Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático

Redação: Scriptum

Vamos atualizar os números da popularidade do governo Lula nas pesquisas nacionais de opinião pública, comparando os resultados de maio com os do mês anterior? Como veremos, todos os números oscilaram positivamente.

Na média aritmética das quatro sondagens que estiveram em campo em abril, o governo Lula era positivamente avaliado por 38,3% dos eleitores, contra 27,3% de avaliação regular e 29,5% de avaliação negativa. Na pergunta binária sobre a aprovação pessoal do presidente Lula, tínhamos 52% de aprovação e 39% de desaprovação.

Já em maio, no entanto, vieram a público somente duas pesquisas sobre a popularidade do atual governo: a CNT/MDA, realizada entre os dias 11 e 14, e a Paraná Pesquisas, conduzida entre os dias 16 e 21. Olhemos inicialmente para os números específicos de cada uma, para em seguida calcularmos as médias mensais dos dois critérios pelos quais a popularidade pode ser mensurada.

Na primeira pesquisa, as taxas de avaliação do governo Lula foram, respectivamente, de 43,1% (positiva), 28,3% (regular) e 24,6% (negativa). Por outro lado, a aprovação pessoal do presidente Lula alcançou 57,4%, contra 34,8% de desaprovação.

Já na segunda sondagem estes foram os números da avaliação do governo: 39,7% (positiva), 24,9% (regular) e 32,7% (negativa). A pergunta sobre o desempenho pessoal de Lula trouxe 54,1% de aprovação e 39,4% de desaprovação.

Comecemos pelo critério da avaliação do governo: a média das pesquisas feitas pelos dois institutos no mês de maio resulta, então, em 41,4% de avaliação positiva, 26,6% de regular e 28,7% de negativa. Na comparação com abril, houve aumento na avaliação positiva, e reduções nas avaliações regular e negativa. O saldo favorável da avaliação do governo Lula (positiva menos negativa) subiu, então, de 8,8 pontos percentuais para 12,7 pontos.

Esta mesma tendência foi observada no critério da aprovação pessoal de Lula. Em maio, a média da aprovação aumentou para 55,8%, enquanto que a da desaprovação caiu para 37,1%. Em outras palavras, o saldo favorável ao presidente cresceu de 13 ontos percentuais em abril para 18,7 pontos em maio.

É sabido que uma andorinha só não faz verão. Naturalmente, é possível que esta melhora da popularidade de Lula observada em maio seja revertida em junho. Mas caso, eventualmente, novas oscilações positivas voltem a ser registradas neste mês que está em curso, talvez estejamos diante de um processo gradual de apaziguamento do clima político brasileiro, pelo menos perante a opinião pública. A ver.

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