segundo ele, a Rússia já venceu a guerra, “do ponto de vista de seus objetivos políticos e militares, e os Estados Unidos jamais admitirão a derrota, vão apenas manter o apoio à Ucrânia, mesmo sabendo que já não existe nenhuma possibilidade real de vitória”.   [caption id="attachment_37968" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático[/caption]   Ela destacou a importância que a Ucrânia tem para a Rússia. “Do ponto de vista geoestratégico é preciso considerar que a distância entre as capitais dos dois países, Kiev e Moscou, é de apenas 400 quilômetros e eles têm extensa fronteira”, disse. “A salvaguarda desta fronteira, especialmente considerando a ajuda que o Ocidente dá à Ucrânia, mesmo ela não sendo integrante da OTAN, é de vital importância para a Rússia”. Participaram dos debates com Lenina Pomeranz os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o sociólogo Tulio Kahn, o gestor público Januario Montone e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino.

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Mundo vive uma espécie de segunda guerra fria

Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, é entrevistado pela TV Espaço Democrático

 

    Redação Scriptum   Acabou o mundo ao qual nos acostumamos nas décadas que se seguiram à implosão da União Soviética, em 1991, e o fim da Guerra Fria, um mundo de aprofundamento das relações comerciais e políticas por meio da globalização. “Estamos em um momento em que as tensões geopolíticas voltaram a ter um peso muito grande”, diz Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Universidade da Força Aérea (UNIFA). Em entrevista no programa Diálogos no Espaço Democrático, produzido pela fundação de estudos e formação política do PSD e disponível em seu canal do Youtube, Gunther disse que vivemos uma espécie de segunda guerra fria: “Voltamos a um período de oposição entre grandes potências porque temos duas alianças se formando e as disputas só vão piorar daqui para a frente”. Entrevistado pelo jornalista Sérgio Rondino, o economista Luiz Alberto Machado, o sociólogo Tulio Kahn e o gestor público Januario Montone, o especialista em segurança mundial apontou que, embora a conjuntura econômica mundial seja diferente da que se deu logo após o fim da Segunda Guerra, o processo político é parecido. “As duas principais guerras que ocorrem no momento são centrais para o equilíbrio de poder entre as duas grandes forças que se opõem, que eu chamo de Ocidente e Anti-ocidente”, afirma ele. A guerra entre Rússia e Ucrânia vai definir a dinâmica na Europa. “O conflito na Ucrânia tem potencial para impactar as dinâmicas geopolíticas globais”, diz. “Se a Ucrânia perder a guerra, a posição europeia ficará muito complicada”. Gunther relativiza a importância do conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas: “O Oriente Médio continuará importante pelos próximos 15 anos por causa do petróleo – 23% do produto consumido no mundo sai da região do Golfo Pérsico –, mas é uma guerra restrita”. Ele acredita que a invasão da Ucrânia pode ser considerada um dos maiores erros de cálculo do presidente russo Vladimir Putin. “Fortaleceu a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e, para os cidadãos europeus, a invasão foi tão bárbara que deixou claro que a Rússia não é um país civilizado”, aponta. “É um embate de civilizações: a Suécia, por exemplo, tem uma cultura de neutralidade há 200 anos e em semanas o governo - que foi eleito dizendo que não entraria para OTAN - construiu consenso e entrou, juntamente com a Finlândia, que há 70 anos também estava neutra”. Gunther Rudzit também comentou a pretensão brasileira de fazer parte do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). “É um desejo que não vai acontecer”, acredita. “Não existe possibilidade de uma grande potência diminuir a sua influência no mundo, porque o poder de veto das cinco potências que formam o Conselho é o diferencial que elas têm no mundo”.

