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Escolas da Ilha de Marajó não tem saneamento adequado, aponta levantamento

Na ausência de banheiros, as unidades escolares recorrem ao uso de latrinas, geralmente encontradas em estruturas precárias de madeira próximas às escolas

Em Marajó, 93% das escolas não têm abastecimento público de água para consumo humano e uso geral, e 60% não apresentaram tratamento de esgoto

 

Texto Estação do Autor com Um Só Planeta/globo

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Saneamento básico é sinônimo de uma vida saudável e digna. A falta de água potável e esgotamento sanitário leva, principalmente, à morte de crianças por doenças como diarreia e esquistossomose. Dados do SUS registram mais de 9 mil óbitos de crianças e adolescentes com até 14 anos entre 2018 e 2020, por doenças relacionadas ao saneamento básico no Brasil.

A situação é mais crítica nas áreas mais isoladas do país, como a Ilha do Marajó, no Pará, com uma população majoritariamente rural. Conhecida por sua beleza natural e riqueza cultural, a maior ilha fluviomarinha do mundo ilustra o problema da falta de saneamento básico, especialmente nas escolas. Reportagem publicada pelo site Um Só Planeta retrata a falta de saneamento básico na Ilha de Marajó, segundo levantamento inédito coordenado pela ONG Habitat para a Humanidade Brasil, que vistoriou 398 escolas com até 50 alunos de 16 municípios da região.

Do total, 93% não têm abastecimento público de água para consumo humano e uso geral, 60% não apresentaram tratamento de esgoto, sendo que 149 não tinham sequer banheiro e 89% não contam com serviço de coleta de resíduos sólidos. São mais de 15 mil crianças e adolescentes impactadas.

A Habitat Brasil constatou que o déficit de saneamento, que inclui ainda a destinação adequada de resíduos sólidos e drenagem urbana, afeta não apenas a qualidade de vida, mas também o acesso à educação e à saúde (muitos alunos perdem dias de aula por estarem doentes em casa) e compromete a segurança de estudantes e profissionais impactando negativamente o processo educativo.

O levantamento encontrou 88 escolas nas quais a água para consumo humano não recebe nenhum tipo de tratamento e 126 escolas em que o tratamento da água para consumo humano é realizado com aplicação de cloro ou hipoclorito. Os pesquisadores também identificaram que 45% das escolas não têm acesso a energia elétrica.

Na ausência de banheiros, as unidades escolares recorrem ao uso de latrinas, geralmente encontradas em estruturas precárias de madeira próximas às escolas, sem um sistema adequado de esgoto, ou até mesmo escolas que não possuem sequer esse tipo de instalação.

O projeto da Habitat Brasil irá beneficiar 460 instituições com até 50 alunos e com déficit de abastecimento de água potável e/ou esgotamento sanitário da região.


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