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Licença de CACs para condenados por tráfico e homicídio é tema do Espaço Democrático

Reunião semanal da fundação para estudos e formação política do PSD discutiu denúncia publicada por jornal paulista

  [caption id="attachment_37945" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático[/caption]   Redação Scriptum   A recente denúncia do jornal O Estado de S.Paulo, de que o Exército emitiu licenças de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para condenados por crimes como tráfico de drogas e homicídio, pessoas com mandados de prisão em aberto e para cidadãos que podem ter sido usados como “laranjas” do crime organizado foi um dos temas da reunião semanal do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD, nesta terça-feira (5). O jornal baseou a denúncia em um relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o controle de armas por parte dos militares entre 2019 e 2022. Naqueles quatro anos, 5.235 pessoas em cumprimento de pena puderam obter, renovar ou manter os chamados certificados de registro (CR). Segundo o Estadão, deste total 1.504 tinham processos de execução penal ativos quando submeteram a documentação ao Exército, mas não foram barrados. Outro tema abordado na reunião foi o conflito no Oriente Médio, entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Nesta segunda-feira (4), especialistas da ONU responsáveis por recolher informações sobre a violência sexual no ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, em 7 de outubro, encontraram o que chamam de “motivos razoáveis para acreditar” que algumas vítimas foram sexualmente agredidas, incluindo estupro e estupro coletivo. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o sociólogo Tulio Kahn, o gestor público Januario Montone, o empresário e professor Helio Michelini e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino.

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Casos de dengue podem bater recorde no Brasil este ano

Januario Montone, consultor na área de saúde, atribui resultado à falta de prevenção no ano anterior

[caption id="attachment_37926" align="aligncenter" width="560"] Este é o terceiro ano consecutivo de surtos de dengue no Brasil; Montone lembra que o número de casos de um ano é retrato de como foi a prevenção no ano anterior.[/caption]   Redação Scriptum   O Brasil pode bater em 2024 o recorde de casos de dengue registrado em 2015. O alerta foi feito nesta terça-feira (27) pelo gestor público e consultor na área de saúde Januario Montone. Em análise do cenário atual feita na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD –, Montone, que foi presidente da ANS e da Funasa, diretor da Anvisa e secretário municipal de Saúde de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab, apontou que nove anos atrás o Brasil teve a notificação de 1.709.141 casos, enquanto em 2024, em apenas nove semanas, já são 920.427 casos prováveis, com 184 mortes confirmadas e outras 609 em investigação. Historicamente, o pico do contágio acontece entre os meses de março e abril. Este ano, entre janeiro e fevereiro já temos mais casos. “Houve um crescimento atípico para janeiro”, diz Montone. “Se projetarmos esses números com base no perfil histórico de pico para os meses de março e abril poderemos chegar a quatro ou cinco milhões de casos”, afirmou. O especialista fez ainda uma outra projeção, usando como referência a menor taxa de letalidade dos últimos dez anos, de 0,049, registrada em 2016. De acordo com esses cálculos o Brasil poderia ter, se chegar aos quatro ou cinco milhões de casos, 2.200 mortes. Os números mais recentes mostrados por ele revelam que a situação é bastante crítica, hoje, no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, Acre, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, que têm os mais altos coeficientes de incidência de casos prováveis. Este é o terceiro ano consecutivo de surtos de dengue no Brasil. Em 2022 foram registrados 1.399.550 casos, com 1.056 mortes, e em 2023 foram 1.531.934 notificações, com 1.048 óbitos. Montone lembra que o número de casos de um ano é retrato de como foi a prevenção no ano anterior. “A dengue é endêmica no Brasil e se a prevenção de inverno de um ano não é bem feita, com o combate aos ovos do Aedes aegypti tanto pelo cidadão quanto pelo poder público, teremos muitos casos no ano seguinte”, diz. “O próximo inverno será a hora de cuidar para reduzir os casos do ano que vem, porque depois que o mosquito voa, tudo fica mais difícil”. Sobrevivente Montone define o Aedes aegypti como “um sobrevivente”, que se adaptou às condições do ambiente. “Hoje, por exemplo, já sabemos que os ovos podem evoluir também em água suja e não apenas em água limpa, como se acreditou durante muito tempo”, explica. “E o ciclo de vida dele tem diminuído: as larvas viram pupas, que se transformam em mosquitos entre cinco e dez dias”. O mosquito vive em média 45 dias e a fêmea, que é a vetora do vírus da dengue, pode colocar até 450 ovos. Pesquisadores especulam que a dengue pode ter sido introduzida no Brasil com o tráfico de escravizados. Há registros da presença do Aedes aegypti no Brasil já no século 17. Ele também é o vetor dos vírus da zika, chikungunya e febre amarela urbana, que foi erradicada aqui em 1942. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o sociólogo Tulio Kahn e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático.

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